O País – A verdade como notícia

Trinta e três autocarros de transporte público de passageiros estão parados no Município de Nampula, por avarias e falta de acessórios. Trata-se de um lote de 40 viaturas que foram adquiridas através de uma dívida de 26 milhões de Meticais que ainda não foi paga.

Esta situação faz com que, nos dias de hoje, o parque da Empresa Municipal de Transporte Urbano esteja transformado num “cemitério” de autocarros. Ao todo, são 33 que estão parados por falta de acessórios e outros por avaria, o que deixa a cidade de Nampula quase dependente do transporte semicolectivo de passageiros.

E porque a recuperação não se mostra viável, a edilidade pensa em livrar-se dos mesmos.

Neste momento, apenas sete autocarros se encontram em circulação na cidade de Nampula.

O edil de Nampula, Luís Giquira, espera adquirir, no próximo ano, dez autocarros através de uma comparticipação do Ministério dos Transportes e Comunicações em 40%.

Os vendedores do Mercado Kwachena, na cidade de Tete, queixam-se da falta de clientes devido às manifestações e alegam que a situação está a retrair potenciais compradores de produtos no local.

Desde que iniciaram as manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, os mercados informais da cidade de Tete tendem a registar fraco movimento de clientes. Entretanto, como saída, os vendedores são obrigados a baixar os preços de produtos, sobretudo a batata, tomate e cebola. Dizem estar a somar prejuízos relacionados com a falta de compradores e deterioração dos produtos.

Por outro lado, os compradores queixam-se do agravamento de preços dos produtos de primeira necessidade. O óleo, sabão e ovos, por exemplo, tiveram uma subida que varia entre 50 a 200 Meticais.
Os comerciantes dizem que tal facto está relacionado com as dificuldades para movimentar mercadorias dos países vizinhos para Moçambique e vice-versa.

Tomate, cebola e a batata produzida localmente estão em abundância nos principais mercados informais da cidade de Tete.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, considerou o financiamento de 20 milhões de euros aprovado pela União Europeia, para apoiar o Ruanda como um “duplo ganho” para Moçambique

Para Nyusi, que falava quarta-feira, em Harare, no Zimbabwe, após o encerramento da cimeira extraordinária da SADC, o apoio da União Europeia destina-se a reforçar as capacidades militares das tropas ruandesas que actuam ao lado das forças moçambicanas no teatro operacional norte.

O Estadista moçambicano respondia a uma questão levantada sobre por que motivo o financiamento da União Europeia foi direcionado ao Ruanda, em vez de ser canalizado directamente para Moçambique. 

O Chefe de Estado argumentou ainda que Moçambique já beneficia de apoio directo da União Europeia em diversas áreas, incluindo na componente de treinamento militar e outras iniciativas estratégicas, que atingem até ao momento 800 milhões de euros.

O apoio adicional adoptado complementa a medida de assistência paralela, no valor de 89 milhões de euros, às Forças Armadas moçambicanas treinadas pela Missão de Formação da UE (EUTM) Moçambique.

Criado em Março de 2021, o Mecanismo Europeu de Apoio à Paz visa financiar acções externas da UE com implicações militares ou de defesa, com o objectivo de prevenir conflitos, preservar a paz e reforçar a segurança e a estabilidade internacionais.

Em particular, o EPF permite à UE financiar acções destinadas a reforçar as capacidades de Estados terceiros e organizações regionais e internacionais em matéria militar e de defesa.

Desde Outubro de 2017 que Moçambique, particularmente Cabo Delgado, é alvo de ataques terroristas que já resultaram na morte de mais de quatro mil pessoas e levaram mais de quatro mil a abandonar as suas residências na busca de locais mais seguros.

O trânsito ficou paralisado, hoje, às 12h00, em algumas avenidas da Cidade de Maputo, em resultado dos protestos contra os resultados eleitorais. Vestidos de preto, os manifestantes tocaram buzinas, cantaram e exibiram cartazes. Tudo correu de forma pacífica.

Pontualmente às 12h00, o trânsito parou, literalmente, em algumas avenidas da Cidade de Maputo. Com o relógio numa mão e a outra ao volante, os condutores accionaram buzinas e o acto teve réplica. Era uma nova forma de os manifestantes se fazerem ouvir. Não foi só isso que aconteceu. Vestidos de preto, alguns manifestantes encheram as avenidas de Maputo, cantando e exibindo cartazes, até que os que estavam nos seus postos de trabalho se juntaram aos protestos.

