Sónia Sultuane e Jorge Dias uniram esforços para juntos produzirem uma exposição de arte contemporânea. Intitulada “Pancho: outras formas e olhares”, a colectiva será inaugurada às 18h30 desta segunda-feira, no Museu Nacional de Arte, na cidade de Maputo.
Por via desta exposição que é uma abordagem à obra de Pancho Guedes, a dupla de artistas pretende, na verdade, partilhar e chamar a atenção à vasta obra daquele arquitecto, na percepção de Sónia Sultuane, um pouco esquecida pelos moçambicanos.
A pretensão de organizar esta colectiva surge da visita que os artistas efectuaram à residência de Pancho Guedes, em Sintra/ Eugaria, em Portugal. Nessa circunstância, Sultuane e Dias perceberam bem de perto a dimensão das várias artes do arquitecto.
Uma das coisas que interessam aos expositores é que os visitantes de “Pancho: outras formas e olhares” deixem-se levar numa viagem na qual os materiais são tratados de uma forma diferente, com equilíbrio entre o desenho e forma, uma nova forma de ver e estar na arte. Para a autora de A roda das encarnações, esta exposição feita com contraplacado, madeira, pedras, mosaico, vidro e instalação é um conjunto de poemas “ditos”, que se libertam e tomam corpo das artes plásticas.
“Pancho: outras formas e olhares” estará patente na cidade de Maputo durante três meses. Num primeiro momento, estará patente durante dois meses: de hoje a 19 Janeiro de 2019. Depois, no dia 23 de Janeiro do próximo ano, a exposição passa para um novo espaço, Edifício-Sede do BCI, igualmente na capital do país, onde ficará patente até 16 de Fevereiro. O prazo foi pensado de modo a permitir um maior número de visitantes e uma maior diversidade de programas que os artistas irão organizar, como debates, workshops e visitas guiadas.
Esta exposição colectiva possui uma obra que será leiloada e os fundos revertidos a favor dos Serviços Oncológicos de Moçambique.
A exposição de Sónia Sultuane e Jorge Dias tem dois textos de apresentação, um da autoria de José Forjaz e outro de Alda Costa.