Nos últimos noves meses, Sofala registou cerca de 86 800 partos, dos quais 1750 foram prematuros. A alimentação deficiente é apontada como a principal causa do fenómeno.
A capital provincial de Sofala, a cidade da Beira, é que teve o maior número de casos, 742 neste ano contra 500 no ano passado. O distrito com o menor número de casos é Machanga, com cinco casos, este ano, contra oito do ano passado.
Este elevado índice de partos prematuros levou o conselho executivo da província de Sofala a dedicar, na sua última sessão, um tempo especial a este caso.
De acordo com a porta-voz da reunião, Dilma Solange, as principais causas dos partos prematuros em Sofala são a alimentação desregrada, a deficiente planificação familiar ou mesmo a inexistência deste, assim como o fraco acompanhamento nas unidades sanitárias.
“A malária e outras doenças, originadas por infecções de transmissão sexual, são igualmente as potenciais causas que contribuem para o crescente número de partos prematuros”, afirmou Dilma Solange.
As primeiras soluções avançadas no referido encontro para travar os partos prematuros passam pela afectação de, pelo menos, um ecógrafo a cada distrito. Actualmente, apenas um dos 13 distritos de Sofala possui ecógrafo, neste caso a cidade da Beira, “para garantir que as consultas pré-natais tenham uma qualidade acrescida”.
Para que os recém-nascidos prematuros tenham maior probabilidade de viver, serão construídos berçários em todos os distritos. “Mas o mais importante é alocarmos pessoal ligado ao sector de saúde, preparando equipado para lidar com as mulheres grávidas, de modo a que as consultas pré-natais tenham a devida qualidade e evitar que haja partos prematuros”, garantiu a porta-voz do conselho executivo provincial de Sofala.