O País – A verdade como notícia

O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) alerta para a ocorrência de chuvas fortes com trovoadas, nas províncias de Nampula, Cabo Delgado e Niassa. 

“O INAM prevê a continuação de chuvas moderadas a fortes (30 a 50 milímetros em 24 horas), localmente fortes (mais de 50 milímetros em 24 horas), acompanhadas de trovoadas e vento com rajadas, nos distritos acima mencionados”, lê-se no comunicado enviado ao “O País”.

Na Província de Nampula serão afectados os distritos de Malema, Lalaua, Mecubúri, Rapale, Murrupula, Erati, Nacaroa, Muecate, Mogovolas, Meconta, Memba, Ribaué, Nacala, Mongicual, Mossuril, Liúpo, Angoche, Larde, Moma, Monapo e cidade de Nampula. 

Em Cabo Delgado, os pontos chuvosos serão os distritos de Nangade, Mocímboa da praia, Muidumbe, Ancuabe, Chiúre, Namuno, Balama, Ibo, Montepuez, Meluco, Mueda, Quissanga, Metuge, Mecufi e cidade de Pemba. 

Já em Niassa, serão afectados os distritos de Mecula, Marrupa, Sanga, Muembe, Majune, Maúa, Cuamba, Metarica, Mecanhelas, Mandimba, Ngauma, Chimbonila, Nipepe e cidade de Lichinga. 

O INAM prevê ainda que as chuvas continuarão a cair de forma localizada nas províncias de Tete e Zambézia, bem como se espera ocorrência de chuvas moderadas a fortes a partir da tarde de amanhã, 01 de Janeiro de 2026, nas províncias da zona sul do País.

Mais de 13 mil alunos reprovaram na sequência dos exames da 9ª classe, na província de Gaza. As disciplinas de Química, Biologia e Matemática foram as que registaram os índices mais baixos. Por conta da situação, sobe o número de pais e encarregados que exigem novas correções à direções de 14 distritos de Gaza. 

Na Escola Secundária de Xai-Xai, por exemplo, reprovaram 383 alunos dos cerca 530 alunos submetidos aos exames da 9ª classe. O “O País” teve acesso a algumas pautas, nas quais em um dos júri de 30 alunos apenas cinco foram aprovados no exame de química. A tendência negativa é notória em quase todas disciplinas, com destaque para Biologia, Física e Matemática.

Na 10ª classe, foram no final reprovados 409 alunos de 973 alunos examinados, na 12ª classe, 354 alunos não aprovaram num  total de 1 414 alunos avaliados.

Revoltados, mais de 400 pais e encarregados de educação “apertaram” a Direcção da Escola exigindo novas correção das provas 

Já na Escola de Secundária Inhamissa registou um cenário diferente, com resultados considerados  satisfatórios em quase todas as classes examinadas.

A Direcção Provincial de Educação apresentou os resultados preliminares dos exames realizados em todos os 14 distritos, em particular da 9ª classe.

As pautas para consulta de resultado foram removidas em quase todas escolas de Xai-Xai, entretanto, o  chefe do departamento de Educação Geral, Licínio Albino, diz desconhecer tal facto .

Xai-Xai, Mandlakazi, Chibuto e Limpopo são os distritos que registaram números elevados de reprovação, em particular na 9ª classe. 

O governador de Cabo Delgado apela à população a reforçar a vigilância durante a transição do ano, para evitar ataques terroristas, e pede o cumprimento das orientações das Forças de Defesa e Segurança de modo a  garantir festas tranquilas.

A situação de segurança em Cabo Delgado está parcialmente controlada, mas o governador da província pede à população para redobrar a vigilância durante as festas da transição de ano.

Em relação ao uso de fogos de artifícios nas zonas directamente afectadas pelo terrorismo, o governador de Cabo Delgado deixa ao critério dos governos locais e das Forças de Defesa e Segurança.

O apelo ao reforço da vigilância popular que foi feito no final de uma visita que o governador de Cabo Delgado efectuou na cidade de Pemba para avaliar o nível de preparação da província para transição do ano 2025/2026.

O Presidente da República, Daniel Chapo, endereçou, nesta quadra festiva, uma  mensagem de Boas Festas a todo o povo moçambicano, formulando  votos de um Ano Novo de 2026 repleto de paz, prosperidade,  esperança e renovado compromisso com o desenvolvimento do País. 

Na sua mensagem, o Chefe do Estado sublinha que o período do final  do ano constitui um momento privilegiado de reflexão, união familiar e  solidariedade, apelando ao reforço dos valores de convivência  harmoniosa, trabalho árduo e responsabilidade colectiva como pilares 

essenciais para a construção de uma Nação cada vez mais justa,  coesa e inclusiva. 

O Presidente da República destaca, igualmente, a resiliência do povo  moçambicano face aos desafios vividos ao longo do ano,  enaltecendo o espírito de sacrifício, patriotismo e esperança que  continuam a nortear o percurso do País rumo ao crescimento  económico, à estabilidade social e ao bem-estar das famílias. 

