O País – A verdade como notícia

O perigo está à espreita. Famílias que residem num prédio de 14 andares, localizado no centro da cidade da Beira, oficialmente denominado “edifício 056”, mais conhecido por “prédio da televisão”, correm risco de vida diariamente, por conta de fissuras em várias paredes. 

As fissuras têm estado a  provocar a filtração de água, que entra em contacto com os fios que transportam a corrente elétrica. Os problemas, segundo apurou o “O País”,  começaram a surgir há seis anos, ou seja, logo após a passagem do ciclone Idai.No edifício, segundo os moradores, a água não jorra nas torneiras e o fornecimento da corrente elétrica é deficiente por conta dos fios obsoletos.

No entanto, os problemas não ficam por aí. Os elevadores não funcionam há vários anos.Os moradores falaram ao nosso jornal na condição de anonimato, contando, ainda, que vários tipos de utensílios domésticos são usados quando chove, na Beira, para cartar água, que jorra pelo teto. 

As águas, vezes sem conta, molham o chão e as mobílias, criando um mofo em todas as flechas. Os moradores alegam que já contataram, várias vezes, o proprietário do edifício, neste caso, a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE), através de cartas, para sanar os problemas que o  edifício apresenta, mas sem respostas satisfatórias. A renda mensal é de 10 mil Meticais, uma taxa que, segundo os moradores, sofre aumentos constantes, facto que dizem não fazer sentido tendo em conta as condições do edifício.

Como não houve nenhuma intervenção no edifício, os moradores tomaram a iniciativa de reabilitá-lo com fundos próprios. 

“Estamos, agora, aqui, no meio da sala, onde decidimos dar início a uma obra, para tentar melhorar a condição da casa, mas pelos problemas de infiltração e muitas outras coisas que vêm acontecendo no prédio, tivemos que interromper as obras, porque ficamos incapacitados de continuar devido às condições em que nos encontramos”, lamentou um dos moradores. 

Adiante, os moradores disseram que, “conforme podemos ver, passamos por uma sequência de chuvas e, para nós que vivemos nos últimos andares do prédio, estamos a vivenciar essa situação de infiltração, onde as condições em que nos encontramos hoje são literalmente impossibilitadas de ter pessoas a residir neste edifício”.  

Os moradores acrescentam que “nós enfrentamos problemas de  água por tudo quanto é lado da casa”, sendo que  a mesma “vem, literalmente, do tecto”.

A EMOSE  diz ter conhecimento do problema. O diretor da instituição afirmou, em entrevista ao “O País”,  que todo o tecto do edifício foi destruído pelo ciclone Idai, e que houve uma intervenção na cobertura meses depois. Entretanto, a cobertura ou o trabalho feito não foi  de qualidade, sendo que de lá para cá já está a criar problemas.

“Os problemas que o edifício está a apresentar tem muito a ver com infiltrações na altura da chuva”, disse. 

De acordo com a EMOSE, a estrutura do edifício está a contribuir para a demora no arranque das obras. “Andamos com dificuldade, dada a altura do prédio. Não temos o equipamento necessário. Não temos como levantar a madeira lá para cima, então é tudo uma questão de custos”.

O proprietário do edifício garante que a intervenção do mesmo será ainda este ano.

“No último encontro que nós tivemos com o empreiteiro que podia fazer o trabalho, ele disse que só poderia executar o trabalho depois da passagem da época chuvosa. Existe a possibilidade dos moradores do último andar terem de abandonar temporariamente este prédio. Nós já conversamos com os inquilinos, quem tiver uma casa livre, quem puder abandonar por um período o imóvel, vai ajudar.  Nós podemos fazer uma intervenção, para evitar que o façamos em casas onde tem pessoas. Entretanto, é difícil arranjar um ponto provisório para os inquilinos. Nós não temos condições para isso”, sublinhou.

“O que nós aconselhamos aos inquilinos é que arranjem um espaço provisório enquanto se fazem as obras. E estamos abertos para ouvir opiniões dos moradores.”, assegurou.

Enquanto as obras não arrancam, as 112 famílias, que vivem no edifício, cerca de 600 pessoas, continuarão a correr risco de vida sempre que chove.

