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Tentativa de Golpe de Estado no Congo: Moçambique deve melhorar a segurança e o serviço de inteligência nacional

O jornalista Francisco Mandlate defende que Moçambique deve trabalhar de forma a melhorar questões de segurança, inteligência e outros aspectos para detectar o movimento de criminosos estrangeiros no país. Em entrevista ao Programa Noite Informativa, o analistas explicou que a facilidade de movimento estrangeiro pode representar risco para a soberania de Estado.

Depois da tentativa falhada de Golpe de Estado na República Democrática do Congo, descobriu-se os líderes desta tentativa são sócios de uma empresa mineira registada em Moçambique. trata-se de dois cidadãos americanos que viviam na cidade de Maputo e um congolês que vivia nos Estados Unidos da América.

Francisco Mandlate diz que os vários casos já registados de criminosos no país são preocupantes e demostram certa fragilidade na segurança. “Os dados mostram que Moçambique realmente tem acolhido criminosos. Mandlate lembrou de alguns casos já registado como o dos indivíduos que vivendo viveram em Moçambique, mas que estiveram envolvidos num atentado gingatesco num país europeu, assim como o caso do traficante Fuminho que esteve foragido por vários anos, acusado de crimes hediondos, mas foi encontrado numa zona nobre em Maputo”.

“Tudo isso tem que nos preocupar e nos tirar sono, não por acolher essas pessoas, mas pela nossa segurança. É a nossa sobrevivência como Estado, é a garantia da nossa soberania. Fora a isso, temos situações de pessoas que circulam, via aérea ou terestre, centenas de pessoas a virem do interior de África e a terem uma vida normal, sem que nós sequer saibamos quem são essas pessoas. Temos fragilidade ao nível da segurança que permite que tenhamos esse movimento todo”, explicou.

Uma outra amostra de fragilidade na segurança a que se fez referência durante o programa, foi o facto de alguns relatórios da Procuradoria da República mostrarem que Moçambique foi, algumas vezes, usado como corredor de drogas.

Sobre o assunto, o analista,diz ser uma clara amostra que temos um défice e é fundamental melhorar a questão da segurança. “Nós damos uma passarela vermelha a qualquer um que venha a Moçambique, basta que alguém queira abrir um negócio o faz facilmente. É preciso saber com quem estamos a lidar, está a ser recorrente ter pessoas de conduta duvidosa a terem acesso até a instituições sensíveis do nosso país”.

O jornalista disse ainda que embora estejamos num contexto em que, a luz do Pacote de Medidas de Aceleração Económica, Moçambique decidiu reduzir o nível de Burocracia como forma de atrair maior investimento estrangeiro, é importante filtrar, saber que vem a Moçambique vem realmente investir e vai seguir as regras do país, e filtrar de modo a saber questões de legalidade.

“Então não é para proibir o investimento estrangeiro, mas proteger o nosso Estado, porque hoje aconteceu com Congo, mas pode acontecer com Moçambique”, encerrou.

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