Chapo dirige uma menção especial  de reconhecimento e profundo agradecimento aos jovens  moçambicanos e os aliados do Ruanda que, mesmo durante a  quadra festiva, permanecem firmes no combate ao terrorismo,  assegurando a defesa da soberania, da paz e da integridade territorial  do País. 

“Mesmo longe das suas famílias, estes jovens cumprem, com coragem  e elevado sentido de dever patriótico, a nobre missão de proteger  Moçambique, combatendo o terrorismo de forma destemida e sem  tréguas, 24 horas por dia, de Segunda a Segunda, quer faça sol, faça  frio, faça chuva ou faça vento, nas matas de Cabo Delgado, de Eráti,  de Memba e da zona de Mecula, na província do Niassa. A Nação  reconhece e agradece o vosso sacrifício”, refere a mensagem. 

O Presidente da República manifestou confiança de que o Ano Novo  de 2026 trará novas oportunidades, mais progresso e melhores  condições de vida para todos os moçambicanos, reforçando o  espírito de unidade e de trabalho conjunto em prol da paz, da  unidade nacional e do desenvolvimento sustentável do País, no  quadro do percurso rumo à independência económica, cujos  alicerces já estão a ser implantados.

O Presidente da República deseja a todos os cidadãos, dentro  e fora do País, festas felizes e um ano novo pleno de saúde, sucesso e  realizações, reiterando o seu compromisso de continuar a servir  Moçambique com dedicação, responsabilidade e visão de futuro.

Um incêndio de grandes proporções deflagrou, na tarde desta terça-feira, numa das principais unidades de processamento da mineradora Dingsheng Minerals, em Chibuto, na província de Gaza. De acordo com o SENSAP, a unidade pegou fogo quando decorriam trabalhos de soldadura.

O fogo que consumiu uma das principais unidades de processamento da mineradora Dingsheng Minerals, em Chibuto, Gaza, deflagrou por volta das 11 horas desta terça-feira, no primeiro dos três andares da fábrica número 1, na sequência de falhas resultantes de trabalhos de soldadura de máquinas.

“A rápida intervenção do SENSAP permitiu conter as chamas, evitando a sua propagação para outras áreas da fábrica. Não há registo de danos humanos, porém algumas máquinas ficaram danificadas, causando prejuízos materiais. As autoridades continuam no local a apurar mais detalhes sobre a ocorrência”, disse Abel Simango, porta-voz do Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP).

Foi mobilizada uma equipa para o local, mas o corpo de bombeiros precisou de reforço para controlar as chamas.

Ainda será feita perícia para identificar a causa do incêndio.

Devido a este acontecimento, mais de 600 trabalhadores das areias pesadas de Chibuto estão com futuro incerto.

Confrontos entre a polícia e supostos Naparamas resultaram na morte de oito pessoas, entre os quais um agente da polícia, no distrito de Mogovolas, em Nampula. As autoridades provinciais afirmam que os tumultos foram provocados pelos Naparamas, com apoio de alguns membros do partido Anamola.

A localidade de Maca, no Posto administrativo de Yuluti, em Mogovolas, província de Nampula, voltou a ser palco de confrontos entre a polícia e um suposto grupo de Naparamas, nesta segunda-feira, tendo resultado na morte de oito pessoas, sendo  sete membros dos Naparamas e um agente da Polícia da República de Moçambique.

O secretário de Estado na província de Nampula, Plácido Pereira, disse que o grupo era composto também por alguns membros de partidos políticos, mas não especificou a organização política a que pertencem.

“Não são garimpeiros, como eu dizia, são Naparamas, porque, depois, pode-se constatar que até estavam vacinados, estavam encapuzados, ligados com fitas vermelhas, mas entre estes, os Naparamas, havia simpatizantes de alguns partidos políticos, como se pode ter constatado depois, que tinham camisetas e tinham até cartões de algum partido político”, denunciou Plácido Pereira.

O dirigente provincial confirmou, posteriormente, que este confronto resultou na morte de oito pessoas. “Foram oito óbitos que temos a lamentar, dentre eles sete do lado dos insurgentes, e um foi um membro da força da polícia. A polícia entrou em acção e manteve a paz. Neste momento, está sem paz e há circulação de bens e de pessoas normalmente”, confirmou o secretário de Estado de Nampula.

Entretanto, a Polícia da República de Moçambique convocou uma conferência de imprensa na manhã desta terça-feira para esclarecer como tudo aconteceu. Para a PRM, tudo começou quando o grupo, que também era composto por alguns elementos do partido Anamola, queria invadir algumas infra-estruturas guarnecidas por agentes da polícia. E, na sequência, cinco indivíduos foram detidos.

“Neste momento, os processos decorrem para a responsabilização criminal dos indivíduos. Importa salientar que esta acção se alia ao caso de desordem pública registado no passado dia 19, onde estes membros se fizeram ao Tribunal Distrital, tendo exigido a soltura de oito indivíduos acusados nos tipos legais de crime de invasão, desordem pública e associação criminosa. Destas acções, foi possível a neutralização de alguns cidadãos, dentre eles o coordenador do distrito”, explicou a porta-voz da PRM em Nampula.

