O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) continua sem director-geral, numa altura em que faltam cerca de quatro meses para o arranque do recenseamento eleitoral. O facto pode comprometer o calendário eleitoral, assim como o cronograma de actividades. Hoje, tomaram posse dois directores provinciais adjuntos.
O STAE é dirigido, temporariamente, por dois directores-gerais interinos provenientes, um da Frelimo e outro da Renamo, de acordo com a proporcionalidade dos assentos no Parlamento. A não tomada de posse do director-geral eleito, que foi travada com uma contestação ainda em análise, pode comprometer as actividades deste órgão, que tem a competência técnica de gestão de processos eleitorais.
E antevendo esse cenário, o director-geral interino, Agostinho Levieque, pediu dedicação aos novos directores provinciais adjuntos empossados esta quarta-feira, na Cidade de Maputo. “Pedimos aos colegas que, a partir de hoje, não se guiem pelo relógio, esqueçam os dias de feriado, os fins-de-semana e que até certo ponto algumas daquelas convivências familiares vão ter que preterir porque só assim poderão atender a demanda que está à vossa espera.”
Ainda aos novos dirigentes foi exigido que usem o dinheiro disponível com rigor porque o STAE está sem recursos. Aliás, lembre-se que o órgão está com défice orçamental para as eleições autárquicas de 2024.
“Um momento difícil porque a instituição enfrenta dificuldades financeiras que vale a pena saber, por isso, para aqueles que entram pela segunda ou terceira vez, vão notar essas dificuldades, mas não impedem que nos tornemos cada vez mais profissionais.”
O arranque do recenseamento eleitoral, que é uma das fases mais importantes para as eleições, está previsto para decorrer de 20 de Fevereiro a 5 de Abril de 2023, e as sextas eleições autárquicas estão agendadas para 11 de Outubro.