O Presidente do Sudão do Sul declarou esta semana o estado de emergência em diversas regiões do país, na sequência de intensos confrontos étnicos que resultaram em dezenas de mortos e milhares de deslocados. A medida visa conter a escalada da violência e restaurar a ordem pública.
O anúncio foi feito pelo Presidente Salva Kiir, depois de dias marcados por violentos confrontos entre comunidades rivais nos estados de Warrap e Unity. Os combates, que terão começado por disputas territoriais e de gado, deixaram um rasto de destruição e aumentaram o clima de insegurança.
O Governo sul-sudanês prometeu mobilizar forças de segurança para as zonas afectadas, ao mesmo tempo que apela ao diálogo entre as comunidades em conflito.
Organizações humanitárias alertam para o agravamento da situação, com milhares de civis obrigados a fugir das suas casas.
O Sudão do Sul enfrenta uma instabilidade crónica desde a sua independência, em 2011. Apesar dos acordos de paz assinados nos últimos anos, a violência intercomunitária continua a ser uma das principais ameaças à paz e ao desenvolvimento do país mais jovem do mundo.