Três supostos integrantes de uma quadrilha foram baleados pela Polícia da República de Moçambique (PRM),no distrito de Manica, província com o mesmo nome, quando tentavam empreender fuga. Ao todo, são oito presumíveis criminosos neutralizados, que, segundo a Polícia, semeavam terror nas províncias de Manica, Tete e Sofala.
Há mais de um ano que o distrito de Angónia, em Tete, Nhamatanda e Dondo, em Sofala, e Bárue e Vanduzi, na província de Manica, viraram palco de crimes violentos, parte dos quais resultando em mortes. A autoria é atribuída a um grupo de oito homens, que nas suas incursões privilegiavam empresários do ramo de mineração. Agora, o grupo caiu nas malhas da Polícia e três deles estão acamados no hospital, porque foram baleados quando tentavam fugir.
“Após a Polícia ter tomado conhecimento através das suas fontes, fez-se ao local, e, no período em que estes vinham para protagonizar um assalto, a Polícia interviu e foi frustrado o assalto naquele instante. Eles, apercebendo-se da presença policial, puseram-se em fuga. A Polícia incerto diligências e perseguições e conseguiu neutralizar esses oito cidadãos”, avançou Mouzinho Manasse, Porta-voz da PRM em Manica.
Na posse do suposto líder da quadrilha agora sob cuidados médicos foi recuperada uma arma de fogo e instrumentos contundentes. Mesmo assim, o indiciado nega que o grupo se dedica à prática de crimes.
“Estou a encontrar Polícia na estrada, pegou-me e baleou o meu pé. Cheguei ao comando (…) mas eu não sabia que na minha pasta tinha pistola”, declarou o suposto líder da quadrilha.
O Hospital Distrital de Manica diz que as balas atingiram com gravidade os supostos criminosos. A ter que continuar no mundo do crime, as próximas incursões podem ser feitas a partir de cadeiras de rodas.
“Um teve fratura exposta do fêmur um terço distal, os dois tiveram fratura exposta de tíbia e perónio, uma ferida avulsiva”, disse o médico.
Dos oito membros da quadrilha desactivada pela Polícia e pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal em Manica, um é malawiano e os restantes são moçambicanos. Segundo fontes do “O País” , a quadrilha preparava-se para assaltar a cadeia distrital de Manica.

