O falecido Presidente da Tanzânia, John Magufuli, foi velado e homenageado no último sábado, num ambiente de lágrimas e consternação. A cerimónia foi orientada pela sua sucessora Samia Suluhu Hassan, e deverá acontecer em vários locais do país até o enterro marcado para próxima sexta-feira.
John Magufuli morreu a 17 de Março, vítima de doença cardíaca. A notícia marcou o fim de semanas de especulação sobre o seu estado de saúde. O seu velório e homenagem aconteceram no sábado e foram encabeçados pela Presidente Samia Suluhu.
Centenas de tanzanianos saíram à rua em Dar-es-Salaam para homenagearem o falecido Presidente, chorando e jogando pétalas de flores enquanto o caixão era transferido em carreata de uma igreja para o Estádio Uhuru, onde foi velado.
Além dos militares que levavam John Magufuli aos ombros num caixão para a cerimónia, bastante concorrida pelos tanzanianos, o Estádio de Uhuru ficou abarrotado de centenas de outros militares.
Homens e mulheres choraram copiosamente devido ao desaparecimento físico de John Magufuli.
A recém-empossada Presidente da Tanzânia, Samia Suluhu, que tomou posse na sexta-feira, encabeçou a cerimónia. Ela e vários membros do Governo passaram pelo caixão coberto com a bandeira da Tanzânia. Samia Suluhu ofereceu condolências à esposa de Magufuli.
Entretanto, apesar das aglomerações, os tazanianos, sobretudo os governantes, não usavam máscaras de protecção contra o novo Coronavírus durante o velório e a homenagem.
Jonh Magufuli notabilizou-se como um negacionista assumido em relação à COVID-19. Dizia que a intervenção divina tinha livrado Tanzânia da pandemia e proibia o uso de máscaras ou implementação de restrições para frear a propagação do vírus.
Desde Abril que Tanzânia não publica informação sobre a evolução da COVID-19 e Magufuli rejeitou as vacinas por considerá-las prejudiciais à saúde humana.