As onze províncias do país estão presentes na Feira Internacional de Maputo, FACIM, a expor as suas potencialidades agrícolas e culturais. As instituições de ensino, também, destacam-se pelas inovações científicas ao serviço da agricultura e exploração de recursos minerais.
Chama-se Feira Internacional de Maputo, mas de Maputo só tem o nome, porque todas as províncias do país estão representadas. Do Rovuma ao Maputo, as províncias expõem, num único pavilhão, as suas potencialidades agrícolas e a diversidade cultural do país.
A província de Inhambane, da zona sul do país, está na FACIM a mostrar que não é só boa quando se trata de gente, mas também de turismo a todos os níveis.
“Inhambane tem tudo. Temos turismo. Como se sabe, temos quatro áreas de conservação. Temos o Parque Nacional de Zinave, a Reserva Nacional de Pomene, Bazaruto. A melhor castanha vem de Inhambane, o coco vem de Inhambane. Temos a terra para a produção de calcário e de cimento. Temos tudo”, mencionou Galdêncio José, expositor da província de Inhambane.
Inhambane tem tudo e a capital do norte, também. “A província de Nampula traz vários produtos para expor nesta feira, mas o destaque vai para as farinhas que são resultado do processamento dos nossos grãos. As nossas farinhas são naturais, produzidas por mulheres locais. Temos a castanha, farinha de mandioca, arroz holocué e muito mais “, partilhou Leonor Macavaca, expositora de Nampula.
Já na zona centro do país, a província de Manica mostra que é possível construir casas sem cimento e isto é feito com recurso a blocos ecológicos.
“Nós entendemos que os jovens merecem ter uma habitação condigna e o custo de construção é muito elevado. Então, nós desenhamos os tijolos, que têm uma parte de fêmea e encaixa-se na parte de macho. A construção das paredes não precisa de cimento para ligar um tijolo ao outro”, explicou Alberto Silva, expositor da província de Manica.
A isto, juntam-se os vários produtos agrícolas que as províncias expõem na quinquagésima nona edição da FACIM.
A CIÊNCIA ESTÁ EXPOSTA NA FACIM 2024
As instituições de ensino estão, também, presentes na Feira Internacional de Maputo. Expõem inovações tecnológicas, engenharia e a ciência ao serviço da produção agrícola.
A Universidade Católica de Moçambique, a primeira privada a nível do país, mostra como é que a ciência alia-se à agricultura para aumentar a produção e produtividade agrícola.
“Temos alguns produtos como soja, que a universidade pode fornecer. Quem quiser é só contactar a Universidade Católica através do nosso website. Fora soja, temos vários produtos como amendoim e a combustão, cuja experiência estão a fazer na FACIM e as sementes estão a brotar”, expôs Paula Mugirima, assessora de comunicação e protocolo da Universidade Católica de Moçambique.
A UCM anunciou, ainda na FACIM, que está a organizar o sétimo congresso, a decorrer na Cidade de Maputo, no Centro de Conferências Joaquim Chissano.
“O evento vai decorrer nos dias 19, 20 e 21 de Novembro. Lá, vamos discutir muitos temas, mas o lema será: Universidade Católica de Moçambique, construindo pontes para o futuro saudável. Nós somos universidade que, de dois em dois anos, procuramos abordar assuntos sensíveis que ajudam no desenvolvimento de várias instituições. O evento procura, também, mostrar o que nós fazemos como uma das primeiras universidades privadas do país”, revelou Paula Mugirima.
Num contexto de “boom de recursos minerais”, a Universidade Técnica de Moçambique está na FACIM para expor uma engenharia virada para este sector.
“Nós estamos a expor plataformas de perfuração e extracção de petróleo e gás. Temos, também, o navio flutuante. Tudo isto é feito por estudantes da Universidade Técnica de Moçambique, para mostrar que o país tem pessoas ou engenheiros capacitados”, referiu Sudey Clú, estudante da Universidade Técnica de Moçambique, UDM.
É um pouco disto que está exposto na Feira Internacional de Maputo até domingo, 01 de Setembro de 2024.