O País – A verdade como notícia

A província do Niassa registou mais 11  casos de pessoas com Mpox, nas últimas 24 horas. O total de pacientes com a doença subiu para 49 em todo país. A Saúde segue, neste momento, 124 pessoas suspeitas de estar infectadas.

O número de pessoas infectadas pela Mpox no país aumentou para 49, após o registo de 11 novos casos, nas últimas 24h, no distrito de Lago, em Niassa. 

A província é, desde o surto do vírus em Julho passado, epicentro da doença e tem um total de 44 infecções confirmadas. 

A província de Maputo regista três casos de Mpox e Manica com dois. 

O cumulativo de pessoas suspeitas aumentou para 680 em Niassa, Nampula, Cabo Delgado, Manica, Sofala e Maputo, dos quais 124 em seguimento.

De acordo com a Direção Nacional de Saúde Pública, 32 pessoas já recuperaram da doença e não há registo de óbitos. 

As autoridades apelam para a observância das medidas de prevenção da Mpox, tais como evitar contacto directo com indivíduos infectados e não partilhar roupas toalhas.

Não foi encontrada nenhuma madeira em toro nos 111 contentores  que saiam do Porto da Beira para China, após fiscalização. A verificação foi feita após denúncia de exportação ilegal. Os prejuízos da reverificação estão acima de sete milhões de meticais e há danos de reputação que recaem sobre o porto da Beira.

O processo de verificação de madeira em toro da empresa de importação e  exportação Safetimba terminou na noite desta sexta-feira, no Porto da Beira, 24 horas depois de ter iniciado. A acção deveu-se a uma denúncia de que, no interior dos contentores, havia   madeira em toro, prestes a ser exportada, facto que é proibido pela  lei. No entanto, após a verificação, tudo indica que foi um falso alarme. 

“A questão da possibilidade de existência de toros dentro dos contentores, como podemos ver, está, a priori, descartada. Vamos continuar com o nosso trabalho, que vai incidir agora com outra etapa, sobre a questão de análise do processo de exportação e sobre a sua legalidade. Até que ponto o processo de exportação em si foi levado a cabo legalmente  e também aquilo que é a confrontação da documentação que está em nossa posse”, avançou o Chefe do Departamento Nacional de Florestas, Arsénio Chelengo. 

Em processos desta natureza há sempre elevados custos inerentes ao manuseio dos contentores que  já estavam no navio prestes a serem exportados.

De acordo com dados a que o “O País” teve acesso,  as  estimativas preliminares apontam para cerca de 100 mil dólares  acrescidos de danos reputacionais, pois a reverificação dos contentores que já estavam no interior do navio descredibiliza a Cornelder de Moçambique e o porto no seu todo.

“Não é uma questão de dizer quem vai custear (…) isso está dependente do que se vai encontrar no fim do trabalho”, explicou Chelengo. 

Ainda não há datas para a madeira serrada em peças seguir o seu destino, que é a República da China.

 A comunidade da Escola Primária de Mulovote, na Matola, está em estado de choque, após a notícia de que um dos seus alunos está envolvido no homicídio do próprio pai, ocorrido nesta semana. A direcção da escola, profundamente consternada com o sucedido, apela à reabilitação do menor e ao resgate urgente dos valores morais na sociedade moçambicana.

Orlando Sabonete, director pedagógico da escola, afirma que o adolescente nunca apresentou sinais de comportamento desviante durante o tempo em que frequentou a instituição.

“É um aluno que sempre se mostrou tranquilo e respeitoso. No próprio dia do crime, esteve aqui com o pai para saber dos seus resultados escolares. Ninguém esperava uma tragédia deste tipo”, relatou Sabonete.

O professor Paulino Mucavel, que deu aulas ao adolescente durante dois anos, também destaca a postura calma do menor e defende apoio psicológico imediato.

“Trata-se de um jovem que precisa urgentemente de acompanhamento psicológico. É um caso delicado que exige atenção especializada também para a família”, afirmou.

