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Taxistas em Quelimane cumprem com rigor as medidas de prevenção da COVID-19

Os taxistas de bicicletas garantem o transporte domiciliário dos munícipes da cidade de Quelimane e, até certo ponto, fazem fluir a economia da urbe. Nesta era da COVID-19, eles não estão alheios a esta dura realidade, até porque com o transporte de pessoas, que fazem diariamente, estão sujeitos à contaminação.

Diferentemente do que acontece noutras cidades, em Quelimane não existem transportes semi-colectivos de passageiros, vulgo “chapas”, nem os “my love” para a mobilidade de pessoas dentro da urbe.

O trabalho em causa é feito pelos taxistas de bicicletas que, diariamente, garantem a movimentação de pessoas para os seus locais de interesse, como para o trabalho, escola, mercado, hospital e outros. É por isso que, nesta era da COVID-19, estes estão sujeitos a riscos de infecção devido ao seu contacto permanente com os citadinos.

Eles dizem que têm consciência sobre o perigo que atravessam, mas procuram usar sempre a máscara, bem como garantir a higienização das mãos.

Orlando Monteiro, um dos taxistas que falou ao nosso jornal, fez saber que, sempre que possível, higieniza as mãos com água e sabão nos baldes espalhados um pouco pelas instituições públicas e privadas na cidade.

“Temos está consciência da doença, não temos alternativas, pois temos que trabalhar para garantir sustento às nossas famílias. O que mais faço na minha actividade diária é usar sempre a máscara”, garantiu o jovem taxista.

Com o recolher obrigatório, o volume de facturação diária baixou consideravelmente. Se antes conseguiam arrecadar pelo menos 500 meticais por dia, hoje não vão para além de 200 meticais, dependendo do movimento. Heliotero Ribeiro é um taxista que diz estar a viver na pele a baixa receita, facto que impacta negativamente na renda familiar.

Refira-se que o inquérito sero-epidemiológico sobre a COVID-19, levado a cabo pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), em Quelimane, de 10 a 21 de Agosto do ano passado, concluiu que os operadores de táxi de bicicletas estão expostos à pandemia do Coronavírus, com uma sero-prevalência de 9,5%.

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