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Trabalho duro para alcançar o sucesso

O internacional moçambicano, Luís Miquissone, diz que a conquista do Campeonato (Premier League) e Taça da Tanzânia foi resultado de muito trabalho. Miquissone diz que a humildade e espirito de sacrifício foram determinantes para o seu sucesso no Simba SC.

Foi chegar, ver e vencer. Pouco menos de um ano depois de se instalado em Dar es Salaam, Luís Miquissone impôs-se, ajudando o Simba SC a conquistar o 21º título de campeão da Tanzânia e 4º da Taça, competição na qual foi considerado homem do jogo na final.

Mais: no final da época, o “Konde Boy”, tal como é tratado carinhosamente t pelos adeptos do Simba SC, foi indicado para o melhor onze do campeonato juntamente com os colegas de equipa John Bocco (capitão e autor do segundo golo na final da Taça), Manula, Clatous Chama, Sergipe Wawa e Meddie Kagere para além de Nico Wadada, Lucas Kukoti, Zawadi Mauya, David Luhende e Kagera Sugar.

Esforço compensado para um “pequeno-grande” jogador que junta talento, raça e personalidade. Boa capacidade de elevação. Aliás, estas qualidades foram preponderantes para que se afirmasse instantaneamente na época de estreia na Tanzânia.

“Sinto-me lisonjeado e orgulhoso por ter tido sucesso numa equipa na qual me integrei a meio a temporada. A equipa do Simba SC já tinha as suas bases quando cheguei. Lutei bastante para merecer confiança do treinador e, graças a Deus, consegui e conquistei o que conquistei. Isso é muito bom”, começou por dizer Luís Miquissone com sentimento de missão cumprida.

Mas nem tudo foi um mar de rosas. À sua chegada, o craque viu-se impedido de jogar durante dois meses devido a questões burocratas, ou seja, falta de documentação completa. Isso não o diminuiu psicologicamente, até porque teve igualmente apoio dos colegas no processo de integração nos campeões tanzanianos.

“Quando cheguei, os colegas conseguiram transmitir-me confiança. Eu treinava com a equipa, mas infelizmente não podia jogar. Nos treinos, consegui ter uma ideia do que devia fazer para melhor integração na equipa. Os colegas já me conheciam porque, quando estava na União Desportiva do Songo, defrontámos o Simba SC. O treinador do Simba também me conhecia”, explicou.

Agora, ainda que de férias do país, há que projectar a nova temporada. Com a mesma determinação e superação demostradas mesmo depois de uma passagem pouco conseguida pelo Mamelodi Sundonws da África do Sul.

“Vou continuar a trabalhar arduamente. Trabalho duro para alcançar o sucesso. Terei um tempo curto de férias, falo de duas semanas por aí. Praticamente não teremos a pré-época, até porque temos uma prova comemorativa dentro de alguns dias. O meu objectivo passa, naturalmente, por manter o mesmo nível ou até mesmo melhorar”, vincou.

Miquissone diz que o grande objectivo passa por ajudar o Simba SC a revalidar o título nacional e a fazer uma grande campanha na Liga dos Campeões Africanos, competição na qual a sua equipa atingiu a fase de grupos em 2003. Inserido no grupo “A” com o Enyimba (Nigéria), Ismaily (Egipto) e Asec Mimosas (Costa do Marfim), o Simba SC terminou na terceira posição com sete pontos (duas vitórias, um empate e três derrotas).

“O meu objectivo passa por fazer uma boa campanha na Liga dos Campeões. Vou lutar e continuar a dar o melhor para ajudar o clube a chegar a fase de grupos. Seria muito bom para a equipa e para os jogadores terem maior exposição”, notou.

Em pouco tempo da Tanzânia, Miquissone conquistou a simpatia dos adeptos que o têm acarinhado bastante. O jogador, que antes de desembarcar em Dar es Salaam tinha cerca de 1200 seguires na rede social “Instagram”, conta hoje com mais de um milhão.

“Quero agradecer os adeptos pelo apoio que me tem dispensado. É fantástico o que tem acontecido, pois, na verdade, os adeptos não medem esforços para demostrar o quão somos especiais para eles. Estou, sinceramente, agradecido pelo gesto”, disse.

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