Brilharam no pavilhão da Académica, em Maputo. Um mês depois, a Universidade Eduardo Mondlane estendeu a passadeira vermelha aos campeões da Zona VI de voleibol de sala, que no passado dia 15 de Janeiro ousaram, conquistar, pela primeira vez, na história do país, a “dobradinha”, ou seja, o título em femininos e masculinos.
Na ocasião, Orlando Quilambo, reitor da Universidade Eduardo Mondlane, deixou garantias de que o desporto passará a ter um lugar privilegiado no seio da instituição.
“Este é o reconhecimento explícito aos nossos campeões, a quem quisemos dedicar o momento no qual pudéssemos exprimir a nossa imensa satisfação pelo resultado obtido. Caros atletas, caros campeões do Campeonato Africano da Zona VI de África de voleibol de sala, não temos palavras suficientes para enfatizar o vosso contributo para o engrandecimento do nosso desporto e para a demarcação do desporto da UEM, no contexto do desporto moçambicano”, expressou-se o reitor da Universidade a que pertencem as formações da Académica.
Orlando Quilambo garantiu ainda que a UEM vai continuar a trabalhar para que as conquistas não parem por aqui.
“Como UEM, continuaremos a trabalhar para garantir que a Académica se torne num verdadeiro viveiro de talentos ao nível nacional, para que logremos sempre bons resultados nas competições em que a nossa equipa estiver envolvida”, assegurou.
Já no fim da sua intervenção, Orlando Quilambo anunciou prémios monetários, para cada um dos membros das equipas, incluindo da equipa técnica.
“A Universidade Eduardo Mondlane decidiu pela atribuição de 15 mil Meticais líquidos para os atletas das equipas de voleibol feminina e masculina e de 20 mil Meticais líquidos para os membros da equipa técnica”, avançou.
Os jogadores não esconderam a satisfação de terem conquistado, pela primeira vez na história do país, o título em ambos os sexos, num mesmo campeonato, e pediram contínuo apoio de todos.
“Esperamos poder contar com o apoio de todos da direcção da UEM e da AAM (Associação Académica de Maputo), e que a nossa presença nos treinos, nos campeonatos nacionais, nas provas da Zona e de África não seja uma dor de cabeça para a direcção. Durante estes 20 anos, a Académica manteve títulos, e queremos continuar a ter mais títulos, representando a Académica e a UEM”, pediu Assiat Ibraimo, capitã da equipa feminina.
“Hoje, a Académica é campeã, de certeza que há equipas que gostariam de tirar a Académica do trono, o que significa que devemos trabalhar muito. Este trabalho não será feito só pela equipa que joga em campo, mas por todos os intervenientes envolvidos neste processo”, salientou Aldevino Nuvunga, capitão da equipa masculina.
Na cerimónia, marcou ainda presença o Director Nacional-Adjunto para o Alto rendimento na Secretaria de Estado do Desporto, que deixou ficar uma palavra de apreço aos “guerreiros”.
Lembre-se que, na final moçambicana, a equipa feminina da Académica foi a primeira a alcançar a proeza maravilhosa, ao vencer com todas as honras a Universidade Pedagógica de Maputo, por 3 sets a zero, com parciais de 25-15 e um duplo 25-21.
Já em masculinos, os estudantes não tiveram vida fácil diante de um valente Naba do Zimbabwe que chegou a vencer o primeiro set, por 23-25.
Para além dos títulos colectivos conquistados pela Académica, as equipas moçambicanas dominaram também nos prémios individuais, literalmente.
Com efeito, Ana Paula Sinaportar da Académica foi eleita a Jogadora Mais-Valiosa (MVP) da prova. A atleta fez igualmente parte do Cinco Ideal da competição com o Melhor Serviço, Assiat Ibraimo, capitã da Académica, ficou com o título de Melhor Passe e ainda Vanessa Muianga com o Melhor Ataque.
Em masculinos, o título de MVP foi para Ainadino Martinho, da Académica de Maputo, que, na Equipa Ideal, ficou com o Melhor Ataque. O Melhor Passe foi para Justino Novela, o Melhor Serviço para Aldevino Nuvunga e, a Firmino Chinai, o Melhor Bloqueio. Todos da Académica.
