O secretário-geral da Organização Nacional dos Professores diz que fazer greve não vai resolver as falhas constantes da Tabela Salarial Única. Este posicionamento surge depois de os professores da Cidade e Província de Maputo terem ameaçado paralisar as aulas.
A Tabela Salarial Única teve falhas que levantam, até hoje, contestações, o que obrigou a revisão da respectiva Lei. Depois disso, ficou resolvida a penalização que os professores tinham com o critério de idade para atribuição de salários.
Mas não tardou! A voz dos professores soou, novamente, e fez eco às irregularidades na implementação da TSU. Os educadores ameaçaram entrar em greve.
Esta quarta-feira, a Organização Nacional dos Professores (ONP) e alguns representantes do Governo se juntaram para ouvir as preocupações.
A classe sente-se marginalizada e os professores alertam para que haja uma solução urgente antes que a situação se agrave.
O secretário-geral da ONP reagiu e reconheceu que o equilíbrio não está estabelecido, porém acredita que o problema será resolvido. “A ONP desaconselha a realização da greve, porque precisamos de pensar na dimensão das consequências. A nossa organização confia no Governo e sabemos que vai responder às nossas preocupações”, disse o secretário-geral da Organização Nacional dos Professores.
Por sua vez, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, representado pela directora de Recursos Humanos, Lina Portugal, ouviu de perto os problemas que inquietam os professores, entretanto entende que as reclamações são de um grupo de professores de nível um.
“O que nós queremos é perceber melhor as reclamações, as propostas concretas e, em função disso, podermos encaminhar e perceber até que ponto as reclamações são aplicáveis na Tabela Salarial Única”, disse Lina Portugal.
Os professores reivindicam, por exemplo, os subsídios de correcção de exames, de localização e de férias.