As manifestações ocorreram em diversas artérias, com o objectivo de protestar contra os resultados eleitorais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições, que consideram injustos e fraudulentos.

Os protestos aconteceram de forma pacífica. Entretanto, há quem não gostou da atitude de alguns manifestantes naqueles 15 minutos, considerando que a sua iniciativa consubstanciava em impedir que tomasse, de forma normal, a sua direcção para desenvolver as suas actividades.

Na Estrada Nacional Número Quatro (EN4), precisamente na zona da Maquinag, no bairro Luís Cabral, os manifestantes pararam no meio da via e interromperam o trânsito.

A manifestação não só foi captada pelas lentes de várias televisões, como também por câmaras amadoras.

Os que não estavam nas viaturas juntavam-se aos outros, formavam pequenos grupos e cantavam, exibindo cartazes. Todo o movimento durou, exactamente, 15 minutos.

Durante este período, nenhum polícia esteve na estrada para regular o trânsito e muito menos para dispersar os manifestantes. As avenidas que dão acesso a instituições sensíveis, como a Presidência da República, Ponta Vermelha, Ministérios da Defesa Nacional e do Interior, ficaram temporariamente fechadas. Depois de 15 minutos, tudo voltou ao normal e a Polícia esteve lá para orientar o trânsito.

Os professores ameaçam boicotar a realização dos exames escolares do ensino primário e secundário, caso o governo não pague as horas extras até o fim desta semana. A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO), afirma ainda que nem sequer irá ao conselho de notas sem pagamento da dívida.

O encontro de mais de três horas com o governo, ocorrido esta quarta-feira entre o governo e os professores, voltou a não satisfazer a classe, que tinham esperança de sair com boas motivações. Os professores reclamam o pagamento de horas extras que o governo não canaliza há dois anos, sufocando os funcionários públicos.

“Nós como ANAPRO temos vindo a levar muitos apelos sobre este assunto, e agora preferimos não confiar no que o governo diz porque como professores já estamos casados”, disse Marcos Mulima, Porta-voz da organização.

Não houve nenhum consenso entre portas fechadas, e os professores ameaçam boicotar a realização de exames finais, muito menos ir ao conselho de notas. A Classe diz não ter tido outro mecanismo para pressionar o governo.

“Até então dizemos, se não pagarem a dúvida das horas extras, não há conselho de notas e nem se quer realização de exames finais do ensino primário e secundário do Rovuma ao Maputo”, disparou a fonte.

Para esta classe, o governo teve momentos oportunos para negociar quaisquer métodos de pagamento e nada feito até então, o desembolso dos valores deve ser imediato.

Já não há prazo é hoje e agora, ou eles pagam a partir de amanhã até próxima semana e prontos, já não há prazos” foi afundo explicando o porta-voz da ANAPRO, exibindo vários documentos que ilustram compromissos do governo no passado e que nunca foram honrados.

Lembrar que o governo já veio ao público por diversas vezes, dizer que já havia conseguido verbas para amortecer a dívida para com a classe, pronunciamentos desmentidos no terreno.

Face a informações postas a circular nas redes sociais, alegando um comando da ANAPRO, para chumbar, alunos e familiares de polícia, a Associação Nacional dos Professores distancia-se. Os professores realizaram no último sábado, uma marcha pacífica na capital do país, exigindo pagamento das horas extras, entretanto, foram dispensados pela polícia com gás lacrimogêneo.

Moçambique vai receber 20 milhões de Euros, mais de 1.3 mil mihões de Meticais para o reforço do apoio militar ruandês que opera na província de Cabo Delgado, devido ao terrorismo. O apoio foi aprovado há dias no âmbito do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.

“Este apoio permitirá a aquisição de equipamento pessoal e cobrirá os custos relacionados com o transporte aéreo estratégico necessário para apoiar a projecção ruandesa em Cabo Delgado”, refere a Agência de Informação de Moçambique, que cita um documento a que teve acesso.

Este destacamento teve início em Julho de 2021, a pedido das autoridades moçambicanas, para apoiar a luta contra o terrorismo em Cabo Delgado.

“A presença das tropas da Força de Defesa do Ruanda tem sido fundamental para fazer progressos e continua a ser fundamental, especialmente tendo em conta a recente retirada da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM). Esta medida de reforço é um testemunho do apoio da UE às “soluções africanas para os problemas africanos” e, como parte da luta global contra o terrorismo, servirá também os interesses da UE na região”, disse Josep Borrell, Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, citado em comunicado.

