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Terça-feira de decisões na “catedral” do basquetebol!

Foto: O País

Costa do Sol e Ferroviário de Maputo defrontam-se, esta terça-feira, às 17h30, no pavilhão do Maxaquene, no jogo 2 do “play-off” da final da Liga Sasol de basquetebol feminino.

“Do or die”! Literalmente traduzido para português: fazer ou morrer. É, seguramente, esta expressão que o Costa do Sol vai “carregar” ao princípio da tarde-noite desta terça-feira para empatar a série do “play-off” da final da Liga Sasol (a melhor de três jogos, e com um já disputado) e forçar a decisão do título à negra.

Melhorar a sua abordagem ofensiva, onde esteve mal no jogo 1, particularmente, no transporte da bola, para além da finalização na zona pintada, é o trabalho de casa que Leonel “Mabê” Manhique leva para este duelo decisivo.

Aliás, o Costa do Sol, se efectivamente quiser continuar a sonhar com o terceiro título consecutivo, deverá apresentar-se no jogo desta terça-feira com maior consistência defensiva e clarividência nos ataques. Até porque, no jogo 1, as campeãs nacionais não só cometeram muitos “turnovers” (perdas de bola) como também não esteve assertivo nos tiros exteriores (concretizou 3 em 14 , um média de 21.4%) contra 6 em 13 do Ferroviário de Maputo.

Mas o maior problema, refira-se, é ter mais qualidade na armação do seu jogo. Em vantagem (1-0) no “play-off”, e a piscar o olho para recuperar o título, o Ferroviário de Maputo terá que entrar para a quadra com a mesma agressividade defensiva com que abordou o jogo 1.
Sílvia “Nana” Veloso foi uma das joias da coroa, não só a atacar como também a defender e a confundir as jogadoras da posição 1 do Costa do Sol. O Ferroviário de Maputo esteve, e há perspectiva de Nasir “Nelito” Salé de voltar a fazê-lo para se impor no jogo 2, equilibrado ao nível da rotação defensiva na defesa homem a homem.

Ademais, Nelito soube gerir as campeãs da cidade, no último quarto, quando a equipa estava condicionada com quatro faltas colectivas. E teve o mérito de, em algum momento de jogo, ter sabido jogar com um cinco aberto.

Uma leitura da folha de jogo da primeira partida do “play-off” da final indica que tanto o Costa do Sol quanto o Ferroviário de Maputo equivaleram-se no aproveitamento na linha de lances livres, com a primeira formação a converter 16 em 26 (61.5%) e a segunda 14 em 25 (56.0%).

MANTER A TRADIÇÃO?
Salvo as devidas diferenças de qualidade de plantéis, o Costa do Sol terá de lidar com uma realidade: nunca o Ferroviário de Maputo perdeu, nos últimos anos, uma final em que esteve em vantagem no play-offs.

Senão vejamos: em 2019, as “locomotivas” conquistaram o “nacional” ao vencerem as “canarinhas” por 2-0 no “play-off” da final com vitórias por 59-42 (jogo 1) e 60-40 (jogo 2).

O mesmo cenário foi registado em 2017, quando o Ferroviário de Maputo, então orientado por Leonel “Mabê” Manhique, derrotou o Costa do Sol (2-0) com triunfos apertadíssimos por 76-75 (jogo 1) e 54-53 (jogo 2).

Recuando para 2016, o Ferroviário de Maputo iniciou, igualmente, a disputa do “play-off” da final com vitória por 55-47 (jogo 1) e 60-49 (jogo 2).

LÁZIO PODE FECHAR AS CONTAS DO TERCEIRO LUGAR
Com a vitória domingo (69-43) sobre a A Politécnica, a Lázio poderá, esta terça-feira, confirmar o terceiro lugar na edição 2023 da Liga Sasol de basquetebol feminino. O conjunto de Cleton Chissico pretende, de resto, resolver as contas deste “play-off” com mais uma vitória. No entanto, a A Politécnica vai procurar apresentar-se com clarividência e forçar à decisão à negra na quarta-feira.

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