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A estrada Matambo-Songo, na província de Tete, será entregue à População até o segundo trimestre de 2026. A infraestrutura de 117 quilômetros é financiada pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa e vai servir para o transporte de equipamentos de reestruturação da central, bem como dinamizar a economia regional.

50 anos depois, a Hidroelétrica de Cahora Bassa vai renovar e modernizar os seus equipamentos de produção de energia, no âmbito do plano de investimento denominado Capex Vital.  

O programa, a ser implementado durante 10 anos, cujas intervenções decorrem desde o ano passado, vai culminar com a reabilitação da Central Sul, subestações, barragem e infra-estruturas associadas e uma dessas infraestruturas é a Estrada Matambo–Songo, via essencial para o transporte de equipamentos, bens e pessoas, degrada há mais de 40 anos.

Trata-se da estrada número 301, que liga os distritos de Marara e Cahora Bassa, na província de Tete,  com uma extensão de 117 quilômetros. 

Por ali serão transportados os equipamentos, de grande tonelagem, a serem usados durante a modernização da HCB, para além de beneficiar as empresas que operam na região, como as do ramo mineiro, no escoamento de carvão  e de outras cargas. Para isso foi necessária uma atenção especial na qualidade da infraestrutura. 

A nossa reportagem esteve no local e conversou com o Engenheiro Ilídio Tembe, Director de Procurement e Logística na HCB, que nos explicou sobre as especificações da estrada. 

“Esse projecto irá demandar de transporte de mercadorias de grande tonelagem, por exemplo, transformadores, peças para os grupos geradores. Esses equipamentos têm requisitos de transporte muito exigentes. Têm tolerância para o seu transporte, além do volume, do peso dos mesmos. O fiscal, nesse caso, a COTOP, foi a empresa que desenhou as especificações da estrada. Os empreiteiros têm laboratórios próprios que foram certificados pelo Laboratório de Engenharia de Moçambique, para a sua implementação e temos tido um controlo de qualidade quase permanente do lado do fiscal”, explicou.

Questionado sobre a consistência e qualidade da obra, o coordenador técnico do projecto, Daniel Tinga, disse: “É preciso que, no final, seja assegurado que tenha um revestimento em betão-betuminoso na via e que possa oferecer um conforto tanto para quem conduz,  mas também oferecer condições seguras e minimizar os transtornos de manutenção durante o período de vida útil”.

A reabilitação da estrada EN 301, incluiu a criação de um novo traçado que substituiu o antigo, conhecido por quilômetro 18, atravessando agora os distritos de Changara, Marara e Cahora Bassa, tornando a via crucial para a mobilidade na região.  

O novo desvio, que liga a EN 301 a EN7, Tete-Chimoio, traz uma facilidade na circulação de viaturas diversas, encurta distâncias e valoriza os empreendimentos ao longo da via. 

Tembe reconhece o impacto desta para a empresa que representa, mas reconhece mais ainda a utilidade pública que esta representa no cumprimento do compromisso de desenvolvimento da província de Tete.

“Essa estrada será uma mais-valia socioeconômica tanto para a HCB como para o povo, de um modo geral, porque terá uma estrada com condições de acesso muito boas, com condições de segurança muito boas e irá reduzir o tempo de circulação que actualmente existe entre as diversas comunidades, assim como de Songo para Tete”. 

Apesar dos desafios, os empreiteiros prometem entregar as obras no tempo e na qualidade previstos. É que, durante as obras houve troços em que populações tiveram que ser reassentadas, um processo que, de acordo com a empresa, foi conduzido com transparência, envolvendo as lideranças (desde locais a distritais) no cálculo e pagamento de compensações.  

Sobre o cumprimento dos prazos, Eduardo Mondlane, Encarregado de Obra, representante do Empreiteiro JJR, fala de reforço de equipamentos e consequentemente rapidez na execução. 

“Vamos ter a capacidade tripla de fornecimento de materiais betuminosos, vai reforçar, de certa forma, a execução das obras. O que pretende aqui é uma estrada que tenha uma vida útil de 20 anos, a gente projectou a estrada nesse sentido e estamos executando exatamente a estrada para aguentar esse período”.

A fiscalização garante estar atenta a cada etapa de construção da estrada, envolvendo o dono da obra e o seu parceiro, a Administração Nacional de Estradas, ANE e apresentando relatórios e exigindo correção de falhas detectadas, sempre que verificadas.

O PROJECTO CRIOU CERCA DE 700 NOVOS POSTOS DE TRABALHO

A estrada de 117 quilômetros está dividida em dois troncos e dois empreiteiros: o primeiro troço, sob responsabilidade da Chico, orçado em mais de 2.3 mil milhões de meticais, o segundo troço de 67 km, ao encargo da JJR, orçado em cerca de três mil milhões de meticais.