A malária, uma das doenças mais persistentes em Moçambique, continua a desafiar comunidades e autoridades de saúde na cidade de Inhambane. Embora os números mais recentes apontem para uma redução significativa de casos, a doença ainda afecta milhares de pessoas e traz consigo histórias de luta, dor e superação. No primeiro trimestre de 2025, foram registados cerca de 4 mil casos de malária, um número que, apesar de elevado, representa uma redução considerável em comparação com os 10 mil casos reportados no mesmo período do ano passado.

Por trás destes números estão rostos como o da dona Cartilia. Quem a vê a caminhar pelo bairro Chamane não imagina as dificuldades que já enfrentou. “Era muito frequente ter malária. De dois a três episódios por ano, e houve uma vez em que quase perdi a vida. Foi preciso ir até Maputo para conseguir tratamento, e, graças a Deus, sobrevivi”, conta, com a voz embargada. A sua casa, na altura rodeada por pequenas poças de água acumulada e lixo, era um reflexo de um problema estrutural que alimenta a proliferação de mosquitos nas zonas urbanas e periurbanas de Inhambane.

Para combater a malária, as autoridades têm apostado em campanhas de pulverização intradomiciliária, uma medida eficaz, mas que não abrange toda a população. Felizarda, moradora do bairro Liberdade, é uma das beneficiárias dessa intervenção. “Aceitei logo a pulverização. Depois disso, notei que os mosquitos diminuíram bastante. Já não temos tantas picadas e, acima de tudo, as crianças estão mais protegidas”, relata, visivelmente aliviada.

Contudo, nem todos têm acesso à pulverização. A senhora Elisa é uma dessas pessoas. A sua casa, feita de chapas de zinco, não pode ser pulverizada devido à ineficácia do produto nesse tipo de material. “Gostava muito de poder fazer a pulverização, mas disseram que o medicamento não funciona no zinco. Fico preocupada, porque os mosquitos não escolhem casas”, desabafa, evidenciando as desigualdades na proteção contra a doença.

Dércio Rafael, responsável pelo programa de combate à malária em Inhambane, explica os motivos técnicos que limitam a pulverização em casas de zinco. “O produto utilizado não se fixa nas paredes de zinco, anulando o seu efeito. Estamos cientes deste desafio e a estudar alternativas que possam beneficiar estas famílias, pois queremos garantir que ninguém fique desprotegido”, afirma.

Apesar das dificuldades, Inhambane tem registado uma redução consistente nos casos de malária. Em 2023, foram reportados cerca de 50 mil casos, número que caiu para 28 mil em 2024. Este ano, no primeiro trimestre, a diminuição continuou, com 4 mil casos, uma redução significativa face aos 10 mil registados no mesmo período de 2024.

Dércio Rafael acredita que esta tendência é fruto de um esforço conjunto entre autoridades e comunidades. “Temos apostado na sensibilização das famílias, na eliminação de criadouros e na distribuição de redes mosquiteiras. Estes resultados mostram que estamos no caminho certo, mas ainda há muito a fazer”, explica. Ele destaca, no entanto, que a urbanização desordenada e a falta de saneamento básico em muitos bairros continuam a ser grandes obstáculos na luta contra a doença.

Além disso, Dércio sublinha um aspecto positivo: “Mesmo com o elevado número de casos, não tivemos óbitos por malária este ano. Isso demonstra que os nossos esforços para tratar os pacientes precocemente estão a dar frutos.”

Nos bairros mais afectados, como Chamane, Salela e Machavenga, as comunidades têm-se mobilizado para combater os criadouros de mosquitos. Mutirões organizados por líderes locais têm ajudado a limpar áreas arborizadas, remover águas estagnadas e sensibilizar os moradores. João, um desses líderes, partilha a sua experiência: “A malária mata. Não podemos ficar de braços cruzados. Estamos a unir forças para proteger as nossas famílias e tornar os bairros mais seguros.”

Mas ainda há um longo caminho a percorrer. Durante a época chuvosa, as poças de água tornam-se um terreno fértil para a reprodução dos mosquitos. “É frustrante ver o nosso esforço ameaçado por problemas que não conseguimos controlar, como a falta de saneamento e o lixo que se acumula em áreas vulneráveis”, lamenta João.

As autoridades de saúde de Inhambane sabem que o combate à malária exige soluções sustentáveis e de longo prazo. Dércio Rafael adianta que estão a ser exploradas novas estratégias, como o uso de larvicidas em áreas críticas e a ampliação das campanhas de educação comunitária. “Queremos que a redução dos casos seja permanente. A malária é evitável, mas isso depende de um compromisso coletivo”, reforça.

