O enviado pessoal do secretário-geral da ONU, Mirko Manzoni, e a coordenadora residente da ONU em Moçambique, Myrta Kaulard, manifestaram a sua satisfação com a eleição do país a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Manzoni e Kaulard consideram que Moçambique já mostrou a capacidade em questões de segurança e paz, para além de ter um compromisso firme com a Carta das Nações Unidas.
“No momento em que Moçambique se prepara para assumir o seu lugar no órgão da ONU responsável pela manutenção da paz e segurança internacionais, o país dispõe de uma oportunidade para fazer chegar as suas próprias experiências à cena mundial”, escrevem os representantes da ONU em comunicado.
Os representantes da ONU dão, como exemplo, a implementação do acordo de paz e reconciliação nacional, um instrumento assinado em 2019 pelo Governo moçambicano e a Renamo.
“Em Cabo Delgado, o modelo moçambicano de construção da paz e da segurança, através de soluções regionais e locais dinâmicas, demonstra como as intervenções interafricanas podem ajudar a resolver os desafios no continente”, sublinham.
Moçambique é ainda citado pelo seu “contínuo empenho em prol da igualdade de género”, indicando que o país africano alcançou, recentemente, a paridade de género no Conselho de Ministros, em reconhecimento do papel das mulheres como uma força positiva na construção de uma sociedade inclusiva, resiliente e tolerante”.
As Nações Unidas falam, igualmente, da parceria com Moçambique que poderá conhecer um novo quadro de cooperação.
“As Nações Unidas orgulham-se de estar ao lado de Moçambique na construção de um futuro mais seguro, pacífico e mais sustentável para todos. (…) Estamos confiantes de que a parceria que tem sido construída ao longo dos anos entre Moçambique e as Nações Unidas continuará a fortalecer-se com o início de um novo quadro de cooperação para o Desenvolvimento Sustentável”, concluíram.