A Inspecção Nacional das Actividades Económicas(INAE) na Cidade de Maputo alerta que houve variação do preço do tomate e da batata na última semana que antecedeu a festa de Natal. A INAE explica que esse facto foi motivado pelas chuvas que se fizeram sentir nos principais pontos de proveniência dos produtos, como é o caso de Chókwè.
A inspecção, que nas últimas semanas tem-se desdobrado na monitoria dos preço dos produtos durante a quadra festiva, tendo em vista garantir que não haja nenhum aproveitamento por parte dos comerciantes, garante que esse facto não constitui especulação.
O delegado da INAE na capital do país, Gabriel Chongo, explica que a especulação de preços é quando o produto em causa extravasa os limites das margens máximas do lucro previsto na legislação.
“Não foi o que aconteceu. Houve, sim, uma oscilação dos preços em valores mínimos de 20 a 50 meticais de unidades caixa de 30 quilogramas,tanto do tomate como também da batata”, explica Gabriel Chongo.
A variação dos preços foi motivada pelas chuvas que se fizeram sentir nos principais pontos de proveniência desses dois produtos, com destaque para o distrito de Chókwè.
“As chuvas encontraram o tomate em trânsito, daí também ter havido registo da variação da qualidade. Esse facto contribuiu para que houvesse oscilação entre o tomate de Chókwè e Boane, este último que foi muito concorrido”, explica.
Tirando a oscilação dos preços que não são motivos de alarme, a INAE garante que houve muita colaboração por parte dos comerciantes, os quais acataram os apelos da instituição de não subir os preços, tal como tem acontecido neste período.
“Nas últimas três semanas temos vindo a fazer um trabalho de sensibilização aos comerciantes, no sentido de não aproveitamento desse período para açambarcamento dos produtos. Estamos satisfeitos pelos resultados que temos vindo a obter”, disse.
A INAE destacou várias brigadas para os principais centros comerciais da cidade, na perspectiva de garantir maior cumprimento das medidas emanadas na legislação. A inspecção apela aos pequenos importadores baseados no mercado grossista do Zimpeto para a não subida de preços nos próximos dias, tendo em conta que haverá muita procura.
Para a INAE a subida de preços pode implicar prejuízo para os próprios importadores, tendo em conta que os produtos podem deteriorar-se nos armazéns, caso não sejam comprados.
