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Incêndio atinge mineradora em Chibuto

Um incêndio de grandes proporções deflagrou, na tarde desta terça-feira, numa das principais unidades de processamento da mineradora Dingsheng Minerals, em Chibuto, na província de

Incêndio atinge mineradora em Chibuto

Um incêndio de grandes proporções deflagrou, na tarde desta terça-feira, numa das principais unidades de processamento da mineradora Dingsheng Minerals, em Chibuto, na província de

O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê a continuação de chuvas locais fortes a muito fortes nas regiões Centro e Norte do país, nos próximos dias.

Segundo o INAM, poderão ocorrer precipitações em regime forte, superiores a 50 milímetros em 24 horas, e muito forte, acima de 75 milímetros no mesmo período, acompanhadas de trovoadas e ventos com rajadas, em vários distritos das províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, incluindo as respetivas capitais provinciais.

A previsão aponta igualmente para a continuação de chuvas localizadas nas províncias de Tete, Zambézia, Manica e Sofala.

Face ao cenário meteorológico, as autoridades apelam à população para a adopção de medidas de precaução e segurança, sobretudo nas zonas propensas a cheias, inundações e descargas atmosféricas.

Pelo menos sete pessoas perderam a vida e mais de 500 famílias foram afectadas pelas chuvas intensas que caíram nos últimos dias nas províncias de Manica e Tete, no centro do país.

Na província de Manica, o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) confirmou que 342 famílias foram afectadas, tendo-se registado sete óbitos, todos provocados por descargas atmosféricas. As chuvas causaram ainda a destruição de cerca de 100 casas, na sua maioria de construção precária, além de 28 escolas, correspondentes a aproximadamente 50 salas de aula parcialmente danificadas.

Já na província de Tete, no distrito de Mutarara, cerca de 200 famílias ficaram desalojadas devido às chuvas fortes. Segundo a administração distrital, os casos mais críticos foram registados nas localidades de Sinjal, Nhamaiabo e Vila Nova da Fronteira, onde várias residências ficaram parcialmente destruídas.

As autoridades locais apelam à população que vive em zonas de risco, sobretudo nas margens dos rios Zambeze, Ngoma e Chire, para que abandone as áreas vulneráveis e se dirija para locais seguros, face à subida dos níveis de água.

Entretanto, o INGD ativou ações de antecipação às cheias, na sequência das previsões de continuação de chuvas fortes acompanhadas de trovoadas e ventos em várias províncias do centro e norte do país. As medidas incluem a ativação dos centros operativos de emergência e a disseminação de avisos à população através de rádios comunitárias e outros meios locais.

A electricidade de Moçambique garante que não vai faltar corrente eléctrica durante as festividades de transição do ano. o presidente do conselho de administração visitou as áreas operativas e apresentou equipamento de reforço para caso de emergências. 

“A visita deu para aferir aquilo que é o nível de prontidão da EDM para responder a demanda de todo o tipo de operações, que normalmente é requerida nesta época, que é um época de muita demanda”, avançou o Joaquim Henrique Ou-chim, Presidente do Conselho de Administração da  EDM. 

Henrique Ou-chim garantiu ainda que houve reforço técnico e de meios para fazer face a época festiva. “Temos também reforço no que respeita ao provisionamento de materiais, porque pode acontecer que haver avarias e termos de substituir parte desse equipamento, sobretudo, verificamos aspectos ligados ao posicionamento das equipas para pronta intervenção”, acrescentou.  

 

A insegurança provocada pelo terrorismo está a condicionar a prática de agricultura no distrito de Macomia. A situação é considerada crítica e poderá comprometer a campanha agrícola de 2025/2026.

Alguns camponeses de Macomia não estão a conseguir cuidar  devidamente das suas machambas devido a suposta circulação constante do grupo armado nas matas do distrito.

“Há muito tempo, nós não dependíamos de apoios,  porque costumávamos  produzir  a nossa própria comida, conseguíamos cortar  paus e bambus para vender ao longo da estrada. Mas, hoje, vivemos dependentes de apoio, porque temos medo de ir às matas e sermos perseguidos”, contou Remígio Charifo, camponês em Macomia. 

Apesar da insegurança em Macomia,  o governo continua a prestar apoio aos camponeses com insumos agrícolas e assistência técnica para evitar que a população continue dependente de donativos.

Os insumos agrícolas que estão a ser distribuídos aos camponeses de Macomia foram doados pelo Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento no âmbito do programa de estabilização e recuperação de Cabo Delgado pós terrorismo.

Segundo estatísticas, na campanha agrícola 2025/2026, os camponeses do distrito de Macomia abriram cerca de 40 hectares onde estão a produzir o milho, arroz, feijão entre outras culturas alimentares e de rendimento.

A imundície e o lixo tomaram de assalto o mercado grossista de Warresta, na cidade de Nampula. Vendedores dizem estar agastados com a situação e exigem soluções urgentes.

