A comunicação é a maior arma de que o ser humano dispõe nos tempos que correm, uma arma de que radicais como o ISIS e os talibã exploram cada vez mais para veicular as suas ideologias extremistas, cita o Notícias ao Minuto.
Nesse sentido, a revistas femininas, 'Sunnat E Khaula', publicada pela primeira vez no início deste mês, foi lançada pelos talibã do Paquistão e seu alvo é precisamente potenciais mulheres jihadistas.
A primeira edição da 'Sunnat E Khaula' (Khaulaque foi uma guerreira muçulmana do século VII) chama "irmãs jihaditas de mentalidade semelhante" para organizar "encontros secretos em casa", organizar "aulas de treino físico" e para "se prepararem para operações de martírio".
O próprio editorial da revista é claro ao dizer que quer "desafiar as mulheres a integrarem as fileiras do jihadismo". Esta é a primeira revista do género dos talibã e não parece ter sido mero acaso o seu lançamento. De acordo com a CNN, à medida que o ISIS perde terreno na Síria e no Iraque, os talibã aproveitam a oportunidade para 'oferecer' uma alternativa às mulheres radicalizadas ou em vias de se radicalizar, dispostas a trocar lealdades.
"Os talibã estão a aproveitar esta fase como uma janela de oportunidade. Este é o momento perfeito para outra organização entrar em campo e tentar atrair o grupo de mulheres que já são altamente envolvidas", afirmou Louisa Tarras-Wahlberg, investigadora da propaganda do ISIS, à CNN.