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Tribunal interroga hoje Fabião Mabunda que recebeu dinheiro para Gregório Leão

Foto: O País

Julgamento do processo das dívidas ocultas retoma hoje com a audição do oitavo arguido. Fabião Mabunda é o homem que se segue no banco dos réus e deverá explicar os contornos nos quais recebeu 9 milhões de dólares da Privinvest.

Fabião Mabunda, Ângela Leão e Sidónio Sitoe são os réus que serão ouvidos esta semana no julgamento das dívidas ocultas. Os três réus são acusados pelo Ministério Público de receberem e fazem lavagem dos cerca de 9 milhões de dólares destinados a Gregório Leão, antigo Director-geral do SISE.

Fabião Mabunda, um técnico de construção civil, de 43 anos de idade é dono da empresa M. Moçambique Construções que assinou um contrato de prestação de serviços de construção à empresa Privinvest Shipbuilding, mas o objecto do contrato nunca foi realizado.

Pelo contrato, Fabião Mabunda recebeu dinheiro que, segundo a acusação, era na verdade para Gregório Leão, à data dos factos, Director-geral dos Serviços de Informação e Segurança do Estado, SISE. Leão terá participado na concepção da três empresas e recebido 9 milhões de dólares.

Da operação de lavagem de dinheiro, Fabião Manunda recebeu 17.5 milhões de meticais. A sua audição deveria ter iniciado na sexta-feira, com duração de dois dias, segundo o programa do julgamento.

Entre terça e quinta-feira será ouvida Ângela Leão, 44 anos, esposa de Gregório Leão, classificada pela acusação como gestora do dinheiro destinado pela Privinvest ao marido.  O dinheiro recebido pela familia Leão foi usado para comprar e construir vários imóveis e parcelas de terra.

Angêla Leão, por sua vez, recorreu a Sidónio Sitoe, de 50 anos, para receber o dinheiro da família Leão e simular a compra de casas e mais tarde devolver o dinheiro. Sidónio Sitoe deverá ser ouvido na sexta-feira, 17 de Setembro.

 

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