O apoio adicional adoptado complementa a medida de assistência paralela, no valor de 89 milhões de euros, às Forças Armadas moçambicanas treinadas pela Missão de Formação da UE (EUTM) Moçambique.

Criado em Março de 2021, o Mecanismo Europeu de Apoio à Paz visa financiar acções externas da UE com implicações militares ou de defesa, com o objectivo de prevenir conflitos, preservar a paz e reforçar a segurança e a estabilidade internacionais.

Em particular, o EPF permite à UE financiar acções destinadas a reforçar as capacidades de Estados terceiros e organizações regionais e internacionais em matéria militar e de defesa.

Desde Outubro de 2017 que Moçambique, particularmente Cabo Delgado, é alvo de ataques terroristas que já resultaram na morte de mais de quatro mil pessoas e levaram mais de quatro mil a abandonar as suas residências na busca de locais mais seguros.

A falta de apoio aos agricultores do posto administrativo de Diaca, na província de Cabo Delgado, está a dificultar a recuperação da agricultura em Mocímboa da Praia. Actualmente, uma parte dos camponeses precisa de ajuda humanitária, devido à fraca produção agrícola.

O facto é que alguns camponeses que regressaram a Diaca, após a reposição de segurança, não estão a conseguir reabrir os campos de produção agrícola, devido à falta de insumos agrícolas e falta de apoio.

A preocupação  foi apresentada ao Secretário de Estado na Província de Cabo Delgado, António Supeia, numa campanha de distribuição de insumos agrícolas às vítimas do terrorismo.

António Supeia não falou  sobre as motosserras que o Governo do distrito prometeu aos camponeses de Diaca, tendo-se apenas comprometido a mobilizar mais apoios para a recuperação da agricultura.

A agricultura é um dos principais pilares do Plano de Reconstrução de Cabo Delgado pós-terrorismo. É uma das áreas em que o Governo e parceiros de cooperação investiram muito dinheiro nos últimos três anos, mas, por vários motivos, o processo de recuperação dos campos de produção continua lento. Até hoje, milhares de camponeses continuam a depender de ajuda humanitária.

Uma funcionária da saúde está detida, na província de Gaza, acusada de burla com promessas de emprego no Serviço Distrital de Saúde do distrito de Mandlakazi. A indiciada terá conseguido “encaixar” mais de 100 mil Meticais.

A funcionária de saúde detida em Mandlakazi é acusada de cobrar mais 100 mil Meticais em esquemas de facilitação para uma suposta vaga na secretaria do Serviço Distrital de Saúde do distrito de Mabalane.

A indiciada, de 42 anos, está afecta ao sector da saúde há mais de 15 anos e foi denunciada por uma das vítimas do suposto esquema. Entretanto, a detida nega o seu envolvimento no caso.

O Serviço Nacional de Investigação Criminal, em Gaza, esclarece que o caso se arrasta há mais de oito meses e, para ludibriar a vítima, a indiciada, supostamente, forjou um contrato de trabalho.

Segundo o porta-voz do SERNIC, Zaqueu Mucambe, decorrem  trabalhos investigativos com vista a identificar e neutralizar outros envolvidos no caso.

As autoridades falam de uma “rede de burla” que promete emprego a pessoas que, estando desesperadas, entregam valores na esperança de poder trabalhar.

Nos últimos tempos, há registo de aumento de casos de falsas ofertas de emprego na província de Gaza.

As autoridades alertam para esquemas que, segundo dizem, já vitimaram mais de 10 pessoas, sendo que até ao momento houve sete detidos.

Líderes religiosos, em Inhambane, dizem que a tensão pós-eleitoral que o país vive é resultado da falta de integridade dos políticos. Os religiosos dizem ainda que, mais do que apenas colocar fim às manifestações, o país deve estar verdadeiramente reconciliado.

Os mesmos afirmaram, por outro lado, que a violência que o país vive é uma prova de que a nação nunca esteve totalmente reconciliada.

A presidente do Conselho Autárquico de Homoíne, Jovial Setine, diz que, neste momento, todos devem unir-se pela pacificação do país e deixar de lado as diferenças.

Os intervenientes falavam durante um evento que serviu, outrossim, para galardoar os grupos corais que mais se destacaram nas suas apresentações.

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