Para pessoas como Cartilia, Felizarda e Elisa, a luta contra a malária é diária e pessoal. Enquanto umas celebram as melhorias trazidas pela pulverização, outras enfrentam limitações que as deixam mais vulneráveis.

A redução dos casos é uma vitória importante, mas não elimina as dificuldades enfrentadas por milhares de famílias. A esperança, contudo, permanece viva, alimentada pela determinação de uma cidade que não quer mais perder vidas para esta doença.

O Presidente da República diz que é preciso ensinar a importância de promover a paz a cada um dos moçambicanos, independentemente da religião. Daniel chapo falava, hoje, durante a celebração da festa da quebra do Jejum, o eid ul fitr.

Durante trinta dias os muculmanos estiveram a cumprir um dos rituais mais importantes da religião, para conexão espiritual, o Jejum.  Neste domingo, um mês depois, os muculmanos reuniram-se na festa da quebra do jejum, chamada eid ul fitr, marcando assim o fim do Ramadã.

O evento contou com a participação do Presidente da República, que destacou a importância da promoção da paz a partir dos núcleos familiares.

“Queria aproveitar esta ocasião que estamos a comemorar o Eid Mubarak, para que cada um de nós seja um mensageiro de amor, seja um mensageiro da paz, entre nós irmãos moçambicanos, isto é muito importante, todos os dias, em casa, com os vizinhos, no bairro, no local de trabalho e em qualquer local onde encontramos (…) E ensinarmos as pessoas, que quando você semeia o amor, semeia a paz, também vai colher o amor e a paz”, disse o Chefe de Estado.  

Para Daniel Chapo só o amor é que pode trazer a concórdia entre os irmãos. “Não  vamos semear a violência, não vamos semear o ódio, não vamos semear a mágoa. Por isso, sem me alongar bastante, queria, mais uma vez, pedir aos nossos irmãos muçulumanos do rovuma ao Maputo, para que possamos trabalhar nessa mensagem de busca de paz, concórdia, harmonia, o amor entre irmãos moçambicanos, do Rovuma ao Maputo. E queria também aproveitar esta ocasião, para que a partir daqui desejar a todos os irmãos muçulumanos, do Rovuma ao Maputo, um Eid Mubarak, que seja um dia de festa, depois dos 30 dias de sacrifício e jejum”.  

E sobre o jejum, o Sheikh Aminuddin Muhammad explica que se trata de uma acção muito mais profunda do que deixar de comer ou beber. 

A efeméride é celebrada numa altura em que o fantasma dos raptos continua a assombrar o país. O Sheik pede uma solução urgente.

Por ocasião da data, o ministério do Trabalho decretou tolerância de ponte, nesta segunda-feira, a todos que professam a religião Muçulmana.

O Presidente da República diz que o Governo está a negociar as cláusulas do contrato com a Kenmar para assegurar mais benefícios para as comunidades e acautelar o interesse local. Sobre o fundo de desenvolvimento local, Daniel Chapo não deixou claro se vai ou não iniciar este ano.

A mineradora irlandesa Kenmare tem dois contratos com o Governo de Moçambique, sendo um de exploração de areias pesadas, que vai até 2029, e outro de processamento de areias pesadas, que expirou em 2022, tendo, a kenmare, submetido, no mesmo ano, o pedido de extensão por mais 20 anos, só que até aqui, o Governo ainda não tomou a decisão final.

Daniel Chapo encontrou o dossier e, porque já tinha dito na campanha eleitoral, alguns contratos com os mega projectos deverão ser renegociados e já começou. 

“Há contratos em Moçambique que foram assinados há 20 anos. Vou dar três exemplos: Mozal, Sasol, em Inhambane e da Kenmare, aqui em Nampula, e passados 20 anos precisamos fazer renovação. Mas o que quero deixar claro é que Moçambique já não é o mesmo de há 20 anos, nem somos o mesmo número de pessoas, nem temos os mesmos objectivos, nem temos os mesmos interesses, até hoje. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e mudam também os desafios. Então, em função desta mudança, em qualquer parte do mundo, incluindo Moçambique, quando um contrato precisa ser renovado é preciso discutir as cláusulas de renovação do contrato. É preciso discutir as cláusulas de renovação do contrato entre as partes. É isso que estamos a fazer neste momento, para que não se renove o mesmíssimo contrato”, explicou o Presidente da República. 

