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Terrorismo em Cabo Delgado causou o deslocamento de cerca de 40 mil pessoas em duas semanas

Foto: AIM

O mais recente relatório da Organização Internacional para as Migrações alerta para a intensificação do terrorismo, que obrigou a quase 40 mil pessoas a fugirem das suas casas, entre Setembro passado e Outubro corrente, nas províncias de Cabo Delgado e Nampula.

O novo grupo de deslocados resultou da escalada de ataques terroristas e da crescente insegurança causada por insurgentes na região norte do país. Segundo o relatório da Organização Internacional para as Migrações há uma crescente crise humanitária. 

Dados da instituição indicam que, de 22 de Setembro último a 6 de Outubro corrente, houve aproximadamente 40 mil deslocados, o equivalente a mais de 12 mil famílias afectadas. 

Em Mocímboa da Praia, mais de 26 mil pessoas fugiram dos bairros 30 de Junho e Filipe Nyusi, onde ocorreram pelo menos dois ataques com registo de mortos.

Em Balama, cinco mil pessoas abandonaram as localidades de Mavala e Mpake.

Em Montepuez, cerca de quatro mil pessoas abandonaram as zonas de Mararange, Mirate e Nacololo. Em Chiúre, houve mais de mil deslocados provenientes das comunidades de Mazeze e Murocue.

Outros distritos de Cabo Delgado também registaram fugas em algumas comunidades, pese embora em menor escala. 144 pessoas deslocaram-se de Nangade, 121 de Macomia e 66 de Muidumbe. 

A Organização Internacional para as Migrações aponta igualmente para fugas em duas comunidades em Nampula.

Recentes ataques no distrito de Memba forçaram dois mil pessoas a deixarem as aldeias de Chipene e Necoro, tendo a maioria procurado refúgio no distrito vizinho de Eráti. 

A situação reforça o apelo de organizações humanitárias para uma resposta urgente e eficaz, tanto nacional quanto internacional, perante o aumento de deslocados no norte de Moçambique.

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