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Suspensa estância que discriminou turistas moçambicanos na Ponta d’Ouro

Governo da Província de Maputo suspendeu, por tempo indeterminado, as actividades de uma estância turística, cujo proprietário terá discriminado e maltratado turistas moçambicanos na praia da Ponta de Ouro, no distrito de Matutuíne, Província de Maputo.

Num vídeo amador posto a circular nas redes socias, faz-se o retrato da discriminação dos turistas moçambicanos hospedados numa residência da praia da Ponta de Ouro.

No referido registo em vídeo, é possível ver as vítimas e o proprietário da estância turística a agredirem-se verbalmente e quase a situação chegava aos extremos.

Depois desse cenário, já em áudio, uma das vítimas explica que, depois de pagar a hospedagem da casa, não foram informadas sobre as condições da sua ocupação e só se viram surpreendidas com uma série de proibições e humilhações.

“Como é que vamos à casa de praia e não podemos tocar música, não podemos ficar descamisados ao lado da piscina? Nós dissemos-lhe que isso era uma injustiça, ele disse-nos que, se acharmos que não dava para ficar na casa dele, não havia problema”, contou.

O relato faz referência também à alegada injustiça sofrida pelas vítimas já na esquadra da Polícia, onde ficaram detidas.

O Conselho Executivo Provincial de Maputo tomou conhecimento da situação, deslocou-se até ao local e tomou medidas.

“Denotou-se, a prior, que a estância se quer observa aquilo que é o mínimo para o seu funcionamento. Então, enquanto se apuram os demais elementos, decidimos encerrar, de imediato, essa estância, de modo a que se conforme com a legalidade. Temos atribuições no sector de turismo e iremos fazer a nossa parte, para que tanto os operadores turísticos, os investidores turísticos e assim como os turistas em primeiro lugar se sintam bem”, referiu o governador da Província de Maputo, tendo também dito que as vítimas já foram restituídas à liberdade.

Júlio Parruque disse que o seu executivo repudia aqueles actos e apela a todos os intervenientes no sector do turismo para que não manchem a província.

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