Robert Mugabe será o centésimo trigésimo quinto zimbabwiano cujos restos mortais serão depositados no Acre dos Heróis. A caminho do funeral do antigo Presidente, a STV visitou o monumento dedicado aos heróis.
Acre Nacional dos Heróis do Zimbabwé, está situado há sete quilómetros do centro de Harare. À chegada chama atenção a bandeira em meia haste, mostrando que o país está em luto nacional.
O terreno tem 230 mil metros, no seu interior está localizado um monumento. A infra-estrutura foi erguida após a independência em 1980 e serve para homenagear os guerrilheiros da luta de libertação e actualmente zimbabwianos cuja dedicação ou compromisso com o país justificam seu enterro no santuário. O design feito por norte-coreanos, assemelha-se ao do Cemitério dos Mártires Revolucionários em Taesong-guy?k, nos arredores de Pyongyang.
A estátua de bronze com três guerrilheiros, um mastro de bandeira e um artifício ornamentado reconhece os guerrilheiros não identificados que perderam suas vidas durante a guerra de libertação. Em lados opostos estão duas listas com todos os nomes dos heróis cujos restos mortais jazem aqui, um dos quais é de Joshua Nkomo, vice-presidente do Zimbabwe entre 1987 a 1999 e líder e fundador da ZAPU, movimento que uniu-se a ZANU para formar o partido ZANU-PF.
A curadora do momento fala de mais de uma centena de heróis que estão aqui. Mugabe será o número 135.
Esta sexta-feira, após o aval da família para que o enterro aconteça aqui várias equipas estiveram no acre para preparar as condições necessárias, incluindo alguns filhos de Robert Mugabe. Os preparativos ainda estão na fase inicial.
O monumento fica próximo ao National Sport Stadium onde este sábado vai decorrer o velório com a presença de vários chefes de Estado e de Governo.