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Tomaz Salomão e Luísa Diogo consideram medidas arrojadas

Foto: O País

Os antigos governantes com experiência no sector de economia e finanças acreditam que as medidas são oportunas e podem ter impactos na vida das empresas e dos cidadãos, mas defendem um acompanhamento rigoroso na sua implementação.

“Temos que olhar as medidas como um pacote e elas fazem sentido quando forem olhadas como um pacote. Trata-se de um pacote que traz mudanças, transformações na forma de ser, estar e fazer as coisas, a nível do Estado, do sector privado, das instituições e a nível de todos nós como cidadãos. Só a medida que prevê que o visto de turismo e o de negócios são unificados tem um impacto na simplificação de procedimentos numa dimensão impressionante. Cada um de nós, a nível do sector em que está, deve estudar, analisar o seu papel para que possamos dar o nosso contributo individual e colectivo, para que possamos continuar a desenvolver o nosso país”, destacou Tomaz Salomão.

Na mesma linha, embarcou Luísa Diogo para quem o Parlamento tem um papel fundamental para a materialização efectiva de algumas das medidas anunciadas pelo Presidente da República.

“Tenho muita esperança que estas medidas vão resultar. Não há dúvidas de que terá de haver uma matriz com datas muito claras, responsabilidades muito claras e um bom capataz. Acho que o ministro da Economia e Finanças está preparado para este desafio. Ele precisa apenas de montar a sua equipa para que possa fazer o seguimento e não ter timidez de abordar os colegas quando a matiz não estiver a ser obedecida. Outro desafio está com o Parlamento, porque grande parte da nossa regulamentação é parlamentar. Isso quer dizer que a Assembleia deve organizar-se para acelerar o passo”, defendeu.

O economista Hipólito Hamela também vê com bons olhos as medidas anunciadas.

“A questão do IRPC na agricultura foi uma decisão bem acertada. Era um problema que apoquentava o sector e prejudicava os investidores. Relativamente ao procurament do Governo privilegiar compras internas foi perfeito, pois o Estado é um grande cliente do sector privado e, se ele prioriza produtos locais, estimula a geração do emprego e o crescimento das empresas”, concluiu.

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