A Triton Minerals já estava presente no negócio e nesta semana adquiriu os restantes 20% de participação, lê-se em comunicado divulgado pela companhia.
“A aquisição da plena propriedade económica acontece num momento importante para o desenvolvimento do Projecto Ancuabe”, um dos locais de prospecção promissor para abertura de minas, referiu Peter Canterbury, director de operações da empresa.
A medida vai também ajudar a montar a operação financeira para que a Triton tome uma decisão de investimento “no segundo trimestre de 2018”, acrescentou.
Segundo a Lusa, a licença de exploração mineira em causa situa-se no distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado, uma região do norte de Moçambique, onde já operam outras minas de grafite e onde novas empresas planeiam também iniciar exploração.
A procura por grafite está em alta a nível mundial, por ser um componente usado em baterias, numa altura em que o mercado de automóveis movidos a electricidade e outros produtos eléctricos, como as aeronaves autónomas (drones), está em expansão.
Com dois projectos em curso na província de Cabo Delgado (norte) – Balama Norte e Ancuabe -, a mineira australiana tem vindo a anunciar importantes descobertas nos cerca de 30 furos de prospecção que já realizou em ambas as áreas, que são próximas a uma concessão da Syrah Resources, já com actividades de exploração de grafite.
Entre os 20 accionistas da Triton Minerals estão o Citicorp Nominees PTY Limited (23,8%), do grupo financeiro Citigroup, e o JP Morgan Nominees Australia Limited (3,11%), do JP Morgan.