As obras, iniciadas em Janeiro deste ano, estão a mudar o ritmo de vida de toda a região. É que foram criados 680 postos de trabalho directos, dos quais 90% são ocupados por pessoas locais, e cerca de 3.400 beneficiam-se indirectamente das actividades ligadas ao projecto.

Carlos Pereira, mecânico de profissão, e Tereza Domingos, cozinheira de formação, ambos contratados no âmbito do projecto, têm algo em comum: é que deixaram as suas actividades que lhes rendia pouca e inconsistente renda mensal, para abraçar as obras  tarefas desconhecidas.

Os dois sentem o desafio do dia a dia, mas sentem que a cada dia melhoram e já pensam em investir na formação para trabalhar nas obras, não apenas pelo rendimento, também pelo privilégio de “me sentir a fazer algo importante para a minha província”, dizem. 

Apesar de apenas 30% das obras já estarem concluídas e o impacto do investimento, de mais de seis mil milhões de meticais, é visível. No transporte de passageiros, comércio formal e informal. 

Ao longo da via é possível notar pequenos negócios montados, que antes era impraticáveis naquela zona, como conta Ana Paula Baptista.

O cruzamento dos 18 quilômetros ficava muito distante. Tínhamos que preparar os nossos bolos e ir até lá, levávamos muito tempo. Lá muitos tinham lugares onde vendiam e com a construção desta estrada, tivemos oportunidades para fazer estes negócios”.

Entre os que mais celebram as melhorias estão os mototaxistas. Com a estrada em melhor estado, as viagens são mais rápidas e seguras. E falando em Rapidez, a estrada Matambo–Songo deverá reduzir o tempo de viagem em mais de 60% e melhorar significativamente a segurança rodoviária.

A previsão de entrega da estrada é do segundo trimestre de 2026.

O Presidente da República, Daniel Chapo, inaugurou, neste sábado, o Tribunal Judicial da província de Nampula. Chapo considera que a infra-estrutura representa um passo decisivo para a melhoria das condições de trabalho das instituições judiciárias e o acesso à justiça por parte do povo. 

Durante o seu discurso de inauguração do Tribunal Judicial de Nampula, na província com o mesmo nome, Daniel Chapo destacou os desafios que a província enfrenta na área da justiça. 

“A Província de Nampula enfrenta grandes desafios como a demanda processual, criminalidade organizada e transnacional, destacando-se o tráfico de drogas, órgãos e seres humanos, branqueamento de capitais, exploração ilegal de recursos minerais, florestais e faunísticos, imigração ilegal, entre outros males”, disse o Chefe do Estado. 

Todos os problemas, segundo Chapo, poderão agora ser resolvidos, com a implantação do novo tribunal, visto que, vai contribuir para a celeridade processual, “considerando que esta é a província com maior densidade e, por conseguinte, onde mais se procura os serviços judiciais”. 

O Presidente da República apontou que é preciso restaurar a confiança pública e garantir justiça, através da implementação de medidas efectivas de combate a corrupção dentro do sistema judiciário. 

Chapo destacou, por isso, a necessidade de adopção de mecanismos de  prevenção e combate à corrupção, assegurando  maior transparência nos processos judiciais, o fortalecimento das inspecções e a eficácia das  investigações conduzidas pelas entidades  competentes.

Face às previsões meteorológicas avançadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia, Instituto Público (INAM-IP), que indicam a probabilidade de ocorrência de chuvas moderadas à fortes na região Sul e Centro do País, a Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hidricos (DNGRH) avisa que para as próximas 48 horas, as cidades de Maputo, Matola e Beira poderão registar inundações urbanas de magnitude moderada, devido à| acumulação de águas pluviais.

A Bacia Hidrográfica do Rio Maputo poderá superar o nível de alerta, inundar os campos agrícolas ribeirinhos e condicionar a transitabilidade rodoviária no posto administrativo de Catuane no distrito de Matutuine. Igualmente, a Bacia Hidrográfica do Rio Umbeluzi poderá registar incremento do volume de escoamento sem grandes impactos para as comunidades locais.

Face a esta situação, a DNGRH apela à sociedade em geral para a observância de medidas de evitar a travessia do leito dos rios Maputo e Umbeluzi e seus afluentes; aos automobilistas de veículos de suspensão baixa para a tomada de medidas de precaução ao se fazerem às ruas nos bairros periurbanos; acompanhamento da informação emitida pelas entidades competentes.

Pequenos agricultores e comerciantes emergentes dos distritos de Angónia, Tsangano e Macanga, na província de Tete, denunciam deslealdade na aplicação de preços dos produtos agrícolas por estrangeiros.

