O treinador-adjunto de Chiquinho Conde nos Mambas, o português Tiago Matos, poderá rescindir o contrato com a Federação Moçambicana de Futebol (FMF), depois de ter sido negada a sua entrada no país, por falta de visto de trabalho, episódio que deixou o técnico desapontado.
O técnico português, que chegou à selecção a convite de Chiquinho Conde, continua sem dar o seu contributo ao combinado nacional, encontrando-se, neste momento, em Portugal e ainda sem visto para regressar ao país.
Aliás, Tiago Matos foi um dos grandes ausentes no jogo em que os Mambas empataram a uma bola diante do Ruanda, referente à primeira jornada do grupo L de qualificação ao Campeonato Africano das Nações, cuja fase final será na Costa de Marfim. O mesmo poderá acontecer no jogo da segunda mão, em que o combinado nacional vai defrontar o Benim, próxima quarta-feira. Recentemente, a FMF anunciou que o adjunto de Chiquinho Conde se juntaria ao grupo em Joanesburgo, o que não aconteceu, não se sabendo, até agora, os reais motivos.
Segundo escreve o “LanceMZ”, Tiago Matos poderá estar em rota de colisão com a FMF, sendo provável que o mesmo abandone a selecção. É que, de acordo com o LanceMZ, após regressar a Lisboa, a Matos foi incumbida a missão de tratar parte da documentação individual para a conclusão do processo de atribuição do visto de trabalho, tal é o caso do seu Registo Criminal, o que até aqui ainda não aconteceu.
Tiago Matos falhou ainda a possibilidade de poder receber um visto atribuído a profissionais do desporto que têm a duração de 90 dias, alegadamente porque não o terá aceitado. O treinador exige um contrato de trabalho que permita a sua residência em Portugal, proposta não vista com bons olhos pelo organismo que superintende o futebol moçambicano.
Recentemente, quando confrontado sobre a ausência dos trabalhos da selecção, Chiquinho Conde terá dito que ele não é o responsável pelas questões administrativas, mesmo admitindo que Tiago Matos é uma das peças-chave no combinado nacional.