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Treze mulheres morrem diariamente por causas ligadas à gravidez no país

Foto: O País

Pelo menos 13 mulheres morrem diariamente, no país, por causas relacionadas à gravidez, parto e pós-parto. Quem o diz é o ministro da Saúde, Armindo Tiago, que acrescenta que os números são elevados e constituem grande preocupação para o Governo.

Segundo o pelouro da área da Saúde no país, em 2017, estimava-se que a cada 100 mil habitantes houvesse 452 mortes. Mesmo com a melhoria de condições feita pelo Governo no sector, como o alargamento da rede sanitária e o aumento da disponibilidade de recursos humanos, ainda não reduziu a taxa de mortalidade materna.

“A percentagem de mulheres que morrem por causas maternas é maior entre as mais novas. Cerca de 24%, isto é, uma em cada quatro mortes entre mulheres dos 15 a 19 anos é atribuída à causa materna. Esta proporção diminui para 16% entre as mulheres de 25 a 29 anos”, referiu Tiago.

O ministro da Saúde explicou que entre as causas das mortes estão a hemorragia obstétrica que ocorre antes, durante e após o parto, as complicações do aborto inseguro e o HIV/SIDA.

A situação causa outros problemas – as crianças cujas mães morrem durante o parto têm 50% de possibilidade de sobrevivência no primeiro ano.

“No nosso país, apesar dos progressos assinaláveis na redução da mortalidade em menores de cinco anos, reportados nos inquéritos demográficos de saúde, que passou de 153 em 2003, para 97 em 2011, a mortalidade neonatal ainda é um desafio. As estimativas mais recentes indicam que a mortalidade neonatal no país era de cerca de 27 por mil nascidos vivos, em 2017”, avançou Tiago.

Esta quarta-feira, os profissionais de saúde e parceiros do Governo reuniram-se para discutir o problema e, para o ministro da Saúde, mais do que lamentar e apontar o dedo uns para os outros, a reunião, de dois dias, deve servir para encontrar soluções concretas e inovadoras, para acelerar a redução tanto da mortalidade materna quanto da neonatal e infantil.

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