Com o arranque da época chuvosa, os vendedores do mercado grossista de Warresta dizem viver momentos difíceis, devido ao fraco saneamento do local. A situação tem obrigado os vendedores e clientes a conviverem com lixo acumulado e águas turvas, mesmo sabendo dos riscos a que estão expostos.

A situação torna-se ainda mais crítica num momento em que o edil de Nampula, Luís Giquira, tem feito várias promessas relacionadas com a limpeza dos mercados. Porém, no terreno, a realidade é diferente, por isso os vendedores de Warresta exigem soluções urgentes.

Entretanto, os responsáveis do mercado reconhecem as deficiências na recolha do lixo e asseguram que estão a trabalhar em coordenação com a empresa municipal EMUSANA, com vista a assegurar uma limpeza.

Refira-se que o mercado grossista de Warresta abastece toda a província de Nampula e parte da província de Cabo Delgado.

O Programa Alimentar Mundial (PAM) assistiu mais de 600 mil pessoas entre Outubro e Novembro últimos em Moçambique, distribuindo 2365 toneladas de alimentos e 2,3 milhões de dólares (perto de 15 milhões de meticais) em apoio monetário.

De acordo com um relatório do Programa Alimentar Mundial (PAM), uma agência das Nações Unidas que zela pela qualidade de alimentação das populações, em Moçambique foram assistidas mais de 600 mil pessoas, o que fez com que se distribuísse alimentos e valores monetários para suprir as necessidades dos moçambicanos.

“O PAM chegou a mais de 600 mil pessoas em Moçambique, distribuindo 2365 toneladas de alimentos e 2,3 milhões de dólares através de transferências monetárias”, lê-se num relatório daquela agência das Nações Unidas (ONU), citado pela Lusa.

De acordo com o PAM, a resposta de emergência ocorre face à crise de deslocação no Norte de Moçambique, causada pela escalada de violência, devido às incursões terroristas, que continua a perturbar vidas e pela recente expansão dos ataques à província vizinha de Nampula, que desencadeou deslocações em massa, agravando o conflito em curso na província de Cabo Delgado, epicentro do conflito armado no país há oito anos.

“Em resposta às novas deslocações em Nampula, o PAM prestou também assistência alimentar de emergência a 10 220 pessoas no âmbito do Programa de Resposta Conjunta com parceiros da ONU. Estão em curso preparativos para apoiar outras populações deslocadas”, refere-se na nota.

O documento avança ainda que, em Cabo Delgado, o ciclo de assistência alimentar de Novembro/Dezembro foi concluído no dia 18, tendo atingido 87 328 agregados familiares, aproximadamente 436 640 beneficiários.

“Nas zonas afectadas por conflitos, como Mocímboa da Praia, as autoridades distritais coordenaram-se com o PAM e parceiros para alinhar a distribuição de sementes e a formação em agricultura de conservação. Em Ancuabe e Macomia, o PAM apoiou a distribuição de sementes, organizou a formação de agricultores e promoveu soluções baseadas na natureza para impulsionar a educação e a resiliência”, é referido.

A ajuda humanitária, segundo aquela agência, também incluiu a “nutrição em situações de emergência”, com o PAM a continuar a apoiar o Governo através do Programa Nacional de Reabilitação Nutricional para combater a malnutrição aguda entre os grupos vulneráveis e mais de 8300 crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas ou em período de amamentação em Cabo Delgado e Nampula receberam assistência.

No mesmo mês, o Governo liderou os esforços para reforçar a segurança alimentar, a resiliência climática e os meios de subsistência, tendo o PAM prestado apoio técnico em várias províncias, incluindo Nampula em que a liderança governamental foi reforçada através da Formação de Formadores em Serviços Climáticos Integrados e Participativos para a Agricultura (PICSA).

No âmbito da protecção, o PAM apoiou a campanha dos 16 Dias de Activismo contra a Violência Baseada no Género (VBG), cujo objectivo foi promover a igualdade de género e, no mesmo período, foram alcançados progressos notáveis no sentido de aumentar a resiliência climática das comunidades e promover a inclusão financeira das mulheres e dos jovens.

“Em Novembro, mais de 14 mil agricultores receberam previsões meteorológicas, 1700 foram formados (…), 300 famílias receberam sementes, 500 agricultores beneficiaram de armazenamento refrigerado e foram entregues 200 ‘kits’ de processamento de alimentos. As mulheres representaram 45% do total de beneficiários”, acrescenta o PAM.

De acordo com comunicado, PAM apoiou também a alimentação escolar nas províncias de Tete, Nampula e Cabo Delgado, atingindo aproximadamente 95 mil alunos, “para melhorar a assiduidade e a permanência na escola” e para manter os alunos nas escolas em zonas afectadas pela seca, o PAM distribuiu com 14 mil toneladas métricas de alimentos para pais e encarregados de educação de crianças inscritas no programa de emergência de alimentação escolar em Caia, província de Sofala, “concluindo a resposta à seca provocada pelo El Niño”.

Segundo aquela agência, actualmente, são necessários cerca de 115 milhões de dólares (7,3 mil milhões de meticais) em financiamento líquido para a assistência humanitária até 26 de Maio de 2026.