Chapo também manifestou preocupação em relação às acções de responsabilidade social nas comunidades de Larde e Moma, bem como no concernente à integração da componente de incorporação do conteúdo local, que vai para além de consumir produtos locais. 

“Nesta defesa do interesse do povo moçambicano vamos levando este tempo, que parece demora, mas não é demora. É o facto de a Kenmare estar a defender os seus interesses, porque é investidor, e o investidor tem que ter o retorno do investimento, mas é do vosso conhecimento também que, a nível de Larde, há desafios de responsabilidade social e corporativa”.    

Sobre o fundo de desenvolvimento local que prometeu reintroduzir em todos os distritos, o Presidente não deixou claro se a iniciativa avança ou não este ano.

“Os recursos que estamos a usar nestes primeiros 100 dias de governação são do orçamento reconduzido, isto é, de 2024. Os fundos que estamos a aprovar, é do conhecimento público, que só esta semana [entenda-se semana passada] é que a Assembleia da República teve a sessão de abertura da sua primeira sessão ordinária e é nesta sessão, que vai ser aprovado o Programa Quinquenal do Governo, o Plano Económico e Social e o seu orçamento. Então, só a partir daí é que vamos começar a operacionalizar este fundo a que fez referência e vários outros fundos que aprovamos”. 

O pagamento do valor acumulado de horas extras na Educação e na Saúde tem gerado reacções diversas, porque não são todos que têm direito que estão a receber este momento. Chapo reconhece a situação e esclarece:

“Suponha que é um professor e lhe estamos a dever 20 mil meticais de horas extras. O que estamos a fazer neste momento é: dos recursos que temos, vamos começar por pagar três mil, cinco mil meticais. A outra parte vai ter o remanescente quando tivermos o orçamento de 2025 vamos continuar a pagar”, esclareceu e acrescentou que o outro problema que o Executivo está a enfrentar é a lentidão do sistema de pagamentos no Estado, o que faz demorar a efectivação parcial dos pagamentos.

O Presidente da República falava na noite de sábado no fim da visita de trabalho de três dias à província de Nampula.

Já arrancaram as obras de reabilitação da estrada que liga a EN1 à Cidade de Vilankulo em Inhambane. Os automobilistas mostram-se preocupados com a qualidade da obra, uma vez que está a ser feito o tapamento de buracos, numa estrada bastante esburacada e questionam a qualidade da mesma.

O avançado estado de degradação da via acelera o desgaste da suspensão dos veículos. Quem mais sofre são os transportadoras de passageiros que fazem a via todos os dias.

A delegada da Administração Nacional de Estradas em Inhambane diz que a obra terá dois tipos de intervenções, de acordo com a gravidade da degradação.

O Governador de Inhambane foi ver de perto o que está a acontecer no terreno e ouvir as preocupações dos automobilistas. Francisco Pagula diz que a morosidade na execução das obras está directamente ligada às manifestações violentas que o país viveu.

Questionado sobre a qualidade das obras, Pagula diz que teve uma conversa sobre o assunto com o empreiteiro.

Recorde-se que a reabilitação da EN240 vai custar mais de 200 milhões de meticais e as obras deverão terminar em Setembro deste ano.

Graça Machel diz que as mulheres devem ser protagonistas da paz e solidariedade face ao momento crítico que o país atravessa. A presidente da Fundação Para o Desenvolvimento da Comunidade falava, hoje, durante a graduação de jovens beneficiários da capacitação em moda e diversas áreas de empreendedorismo.      

Num evento que tinha como objectivo graduar um grupo de jovens mulheres beneficiárias de formação em moda e outras áreas, a presidente da Fundação Para o Desenvolvimento da Comunidade, Graça Machel, aproveitou a ocasião para deixar uma mensagem para as mulheres, um pretexto para a celebração do dia da mulher. Graça Machel apela também para uma maior união entre as mulheres.

A secretária de Estado das Artes e Cultura, Matilde Muocha, elogiou a iniciativa e destacou a importância  de valorizar o mundo da moda. 

Ao todo, são 16 jovens mulheres, do bairro Maxaquene, graduados em matérias de moda e empreendedorismo. 

João Figueiredo já não é Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco. O banqueiro deixa o cargo a seu pedido, após uma carreira de 45 anos no sector bancário. 