Manuel Chithatha  e Carlos António são dois potenciais agricultores do distrito de Angónia, na província de Tete. No momento, cada um deles guarda 15 toneladas de milho e sacos de soja reservados exclusivamente para venda.

Os dois agricultores denunciam deslealdade por estrangeiros  e empresas fomentadoras na aplicação de preços durante o processo de compra e venda.

Para os produtores e comerciantes emergentes, a situação agrava a  redução da margem de lucros e pedem intervenção das autoridades.

O governador de Tete, Domingos Viola, que falava durante o lançamento da campanha agrária 2025-2026, ouviu atentamente as preocupações dos produtores e exigiu aplicação de preços justos.

Devido ao impacto das mudanças climáticas na campanha passada, cerca de duas mil famílias camponesas ficaram directamente afectadas na província de Tete.

O Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Joaquim Sive, reconhece que, em algum momento, a Polícia não actuou bem durante as manifestações pós-eleitorais. Por isso, instou a corporação a trabalhar para resgatar a confiança na ligação polícia-comunidade.

É a primeira vez que o comandante-geral da PRM visitou a província da Zambézia desde que assumiu o comando geral da Polícia em Janeiro deste ano.

 Joaquim Sive, que falava para 450 membros da Polícia, desde oficiais superiores a guardas em Quelimane, este sábado, começou por reconhecer que durante as manifestações pós-eleitorais no ano passado foram extremamente violentas e que a Polícia, em algum momento, não actuou de forma profissional. 

De acordo com o comandante geral, a Polícia deve trabalhar para resgatar a confiança no seio das comunidades, pautado pela acção profissional e guardiã da ordem e tranquilidade públicas.

Diante de todos os desafios da Polícia, terminou encorajando a corporação no combate ao crime  mas comunidade

O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) alerta para a ocorrência de chuvas fortes acompanhadas de trovoadas, nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Manica e Sofala, a partir da noite de hoje.

Segundo o comunicado do INAM, no dia 17 de Novembro, as províncias de Tete e Zambézia também serão afectadas por chuvas fortes acompanhadas de trovoadas, devido ao mesmo fenómeno.

O INAM, apela para a tomada de medidas de precaução e segurança face às chuvas, trovoadas e vento forte.

São famílias dos distritos de Marara, Chiuta e Cahora Bassa, na Província de Tete, abrangidas pelo projecto de implementação da Hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa, que irão beneficiar do programa de desenvolvimento social com enfoque nas áreas de energia, saúde, educação, agricultura, água e saneamento.

Para as autoridades governamentais da província, o plano de desenvolvimento social, ora lançado, deve ser efectivado em estreita parceria com as comunidades locais, e reafirmaram a intenção da província em ser o HUB energético a nível de África Austral, com a construção de mais uma barragem Hidroelétrica em Tete. 

Durante o lançamento do programa foram oferecidos insumos agrícolas a cerca de quatrocentas e cinquenta famílias, que praticam actividades agrícolas ao longo das margens do rio Zambeze.

O plano de desenvolvimento social ora lançado prevê a eletrificação de localidades, comunidades pequenas, bairros dos três distritos abrangidos, através da extensão da rede nacional de energia solar.

Seis pessoas ficaram feridas na sequência de um confronto havido na manhã desta sexta-feira, na mina de ouro conhecida por seis carros, no distrito de Vandúzi, em Manica. Tudo começou quando um grupo de Zimbabweanos pretendia minerar à força onde estão garimpeiros moçambicanos, que responderam com violência. Em conexão com o caso, cinco garimpeiros estão detidos no comando distrital da PRM em Vandúzi. A Polícia diz estar a colher mais elementos e irá se pronunciar sobre o caso na segunda-feira.

 

A Polícia da República de Moçambique deteve três indivíduos supostamente perigosos, indiciados por envolvimento em assaltos na via pública e a agentes económicos, com recurso a armas de fogo.

O grupo actuava preferencialmente nas cidades da Beira e Chimoio e tinha como alvo agentes económicos. Dois são de nacionalidade Zimbabweana e foram detidos há dias depois de terem assaltado uma mulher à porta de um banco e apoderaram-se de 160 mil meticais.

Um dos indiciados, cuja missão era conduzir uma viatura usada para o transporte do grupo e dos bens roubados, confessa seu envolvimento.

A Polícia diz que o grupo actuava em número de seis, dos quais três estão foragidos. No entanto,  refere estar a trabalhar para localizá-los  e encontrar parte do dinheiro roubado e a arma usada.

Ainda nesta sexta-feira, a Polícia também apresentou um jovem de 25 anos, indiciado por tentar roubar uma viatura na casa do próprio familiar.

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