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Terreno abandonado gera criminalidade no bairro 25 de Junho, na Cidade de Maputo

Foto: O país

Moradores do bairro 25 de Junho, na Cidade de Maputo, acusam a Escola Primária Unidade 30 de abandonar um espaço que está a ser usado para a prática da criminalidade. O representante da instituição nega as acusações e diz que vai retirar a mata.

Há um terreno no bairro 25 de Junho, na Cidade de Maputo, que estava, há dez anos, ocupado pela Escola Primária Unidade 30. Em 2010, a instituição de ensino passou para o terreno ao lado.

Actualmente, devido ao seu aspecto pantanoso, o local é usado por malfeitores, que, à noite, assaltam estudantes e qualquer um que passe pelo local. Joe Seven, morador do bairro, diz que a mata facilita a criminalidade. “Principalmente no turno da noite, as pessoas não passam por este local; a situação é perigosa”, disse Seven.

Celestino, também morador, fala da existência de cobras. “A criminalidade tem aumentado por causa da mata; até saem cobras que assustam as crianças”, disse.

Para dispersar as cobras, que dizem existir no local, os moradores tomaram algumas providências como queimar pneus, tal como disse uma residente do bairro: “Temos medo de entrar na mata porque há cobras. Meus filhos já queimaram pneus, mas a mata é grande”.

Os moradores do bairro 25 de Junho, também conhecido como bairro “Shoupal”, tentaram recorrer à edilidade, mas sem sucesso. “Este local é intransitável; há pessoas de má-fé que passam por aqui. Por trás desta mata, há prática de crimes. Por essa razão, submeteu-se um documento para a sua excelência presidente do município, para autorizar uma pá escavadora a limpar a mata”, explicou Ernesto Manhiça, morador do bairro “Shoupal”.

O representante da escola, também chefe do quarteirão, reconhece o problema e explica que o terreno abandonado pertence ao Ministério da Educação e que já devia ter sido destinado à construção de uma escola secundária, desenhada antes da eclosão da COVID-19.

“Aqui ao lado, há uma escola primária. Este espaço vai servir para a construção de uma escola secundária. Devido às dificuldades causadas pela pandemia, ainda estão a alocar os fundos. Vem uma escola grande em relação à Escola Primária Unidade 30, para que os alunos que saem da primária para secundária não percorram longas distâncias”, esclareceu Elias Mazive, representante da Escola Primária Unidade 30.

Ainda não há datas para o início das obras de construção da Escola Secundária. Entretanto, o chefe do quarteirão garantiu que haverá limpeza do local.

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