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Três Centros Agrários de Transferência de Tecnologias fechados há mais de dois anos em Inhambane

Trata-se de um edifício composto por um armazém e uma casa de máquinas agrícolas, que está com as portas fechadas. No local, há ainda diverso equipamento para uso na agricultura, abandonado ao relento, no meio de capim alto, exposto ao sol e à chuva.

É o cenário encontrado pelo “O País” em Chichocane e Mapie, em Vilankulo, e em Nhamussua, no distrito de Homoíne. Aliás, segundo apuramos, esse cenário vive-se há mais de dois anos nos três Centros de Transferência de Tecnologias, construídos nos dois distritos.

Os Centros de Transferência de Tecnologias foram construídos em 2021, financiados pela Cooperação Austríaca com a promessa de ajudar os agricultores, na preparação dos solos, na lavoura, na colheita e no escoamento da produção, com máquinas que vão mecanizar a agricultura familiar naqueles pontos.

Na verdade, tais centros estão fechados desde que foram concluídos há mais de dois anos, situação que deixa os agricultores em desespero.

É que, desde que as obras foram concluídas e as máquinas guardadas no local, a infra-estrutura nunca chegou a funcionar e os agricultores ouvidos pela nossa reportagem dizem que, das autoridades da agricultura, nunca tiveram uma resposta em relação ao ponto de situação do funcionamento da infra-estrutura.

Desde lá, as máquinas, tais como cultivadores, adubadores, pulverizadores, semeadores e veículos de escoamento, estão abandonadas no meio do capim e debaixo do sol e da chuva.

Face à situação, os agricultores receiam que a exposição possa prejudicar a conservação das máquinas.

Os centros são guarnecidos por uma empresa privada de segurança que, entretanto, não paga salários aos seus trabalhadores há mais de quatro meses, sem nenhuma explicação, uma vez que os escritórios da firma estão em Maputo.

O “O País” tentou, sem sucesso, ouvir a Direcção Provincial da Agricultura para explicar a situação em que se encontram os centros.

Contudo, as nossas fontes revelaram que os centros estão sob tutela do Ministério da Agricultura, que já abriu um concurso para que se encontre um gestor privado das três instalações.

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