O País – A verdade como notícia

Thobile Makoyane em performance no Franco-Moçambicano

O Centro Cultural Franco-Moçambicano, em parceira com o Alto-Comissariado do Canadá em Moçambique, apresentam a performance TheSheKings, de Thobile Makhoyane, nesta Sexta-feira, às 20h, na Sala Grande daquele centro cultural, em Maputo.

 

Segundo o Franco, TheSheKings é uma mostra de arte multidisciplinar apresentada através da música, dança, palavra falada, teatro e vídeo-arte, em comemoração às mulheres que trabalham nos sectores informais normalmente dominados por homens. Assim, em palco, Thobile far-se-á acompanhar por mulheres artistas de diferentes disciplinas, nomeadamente, Edna Jaime, Jazz P, Katarina Rombe, Lenna Bahule, Rita Couto e Tina Krüger.

A performance internacional apresenta uma oportunidade para fazer avançar o discurso sobre o importante papel que as mulheres desempenham no mercado informal, muitas vezes em papéis que não são remunerados ou são mal remunerados.

O evento que se insere no Mês da Mulher em Moçambique, uma iniciativa da Embaixada de França em Moçambique, o Governo de Moçambique e demais parceiros, como Alto Comissariado do Canadá, é caracterizada por uma diversidade de eventos culturais, desportivos e pedagógicos destinados a promover os direitos da Mulher visando promover a igualdade de género e uma sociedade mais justa.

Do reino de eSwatini, Thobile Makhoyane encontra suas influências de “hypno-rock”. Seus vocais imponentes flutuam sobre sons acústicos ao vivo, muitas vezes compostos por uma mistura de instrumentos tradicionais e ocidentais. Colaborou com vários artistas em diferentes disciplinas artísticas, incluindo teatro, vídeo-arte, instalação artística, dança contemporânea e poesia. Sempre teve paixão de trabalhar com mulheres nas artes, ela é co-fundadora da “Spirits Indigenous” e fez muitas outras colaborações com mulheres nas artes.

Edna Jaime é bailarina e coreógrafa moçambicana. Formou-se em dança tradicional e canto na Casa da Cultura de Maputo. Teve o seu primeiro contacto com a dança contemporânea em 2001, numa oficina dirigida pela coreógrafa Brasileira Lia Rodrigues, convidada pela CulturArte e, a partir daí, deu continuidade à sua formação num estágio de seis meses em Desenvolvimento Coreográfico. Criou a sua primeira obra “Niketche”, em 2005, um trio feminino apresentado na 6ª edição do Danse L’Afrique Danse. De entre várias participações dentro e fora do país, destaca o projecto de colaboração artística entre Moçambique, África do Sul e Madagáscar “Lady, Lady” juntamente com Désire Davids e Gaby Saranouffi. Com “O Bom Combate”, em 2016, venceu o 1º prémio do Concurso de Dança Contemporânea da Delegação da União Europeia em Moçambique.

Lenna Bahule é cantora, arte educadora e activista cultural, natural de Maputo. Está mergulhada em constante pesquisa e intercâmbio com as afro-culturas e movimentos sociais do seu país, do Brasil e de outras diásporas africanas. No Brasil, onde morou por sete anos, fundamentou sua pesquisa sobre a música vocal e diferentes caminhos para o uso da voz e do corpo como instrumento musical e de expressão artística. O histórico de sua carreira musical conta com encontros e colaborações locais de diferentes diásporas, como Cheny Wa Gune (MZ), Stewart Sukuma (MZ), Mário Laginha (PT), Mû Mbana (GNB), Manecas Costa (GNB), Paulo Flores (ANG), Virgínia Rodrigues (BR), Benjamim Taubkin (BR), Kastrup (BR), Mateus Aleluia (BR), Mia Couto, entre tantos outros.

Tina Krüger, de Katemin, Alemanha, é uma artista multidisciplinar, fotógrafa, documentarista e designer de comunicação com um mestrado em Antropologia Visual (Universidade de Leiden, Holanda). Desde 2008, vive e trabalha em Maputo, Moçambique. Expôs o seu trabalho em Moçambique e no estrangeiro, destacando-se a série de pintura “Corpos Incondicionados” na Feira de Arte Joburg 2020, e “Maternidade” uma exposição permanente de fotografia na Maternidade do Hospital Central de Maputo. Os seus filmes documentários e vídeo-arte ganharam vários prémios em festivais internacionais de cinema. Actualmente, o seu trabalho centra-se em questões do corpo, natureza, conhecimento incorporado, e auto-observação crítica social e auto-observação. Trabalha com fotografia, videoarte, poesia, pintura, e instalação, para além de experimentar sempre novas técnicas. É co-fundadora e directora criativa da Aguacheiro Design & Multimédia desde 2013.

Jazz P JAZZ P é uma letrista e vocalista nascida no reino de eSwatini. Está na indústria musical há quase 13 anos, e ainda em busca de uma carreira musical. Passou 10 anos da sua carreira no seu país de origem e os três restantes no seu actual país de residência – Moçambique. Jazz P toca Hip-Hop, soul com um jazz afro e blues, misturado com Ragga dub. Em eSwatini, é considerada a primeira dama do Hip-Hop.

Katarina Rombe nasceu a 24 de Outubro de 1984, na Cidade da Beira, e cresceu na Cidade de Maputo. É flautista, violinista e oceanógrafa de profissão, no Instituto Nacional do Mar e Fronteiras. Trabalhou como professora de Educação Musical na Escola Internacional Willow, de 2011 a 2012, na Matola. É membro fundador do grupo TP50. Participou em vários espectáculos de artistas nacionais e estrangeiros, tais como: Mingas, Carlos Gove, Livong, Maria João, Jaco Maria, Xixel Langa, entre outros. Actualmente, está a trabalhar no seu projecto FLAUTARINA.

Rita Couto é socióloga e também formada em Teatro pelo programa de intercâmbio da SP Escola de Teatro em São Paulo. A música e o teatro sempre foram paixões que a acompanham, sendo complementadas por formações em escolas de música, como a JB Jazz em Lisboa e companhias de teatro como o BANDO. Desenvolveu trabalhos e competências na área cultural e no domínio da produção e comunicação por via da arte em Moçambique, Portugal e Brasil. Essa experiência cobre desde o trabalho como socióloga em investigação e implementação de projectos de desenvolvimento comunitário até à dinamização de actividades teatrais, culturais e organização de eventos culturais na Fundação Fernando Leite Couto.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos