Os operadores de transporte rodoviário de Maputo para a África do Sul dizem que a pandemia da COVID-19 continua a prejudicar o negócio que até está a tornar-se cada vez mais incerto. Nos últimos dias, a frequência de viagens para o país vizinho é quase nula.
Joanesburgo, Nelspruit e Durban são dos destinos que, antes da pandemia, tiravam, em média diária, do Terminal Rodoviário da Junta, 18 viaturas com passageiros numa lotação de 15 lugares. No entanto, hoje, o cenário mudou e piora cada vez mais em que a pandemia se alastra, tanto em Moçambique, como na África do Sul.
Os miniautocarros estão perfilados e os passageiros vão, timidamente, embarcando.
Sardinha Massave, um dos responsáveis da associação que opera na rota Maputo- Joanesburgo, disse que o novo confinamento decretado naquele país já está a impactar, negativamente, no sistema de transporte dos dois países.
“Com este problema, vamos ficar em casa, pois está a afectar-nos muito. Reduzimos muito as viagens para África do Sul. Por exemplo, para Durban sai, por dia, um carro e para Joanesburgo dois e, às vezes, nem um sai”.
É a COVID-19 a intimidar viajantes para a terra do rand, mas, mesmo assim, há moçambicanos que ainda vão àquele país por ser a sua fonte de renda. É o caso de Horácio Chilundo e Juca Samuel que seguem para Durban e Joanesburgo, respectivamente. Os dois viajantes moçambicanos conhecem as medidas de prevenção e, com base nisso, tentam evitar o contágio na luta pelo seu ganha-pão, tentando equilibrar a saúde e a sobrevivência.