Mais de 70 trabalhadores da Distribuidora Nacional de Material Escolar (Diname) estão sem salários há mais de seis meses. Os colaboradores paralisaram as actividades para reivindicar os seus ordenados. O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), que tutela a Diname, diz que está à espera do dinheiro em dívida.
Os funcionários da Diname esperam mensalmente ter salários, mas há seis meses que não recebem os seus ordenados, porque a empresa não está a pagar.
Os trabalhadores da Diname em Maputo apontam o dedo ao MINEDH, que dizem ter tirado a empresa do processo de distribuição de material escolar, por isso a firma está também a deixar os colaboradores à sua própria sorte. “Em seis meses sem salários, ninguém consegue dizer-nos nada, daqui em diante, não faremos mais a distribuição de material escolar, então vamos fazer o quê o que será de nós?”, perguntou Eugénio Francisco, funcionário da Diname.
Por sua vez, Andrade Matsinhe, também funcionário da Diname, afirma que “nas conversas que já tivemos com a ministra da Educação, foram-nos vencendo pelo cansaço, ela prometeu resolver o caso e já vamos há seis meses que não temos salários nas nossas contas. Disseram que o processo está no IGEPE, para transformação para uma empresa pública, mas nada está a acontecer até hoje”.
Sem avançar datas, o MINEDH promete o pagamento de salários: “O que está a acontecer é que, nos últimos dias, há devedores que poderão liquidar algumas dívidas que têm com a empresa e, assim que o fizerem, poderemos pagar salários aos trabalhadores”, garantiu Feliciano Mahalambe, porta-voz do MINEDH.
A Diname, que foi criada para apoiar o Ministério da Educação na distribuição de material escolar, está no processo de transição de uma empresa estatal para pública. Enquanto estatal, ela perdeu a possibilidade de distribuir material escolar, porque o processo é feito por via de um concurso e empresas estatais não podem participar em concursos feitos por outras entidades do mesmo Estado.