O Provedor de Justiça, Isaque Chande, reagiu ao caso nesta sexta-feira, classificando o episódio como um sinal preocupante do retrocesso moral e social no país. Chande defende uma reflexão nacional profunda e medidas preventivas concretas para evitar novos episódios de violência envolvendo menores.

“O que aconteceu na Matola deve servir de alerta. Estamos a perder os nossos valores. É necessária uma acção conjunta da família, da escola e do Estado para recuperar o tecido moral da sociedade moçambicana”, afirmou.

O Provedor de Justiça propõe ainda a criação de centros específicos de acolhimento para menores em conflito com a lei, com enfoque na reabilitação e reintegração social.

“Precisamos de espaços que cuidem destes jovens, com educação, apoio psicológico e disciplina adequada, longe do sistema prisional comum”, defendeu Chande. 

Para o advogado Impasse Camblege, o caso deve seguir os procedimentos legais próprios para menores, mas com atenção redobrada à prevenção da reincidência criminal. “É importante garantir que o menor receba acompanhamento adequado, para que este episódio não se repita, seja com ele ou com outros jovens em situação semelhante”, alertou o advogado. 

O caso do adolescente da Matola segue nas autoridades competentes para procedimentos legais subsequentes.

Há filas longas nas Conservatórias de Registo Civil e no Centro Provincial de Recrutamento e Mobilização da Cidade de Maputo, devido a utentes que precisam de documentos para a submissão de candidaturas ao curso da polícia

A abertura do quadragésimo quarto curso básico da Polícia da República de Moçambique está a provocar longas filas em algumas instituições, que emitem parte dos documentos necessários para o ingresso  a esta formação.

As conservatórias de registo civil e os centros de recrutamento e mobilização, para o efeito de obtenção de certidão de nascimento e declaração militar, respectivamente, são as que têm registado maior número de utentes.

Jorge Wate precisa de declaração militar e diz ter chegado ao Centro Provincial de Recrutamento e Mobilização da cidade de Maputo às 06 horas desta sexta-feira, mas até às 10 horas, durante a gravação da entrevista, estava muito longe de ser atendido. 

“Fui atribuído um número bem distante do número que está na dianteira. Eu estou no número 500 e agora estão a chamar cento e tal”, declarou 

Apesar da crescente demanda por declaração militar nesta instituição, os jovens mostram-se satisfeitos com o atendimento. Júlio Michaque, jovem, que luta para ingressar nas fileiras da Polícia, disse que, comparativamente com os dias anteriores, o atendimento está razoável.

Angelina Carlos, esteve no Centro Provincial de Recrutamento e Mobilização da Cidade de Maputo na segunda-feira, mas desistiu devido à extensão da fila e só voltou nesta sexta-feira. Para ela, o atendimento está a seguir um ritmo normal. “Até aqui ainda estou na bicha, mas o atendimento já está a ser razoável”, disse.

Nas Conservatórias da cidade de Maputo, a história repete-se. Filas longas.

Na segunda Conservatória, jovens relataram que estavam na instituição pelo segundo dia à procura de ter certidão de nascimento, um dos requisitos indispensáveis para a submissão de candidatura para a formação. Válter Comé é exemplo disso. “Ontem estive aqui, fiquei aqui por volta de três horas, cheguei às 10 horas e saí às 13 horas, porque tinha de ir tratar outros documentos”, declarou.

Entre reclamações e murmúrios, reina a incerteza de ter o documento esta sexta-feira, pelo menos para Luís Ndlamine, jovem que não quer perder a oportunidade de se candidatar. “Não entendo como vai ser isso aqui, se vou entregar os meus documentos ainda hoje ou não”, disse num tom de desespero.

Na primeira Conservatória da Cidade de Maputo, uma jovem disse, em anonimato, que esteve na instituição na quinta-feira às 11 horas e só saiu às 14 horas sem resultados. Esta sexta-feira, chegou mais cedo para conseguir o seu objectivo. “Madruguei um bocadinho, apesar de não ter conseguido chegar a hora em que eu gostaria de chegar, mas acho que hoje serei atendida”.