Para ocupar o cargo vago na entidade bancária, será indicado em breve um novo PCA. Oficialmente, o banqueiro irá cessar as suas funções na Assembleia Geral Anual de 29 de Abril próximo. 

Figueiredo foi CEO da instituição entre 2016 e 2021, tendo sido responsável por várias reformas para tornar o banco competitivo no mercado. De acordo com um comunicado de imprensa do banco, João Figueiredo é um firme defensor da sustentabilidade ambiental.

Foram condenados, esta sexta-feira, na Beira, os indivíduos envolvidos em seis raptos nos últimos cinco anos, nas províncias de Sofala e Manica. O resgate para a libertação das vítimas aproxima a 10 milhões de meticais, e, entre as mesmas vítimas, o destaque vai para uma menor de oito anos de idade e uma estudante do curso de Economia, na Universidade Católica de Moçambique.

Uma mega operação para neutralizar os autores de seis raptos, que foram protagonizados entre 2020 e 2024, nas cidades da Beira e do Chimoio, culminou com a detenção de 12 indivíduos indiciados dos referidos crime, assim como de associação criminosa, branqueamento de capitais e posse ilegal de armas de fogo.

O grupo era composto por 17 suspeitos, mas um morreu, vítima de doença, numa cela, em Maputo, onde foi neutralizado. Outros dois foram abatidos pela polícia, durante uma perseguição, e dois são dados como fugitivos.   

Dos 12 detidos, cinco gozavam liberdade condicional.

O julgamento iniciou em Dezembro do ano passado, no Tribunal Judicial da Província de Sofala, onde o colectivo de juízes deu por provado o envolvimento destes indivíduos nos referidos crimes e foram condenados a penas que variam de 3 a 30 anos de prisão.  Manuel Domingos, que foi provado como líder do grupo, foi o único condenado a 30 anos de prisão. O condenado disse apenas que era inocente e não quis entrar em detalhes.

Entre os condenados encontra-se um curandeiro, cuja  residência serviu de cativeiro para pelo menos três das vítimas dos raptos ora referidos. Este foi condenado a 12 anos de prisão. 

Os outros arguidos foram condenados a penas que variam de 3 a 8 anos de prisão.

Nelson Tapeia, um dos condenados a três anos de prisão, foi a peça-chave do processo, pois colaborou com o tribunal, indicando com detalhes onde e como as operações de rapto e resgate ocorreram.

Ainda faltam por julgar, no caso, mais dois processos interligados, razão pela qual mesmo os absolvidos continuarão na cadeia nos próximos dois meses, tempo previsto para o desfecho do caso. 

 

 

A Construção do aterro sanitário da Katembe vai custar cerca de 30 milhões de dólares, equivalente a 1,9 mil milhões de meticais. Entretanto, ainda não há datas para o início das obras. Tudo está dependente da licença ambiental, ainda em processo de aquisição, e do reassentamento das famílias.

O aterro sanitário da Katembe é o local previsto para depositar grandes quantidades de lixo, depois de se encerrar a lixeira de Hulene, na cidade de Maputo. 

Embora o projecto de construção já seja de conhecimento público, a muito tempo, ainda há incertezas sobre o início das obras. 

“Apesar da parte técnica estar a ser desenvolvida em paralelo, é necessário ter esta parte técnica de licença ambiental, antes de começar qualquer construção”, Háfido Abacassamo, projecto de transformação Urbana. 

O aterro sanitário será construído numa extensão de 60 hectares, numa área distante  de zonas residenciais.

Para facilitar o acesso ao local prevê-se a construção de 9 km de estrada. 

“Existe toda uma infra-estrutura para a prevenção da poluição, e vai claramente ter uma vedação a circular todo o perímetro, porque é uma zona restrita, mas também para evitar futuras invasões”, garantiu Abacassamo. 

Esta sexta-feira realizou-se mais uma auscultação pública. Uma das preocupações dos munícipes é com a segurança do local e a garantia de que não irá prejudicar a saúde. 

“Falou-se das águas negras que vão ser filtradas e armazenadas, está claro, e depois as águas serão libertas. Para onde essas águas vão”, questionou um munícipe

O gestor de resíduos sólidos do Projecto de Transformação de Maputo Urbana garante que depois de erguido, o aterro sanitário da Katembe vai levar cerca de 30 anos, até que fique sem espaço.

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