Rosa Chaúque esclareceu ainda que neste momento continuam acções para que possam neutralizar todos os indivíduos envolvidos nos casos de desordem pública. “Queremos também adiantar que a polícia não irá tolerar qualquer situação que venha a perigar aquilo que é a ordem pública. Nossas actividades continuam no sentido de neutralizar todos aqueles que atentam contra a ordem e segurança públicas”, disse Rosa Chaúque, porta-voz da PRM em Nampula.

Já o coordenador provincial do partido ANAMOLA, Castro Niquinha, considera a detenção dos seus membros como uma perseguição política e desmente que os mesmos estariam a provocar desordem naquela região.

“Eles mentem que os mesmos estariam a provocar desordem naquela região. É claro que fomos informados, a partir de ontem, que de facto foram baleadas quatro pessoas, entre elas duas pessoas mortalmente, para além de duas pessoas feridas. Isso, segundo a informação que tivemos, aconteceu no posto de Ilute, na zona de Maca”, disse Niquinha, explicando que Maca é uma zona onde estão a ser explorados minérios.

Castro Niquinha esclareceu ainda que o relacionamento existente entre a polícia e a população em toda a província não é saudável. “Não é só aqui, porque nós sabemos que a polícia não está a funcionar adequadamente. Ela faz uma repressão. É uma polícia que muitas vezes aparece a fazer um trabalho que favorece um partido. Temos muita polícia muito politizada. Uma polícia que muitas vezes cumpre algumas situações anormais, inaceitáveis”, disse o coordenador provincial da ANAMOLA.

Por outro lado, segundo disse Castro Niquinha, “a saúde, entre as partes não é das melhores, porque nós nos sentimos ameaçados. Não aparece cá uma resposta que justifica muitas vezes as detenções que têm ocorrido”, disse.

Importa destacar que o distrito de Mogovolas tem sido palco de frequentes confrontos entre as autoridades e as comunidades locais, principalmente devido à exploração ilegal de recursos minerais.

O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê a continuação de chuvas locais fortes a muito fortes nas regiões Centro e Norte do país, nos próximos dias.

Segundo o INAM, poderão ocorrer precipitações em regime forte, superiores a 50 milímetros em 24 horas, e muito forte, acima de 75 milímetros no mesmo período, acompanhadas de trovoadas e ventos com rajadas, em vários distritos das províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, incluindo as respetivas capitais provinciais.

A previsão aponta igualmente para a continuação de chuvas localizadas nas províncias de Tete, Zambézia, Manica e Sofala.

Face ao cenário meteorológico, as autoridades apelam à população para a adopção de medidas de precaução e segurança, sobretudo nas zonas propensas a cheias, inundações e descargas atmosféricas.

Pelo menos sete pessoas perderam a vida e mais de 500 famílias foram afectadas pelas chuvas intensas que caíram nos últimos dias nas províncias de Manica e Tete, no centro do país.

Na província de Manica, o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) confirmou que 342 famílias foram afectadas, tendo-se registado sete óbitos, todos provocados por descargas atmosféricas. As chuvas causaram ainda a destruição de cerca de 100 casas, na sua maioria de construção precária, além de 28 escolas, correspondentes a aproximadamente 50 salas de aula parcialmente danificadas.

Já na província de Tete, no distrito de Mutarara, cerca de 200 famílias ficaram desalojadas devido às chuvas fortes. Segundo a administração distrital, os casos mais críticos foram registados nas localidades de Sinjal, Nhamaiabo e Vila Nova da Fronteira, onde várias residências ficaram parcialmente destruídas.

As autoridades locais apelam à população que vive em zonas de risco, sobretudo nas margens dos rios Zambeze, Ngoma e Chire, para que abandone as áreas vulneráveis e se dirija para locais seguros, face à subida dos níveis de água.

Entretanto, o INGD ativou ações de antecipação às cheias, na sequência das previsões de continuação de chuvas fortes acompanhadas de trovoadas e ventos em várias províncias do centro e norte do país. As medidas incluem a ativação dos centros operativos de emergência e a disseminação de avisos à população através de rádios comunitárias e outros meios locais.

A electricidade de Moçambique garante que não vai faltar corrente eléctrica durante as festividades de transição do ano. o presidente do conselho de administração visitou as áreas operativas e apresentou equipamento de reforço para caso de emergências. 

“A visita deu para aferir aquilo que é o nível de prontidão da EDM para responder a demanda de todo o tipo de operações, que normalmente é requerida nesta época, que é um época de muita demanda”, avançou o Joaquim Henrique Ou-chim, Presidente do Conselho de Administração da  EDM. 

Henrique Ou-chim garantiu ainda que houve reforço técnico e de meios para fazer face a época festiva. “Temos também reforço no que respeita ao provisionamento de materiais, porque pode acontecer que haver avarias e termos de substituir parte desse equipamento, sobretudo, verificamos aspectos ligados ao posicionamento das equipas para pronta intervenção”, acrescentou.  

 

+ LIDAS

Siga nos