A Conservadora, Ema Teresa Tonga, da primeira Conservatória, disse que o aumento da procura pelos serviços obriga a instituição a receber até 300 pedidos por dia, contra os 120 a 150 habituais. 

“Posso dizer o seguinte, que desde o dia 14, que acho que foi na semana passada, começamos a notar estas enchentes de utentes à procura dos assentos de nascimento. Então, dia-a-dia, vai se aumentando o número. Acho que começamos com um número de 170  e até a data de ontem (quinta-feira) recebemos 300 pedidos”.

Face à demanda, a instituição reduziu o tempo de espera, de quatro dias para dois. Paralelamente, reforçou a equipa de atendimento. De lá para cá acelerou o processo. “Ao iniciar só tínhamos lá um funcionário a receber os pedidos, mas agora tivemos que aumentar mais três colegas”, disse a responsável, sublinhando que depois da submissão de candidaturas para o ingresso a Polícia, o processo voltará à normalidade.

No Centro Provincial de Recrutamento e Mobilização da cidade de Maputo não foi possível interagir com os responsáveis, mas segundo a observação no local,  a instituição apresenta maior número de utentes nas filas, em relação às Conservatórias.

Os deslocados vítimas do terrorismo e de ciclones em Cabo Delgado estão a passar mal por falta de comida e abrigo. A situação é considerada dramática e está a preocupar o Instituto Nacional de Gestão de Risco e Desastre que sugere maior solidariedade interna.

Cabo Delgado vive um drama humanitário há muito tempo, mas, agora, a situação é considerada de crítica, devido à redução da ajuda humanitária internacional.

O Instituto Nacional de Gestão  do Risco e Desastres continua a prestar ajuda às populações vulneráveis, mas com limitações devido à redução da ajuda humanitária internacional.

O Programa Mundial de Alimentos é uma das poucas  organizações que tem estado a ajudar a evitar uma crise humanitária em Cabo Delgado.

Segundo estáticas oficiais, Cabo Delgado tem cerca de 500 mil pessoas  na condição de deslocado na sua maioria devido aos ataques terroristas.

 

Um trágico episódio abalou o bairro de Ndlavela, na Matola, onde um adolescente de apenas 15 anos tirou a vida do próprio pai, com recurso a uma faca.

O crime ocorreu dentro de casa, na cozinha, segundo o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Maputo, Cláudio Ngulele. Segundo a PRM, a discussão, que culminou no homicídio de André Filipe, jurista e funcionário da Autoridade Tributária (AT), de 41 anos de idade, foi motivada pelo fraco aproveitamento escolar do menor,  o que teria levado o pai a agredi-lo.

O adolescente, que confessou o crime, disse que o pai era um agressor da família e temido por todos. “Ele bateu a porta, eu peguei uma faca que estava na mesa. Quando levantou a mão para me agredir, eu o ameacei, mas chegou perto, fechei os olhos e o esfaqueei”, contou.

O episódio ocorreu na presença da mãe grávida de 9 meses e dos irmãos, que não conseguiram impedir a tragédia, segundo o adolescente.

Contudo, esta realidade é contrariada pelos vizinhos e amigos da família que descrevem André Filipe como um homem pacífico e de boa conduta. “Sou vizinho e nunca ouvi que o tio André é agressivo e mesmo o miúdo tem boa conduta, não compreendo o que terá acontecido”, disse Arsénio. O discurso é sublinhado pelo amigo da família, que classifica a amizade de pai e filho como “doce”. “Eles eram amigos e unidos, o pai tinha boa conduta e investia na educação do filho”, afirmou Armando.

O adolescente foi detido pela Polícia e o caso já segue para as instâncias judiciais competentes.

