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Suspensão de aulas afectou cerca de 80% de alunos nas classes sem exames em 2020

Foto: O País

Várias escolas ainda não foram reabertas completamente em 23 países e milhares de crianças estão em risco de desistir. Em Moçambique, por exemplo, o encerramento afectou cerca de 80% do ano lectivo de 2020 nas classes sem exames, segundo o UNICEF.

A pandemia da COVID-19 está no seu terceiro ano e 23 países, onde se encontram quase 405 milhões de crianças em idade escolar, ainda não abriram completamente os estabelecimentos de ensino, o que coloca muitas crianças em risco de desistência.

Em Moçambique, o encerramento das escolas afectou cerca de 80% do ano lectivo de 2020, nas classes sem exames. No ano passado, o encerramento afectou 18,7% do ano lectivo, e 18% do total de alunos do ensino primário e secundário, refere o UNICEF enviado num comunicado enviado à Redacção do jornal “O País”

A instituição diz que, apesar das últimas vagas severas da COVID-19, o país se esforçou para reabrir escolas, mas as crianças precisam de apoio suplementar, de modo a recuperarem os conteúdos perdidos, em particular nas regiões assoladas pelos ciclones ou pela violência armada.

Na África do Sul, o número de crianças fora da escola triplicou de 250 mil para 750 mil, entre Março de 2020 e Julho de 2021.

Ainda de acordo com o UNICEF, no Malawi, a taxa de abandono escolar entre as raparigas no ensino secundário aumentou em 48%.

Quando as crianças não são capazes de interagir directamente com os seus professores e seus pares, a sua aprendizagem sofre permanentemente. E, quando o mundo falha na educação dos seus filhos, todos nós sofremos, considera Catherine Russell, directora-executiva do UNICEF.

As crianças fora da escola são mais vulneráveis e marginalizadas da sociedade. São as menos capazes de ler, escrever, fazer contas básicas e estão em risco acrescido de exploração e numa vida inteira de pobreza e privação, acrescentou a fonte.

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