O Terminal rodoviário da Praça dos Trabalhadores será transferido, dentro de 150 dias para uma área na avenida Zedequias Manganhela ainda na baixa da cidade. As obras estão orçadas em 50 milhões de meticais.
É um dos maiores terminais da cidade de Maputo e acolhe, só, nas horas de ponta mais de 46 mil passageiros com destino aos diversos pontos da cidade e província de Maputo.
E com o objectivo de melhorar a mobilidade, requalificar a baixa da cidade e melhorar a imagem do edifício dos caminhos-de-ferro, o terminal será transferido do local onde os munícipes se acostumaram a tomar o transporte.
Segundo o Vereador de mobilidade, transportes e trânsito do Conselho Municipal de Maputo, José James Nicol’s, a mudança será feita, numa primeira fase para a avenida Zedequias Manganhela, no troço entre guerra popular e Albert Luthuli, até a construção definitiva de um outro terminal, junto aos caminhos-de-ferro de Moçambique (CFM).
“Esta terminal que passa para Zedequias Manganhela vai contemplar 12 abrigos para os munícipes, vamos colocar, para além de passeios, sanitários condignos, vamos melhorar a iluminação pública, o que será mais uma valia para os munícipes que, terão condições para apanhar os autocarros”, explicou, José James.
Entre 2022 e 2023, terão lugar as obras de construção do terminal intermodal definitivo, que segundo o vereador, vai acolher passageiros que chegam e saem da baixa de comboio, táxi, bicicletas, carros e ainda de transporte fluvial.
O projecto de requalificação da baixa de cidade abrange, também, a reabilitação de passeios e melhoria da sinalização rodoviária nas avenidas Zedequias Manganhela e Mártires de Inhaminga.
“São cerca de 550 metros de passeio para Mártires de Inhaminga, a ser reabilitado e 160 metros de passeio para Zedequias Manganhela, no troço entre as avenidas Albert Lithuli e Guerra Popular, o trânsito de peões e automobilistas estará condicionado nestes locais”.
A fonte alerta que, pouco mais de 100 automobilistas que estacionam as viaturas ao longo da Mártires de Inhaminga, terão que encontrar outras alternativas para o estacionamento, enquanto decorrerem as obras de reabilitação.
O mesmo garante que com a transferência do terminal, o espaço será usado para o estacionamento de viaturas.
A opinião dos munícipes diverge quanto à transferência do terminal, uns apoiam porque acreditam que vai melhorar a aparência do edifício dos CFM, que há muito tem sido marginalizado, como defende Cláudio Luís.
Já outra munícipe, Mércia Cândido, diz que será difícil acostumar-se à mudança, uma vez que o terminal fica próximo ao local de serviço. Já Paulo Bambo, automobilista, diz que a mudança pode ser feita, desde que estejam criadas condições para acomodar os “chapas” e passageiros, o que na sua opinião será complicado.
As obras, que iniciam segunda-feira, estão orçadas em 50 milhões de meticais. Este é um projecto do Conselho Municipal de Maputo, Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo e o Banco Mundial.