O sociólogo Costa Ivo referiu que a recorrência de casos similares em Moçambique revela fragilidades nas instituições sociais e uma preocupante exposição à violência dentro das famílias. Costa Ivo ressalta que “é urgente que a sociedade repense suas estratégias para a formação e construção do homem do amanhã, buscando prevenir tragédias como esta.”

“Este caso levanta reflexões profundas sobre a dinâmica familiar, a proteção dos jovens e o papel das instituições no combate à violência doméstica em nosso país”, sublinhou Costa.

O Ministério da Agricultura está a impedir a saída de um navio  do porto da Beira contendo diversa carga, entre ela 111 contentores com madeira.  O impedimento deveu-se a uma denuncia de  exportação ilegal de madeira em touro, o que é  proibido pela lei. 

Dos três primeiros contentores verificados  nesta quinta-feira não foi detectada nenhuma anomalia. 

Trata-se de uma denúncia anónima e levou uma  equipa multissectorial até ao Porto da Beira para verificar o conteúdo de mais de uma centena de  contentores, contendo madeira serrada. A denúncia aponta para a existência de madeira em touro nalguns contentores. 

Já no Porto da Beira a equipa multissectorial deparou com a informação de que o navio contendo os referidos contentores estava prestes a zarpar, cerca das 13 horas.

O Ministério da Agricultura iniciou démarches, junto das autoridades de justiça, para interromper o processo da partida do navio com destino a China, e conseguiu. Iniciou cerca das 17 horas desta quinta-feira o processo de descarregamento dos contentores. 

Foram abertos, nesta quinta-feira, apenas três  contentores para a verificação, cujo interior continha apenas  madeira serrada que condiziam com a documentação do proprietário.

O empacotamento dos contentores suspeitos foi na presença das autoridades competentes e até passaram por um scanner antes de serem colocados no navio.

No total serão desembarcados 11 contentores.

 

O dia começou agitado no município de Xai-Xai, na província de Gaza. Mais de 300 funcionários da edilidade, resolveram, esta quinta-feira, paralisar por completo as actividades, em contestação à não implementação da nova tabela salarial, após suposta aprovação pela assembleia municipal.

Além das queixas de não implementação da nova tabela salarial, os funcionários em greve apontam suposto incumprimento de um acordo entre partes que não está a ser levado em conta pela liderança municipal.

Os sazonais, que auferem dois mil meticais, também entraram na greve, com mais reclamações, como o aumento do salário, decidindo, por isso, paralisar as actividades.

Sobre a paralisação de actividades e as reclamações dos funcionários e sazonais, o município de Xai-Xai diz que o problema foi o aumento salarial de cinco mil meticais prometido pela anterior edilidade, em 2023, que devia ser feita gradualmente, mas que não está a acontecer.

Entretanto, o grupo quer a destituição imediata da vereadora das finanças e alerta que a retoma está condicionada ao pagamento dos salários conforme a nova tabela salarial.

O jornal O País sabe que o presidente do município vai reunir-se esta sexta-feira com funcionários grevista como forma de encontrar solução para braço de ferro instalado.

 

Nesta sexta-feira, será inaugurado o Jardim de Marracuene. O evento terá início às 17h00 e contará com diversas figuras, a destacar a presença do Governador da Província de Maputo, Manuel Tule.

Trata-se de uma cerimónia mista, que vai contemplar diferentes momentos, a frisar o descerramento da placa de inauguração da requalificação do Jardim de

Marracuene e uma breve visita pelo local; discursos institucionais e intervenções culturais.

A requalificação do Jardim de Marracuene é uma intervenção da Evolution Participações, através de uma parceria com o Município de Marracuene. 

Para além do Governador da Província de Maputo, a cerimónia de inauguração

da requalificação do Jardim de Marracuene será testemunhada pela administradora do distrito de Marracuene, Teresa Helena Boaventura Mauaie; pelo presidente do Conselho Municipal de Marracuene, Shafee Sidat; entre outras figuras de Marracuene, do Governo e demais convidados.

 

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