Uma criança de quatro anos se tornou a segunda pessoa a morrer de Ébola em Uganda, desde que o surto anunciado no final de Janeiro, informou a Organização Mundial da Saúde.
A morte da criança é vista como um revés para as autoridades de saúde de Uganda, que esperavam que a doença altamente infecciosa tivesse sido contida depois que oito pessoas se recuperaram após o tratamento.
A criança perdeu a vida no Hospital Mulago, na capital Kampala, a única unidade do país a lidar com casos de Ebola.
A primeira vítima foi um enfermeiro, que morreu um dia antes do surto ser declarado, a 30 de Janeiro.
Os sintomas da doença frequentemente fatal incluem febre, dores de cabeça, dores musculares e sangramento. O vírus é transmitido por meio do contacto com fluidos corporais e tecidos infectados.
A OMS doou à Uganda pelo menos três milhões de dólares para apoiar sua resposta ao Ébola, mas há preocupações sobre a ajuda após a decisão do governo dos EUA de cortar o financiamento à USAID.
O último surto em Uganda, descoberto em Setembro de 2022, matou pelo menos 55 pessoas antes de ser declarado encerrado em Janeiro de 2023.
Mais de 15 mil pessoas morreram de Ébola em África, nos últimos 50 anos. A doença foi descoberta em 1976, em surtos simultâneos no Sudão do Sul e no Congo, onde ocorreu em uma vila perto do Rio Ébola, que deu nome à doença.
Na última terça-feira, autoridades de saúde de Uganda confirmaram que o país registou 10 infecções pela cepa sudanesa do vírus.