Alunos e encarregados de educação entram e saem de estabelecimentos de ensino da Cidade de Maputo, para consultar os resultados da nona, décima e décima segundas classes. Enquanto os da décima e a décima segunda saem entre lamentações e alegria, com os resultados já publicados, os alunos da nona classe continuam em suspense. É que, após a realização dos exames remarcados para os dias 8 e 9 de Dezembro, devido ao anulamento por fraude de violação dos envelopes, na província da Zambézia, as escolas ainda não têm resultados.

“O processo da nona classe ainda está a decorrer”, disse ÉLio Mudender, director dos Serviços Sociais da Cidade de Maputo numa entrevista ao jornal O País. A fonte justifica que os constrangimentos registados na Zambézia, com impacto por todo o país, estão por trás da demora. “Neste momento, os técnicos técnicos estão a monitorar o processo e a recolher os dados”, afiançou.

Na capital do país, foram submetidos ao exame da nona classe 18 049 alunos, e os Serviços Sociais da Cidade de Maputo falam de um resultado negativo de 65%. “É uma experiência nova, todos estamos a aprender com isso, e quero acreditar que nos próximos anos teremos um cenário melhor, aprendido em 2025, para melhorar a qualidade do nosso ensino”, assumiu Mudendere.

Esta é a primeira vez que a nona classe realiza exame, no âmbito da revisão do programa curricular iniciado em 2018.

Os profissionais de saúde nacionais ameaçaram realizar uma greve que consideram “mais perigosa” do sector caso não seja assegurado o pagamento do 13º salário aos funcionários públicos, no prazo de 15 dias. Os profissionais, que falavam nesta segunda-feira, em conferência de imprensa, disseram que o pagamento deve ser integral e atempado.

É mais uma ameaça dos profissionais de saúde de Moçambique contra o Governo, depois de muitas outras, algumas concretizadas e outras não, relativas às suas exigências como funcionários públicos.

Desta vez, a Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) ameaça entrar em greve, caso o Governo não pague o 13º salário aos funcionários públicos num prazo de 15 dias, ou seja, até meados do próximo mês de Janeiro.

“O Governo, se não pagar o 13.º salário na íntegra aos profissionais de saúde, as unidades sanitárias todas serão fechadas aqui, em Moçambique”, disse em conferência de imprensa o presidente da APSUSM.

Anselmo Muchave explicou que o 13.º salário é um direito legal, consagrado no ordenamento jurídico laboral do país, “não sendo negociável, nem um favor” concedido pelo Governo aos funcionários públicos.

“Nesta senda, o não pagamento do 13.º salário terá consequências graves e imediatas na vida do profissional de saúde e, por consequência, no funcionamento das unidades sanitárias em todo o território nacional”, disse Muchave.

Para este dirigente, as consequências poderão afectar os doentes, uma vez que “os hospitais, centros de saúde e demais serviços de atendimento estarão inevitavelmente em situação de caos operacional, colocando em risco a continuidade e a qualidade dos cuidados prestados à população”.

Segundo o presidente da APSUSM, durante o ano, a falta de insumos medicamentosos e de alimentação nas unidades sanitárias levou a mortes “mais graves que os massacres que estão a acontecer em Cabo Delgado”, província afectada por ataques de extremistas no Norte de Moçambique, desde 2017.

“O Governo não mostrou certeza, acções concretas, a não ser falácias durante todo o ano. Tivemos unidades sanitárias que até agora têm dificuldades graves, mas o Governo, a direcção do Ministério da Saúde, não saiu a falar daquilo que está a acontecer na jornada sanitária. O nosso povo está a morrer”, afirmou Anselmo Muchave.

A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique, que abrange cerca de 65 mil profissionais de saúde de diferentes departamentos, deu 15 dias para que o Governo responda à exigência, porque, segundo Muchave, passado o prazo, a classe não se vai “sentar” para negociar o pagamento, já que “o 13.º não se negocia”.

Recorde-se que em Agosto passado os profissionais de saúde moçambicanos alertaram para “deficiências alarmantes” no fornecimento de medicamentos nas unidades sanitárias e pediram a nomeação de uma nova equipa para dialogar no âmbito das conversações com o Governo para acabar com paralisações.

O Presidente da República, Daniel Chapo promulgou e mandou publicar um conjunto de Leis  que integram o pacote de reformas fiscais. São elas: Lei que altera a pauta aduaneira e as respectivas instruções  preliminares; lei que altera o código do imposto sobre consumo específicos  (ICE); lei de alteração do imposto simplificado para pequenos  contribuintes;  lei que altera o código do imposto sobre o valor acrescentado  (IVA);  lei que altera o Código do imposto sobre o rendimento das  pessoas singulares (IRPS); e lei que altera o código do imposto sobre o rendimento das  pessoas colectivas (IRPC). 

Segundo o comunicado da Presidência da República, a promulgação das alterações ao pacote fiscal encerra o processo  de produção legislativa, materializando parte do compromisso  assumido no discurso inaugural de Daniel Chapo aquando da  sua investidura.

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