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Sociedade civil nega estar a financiar terrorismo

Foto: O pais

As organizações da sociedade civil em Moçambique dizem que não há evidências de que possam estar a ser usadas para a lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo em Cabo Delgado. Apesar de haver três casos em investigação, o CESC diz que é tudo especulação até que se prove em tribunal.

Foi através da imprensa que a Sociedade Civil ficou a saber que um estudo levado a cabo pelo Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFIM), que aponta algumas organizações não governamentais como financiadoras do terrorismo.

Segundo Paula Monjane, directora-executiva do Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil de Moçambique (CESC), não é verdade, até que se prove o contrário. “Não há nenhuma evidência de que alguma organização esteja a ser usada para fins de financiamento ao terrorismo. Repito: não há nenhuma evidência”, sublinhou Paula Monjane.

Sem excluir a possibilidade de ser verdade, Monjane reiterou que espera a conclusão das investigações, uma vez que o próprio relatório concluiu que “não há evidências”.
“Não estamos a dizer que não pode um dia haver caso de uma organização envolvida, de igual forma que pode haver casos de pessoas individuais. O que estamos a dizer é que o relatório concluiu que não há evidências. Há três casos em investigação, mas não sabemos porque ainda não foram concluídos.”

Actualmente, o Governo e a sociedade Civil têm trabalhado em conjunto para  identificar as organizações que apresentam algum risco de vulnerabilidade, com vista a protegê-las e evitar o seu envolvimento no terrorismo.

Falando, esta terça-feira, no lançamento do relatório conjunto entre o Governo e a sociedade civil sobre a avaliação de riscos do sector, o  Gabinete de Informação Financeira de Moçambique disse que a colaboração vai ajudar na busca da verdade.

“Vai fortalecer as nossas instituições, vamos sair deste campo de especulação. O resultado final disto é que, permanentemente, com as avaliações sectoriais que se vão fazer, poderemos ter informação concreta”, afirmou Luís Cezerilo, do GIFIM.

Com os resultados que têm vindo a ser alcançados, o país pode sair da lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI) até fim do próximo mês de Julho.
“Comprimos boa parte dos resultados exigidos. Se tudo correr bem, teremos, até final de Julho concluído, os três resultados imediatos alistados”, concluiu.

No passado dia 6 de Junho, Moçambique teve a pré-avaliação do quarto relatório para a remoção da lista cinzenta do GAFI, instrumento a ser ratificado em Singapura, no próximo dia 23.

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