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O Governo já disponibilizou cerca de duzentos milhões de Meticais para ajudar na recuperação de empresas afectadas pelos ciclones Chido e Jude, incluindo os empresários que registaram prejuízos durante as manifestações pós-eleitorais que deixaram a província economicamente débil.

Os acordos de funcionamento de empresas de Cabo Delgado que sofreram prejuízos resultantes de calamidades naturais e manifestações pós-eleitorais foram entregues pela Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte, ADIN, a instituição responsável pela coordenação do programa de recuperação empresarial ao nível da província.

De acordo com Nocif Magaia, representante da ADIN em Cabo Delgado, os financiamentos não irão chegar para todos de uma só vez e explica: “à medida que forem sendo lançadas mais linhas, mais oportunidades surgirão e mais empresas poderão beneficiar-se das subvenções compartilhadas, bem como de outros financiamentos disponibilizados pelo governo”, disse.

O Governo  promete mobilizar mais apoios para recuperação económica de Cabo Delgado, mas pede aos empresários tempo e paciência. “Esta é a segunda edição do Fundo de Recuperação Empresarial, dentro do Fundo Catalítico. Colocámos à disposição do nosso sector privado cerca de 200 milhões de Meticais para 34 micro, pequenas e médias empresas”, anotou Valige Tauabo, Governador de Cabo Delgado.

O dirigente provincial destacou ainda que se estima que até 2026-2027 sejam financiadas mais empresas com estes fundos “e o pacote global de financiamento deverá atingir cerca de 600 milhões de Meticais”.

A quinta edição do Fundo Catalítico para Inovação e Demonstração, também conhecido por Fundo de Recuperação Empresarial, foi lançado pelo Presidente da República em Março deste ano, e segundo previsões, o programa deverá terminar em 2027.

O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê a continuação da ocorrência de chuvas moderadas a fortes, acompanhadas de trovoadas e ventos com rajadas, em vários distritos das províncias de Niassa, Nampula, Zambézia, Tete, Manica e Sofala.

Segundo o INAM, está prevista a queda de chuvas moderadas, que podem atingir até 30 milímetros em 24 horas, e localmente fortes, ultrapassando os 50 milímetros no mesmo período, associadas a trovoadas e ventos fortes, o que poderá aumentar o risco de inundações, cheias repentinas e danos em infraestruturas frágeis.

Na província de Niassa, o alerta abrange os distritos de Mecula, Marrupa e Nipepe. Em Nampula, a previsão inclui Malema, Lalaua e Ribaué. Já na Zambézia, os distritos afetados são Nicoadala, Inhassunge, Mopeia, Namacurra, Gurué, Namarrói, Ile, Maganja da Costa, Mocubela, Pebane, Maquival, Luabo, Chinde e a cidade de Quelimane.

Em Tete, a previsão incide sobre os distritos de Doa, Changara, Cahora Bassa, Angónia, Marávia, Zumbo e a cidade de Tete. Na província de Manica, estão abrangidos Sussundenga, Manica, Macossa, Tambara, Guro, Barué, Gondola e Vanduzi. Em Sofala, o alerta aplica-se aos distritos de Chemba, Caia, Muanza, Cheringoma e Marromeu.

Face a este cenário, o INAM recomenda a tomada de medidas de precaução e segurança.

A Associação de Pequenos Importadores Informais garante que há stock de produtos suficientes para abastecer os mercados durante a quadra festiva. Entretanto,  avisa que pode haver subida de preços se continuar a chover no país e na África do Sul. 

A quadra festiva do natal e fim de ano aproximam-se e com ela aumenta a procura por produtos alimentares de primeira necessidade,  cujos preços da venda a retalho, ainda mantêm-se estáveis,  em alguns mercados.  

Entretanto,  no mercado central de Maputo, os preços da cebola e batata aumentaram. 

Apesar das oscilações dos preços,  entre os diferentes mercados, a Associação dos Pequenos Importadores, Mukhero, garante que há produtos suficientes para responder às necessidades da quadra festiva.  

Produtos como alho e pepino continuam com preços estáveis. Entretanto, a Associação dos Pequenos Importadores alerta que pode haver aumento dos preços,  se continuar a chover. 

Sudekar Novela da Associação dos Mukheristas apela ainda aos revendedores de produtos para que evitem a especulação de preços, nesta quadra festiva.

Moçambique continua a investir pouco na sua própria defesa, apesar de ser um país rico em recursos naturais e cada vez mais exposto a ameaças internas e externas. O alerta foi lançado de forma directa pelo antigo vice-chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Bertolino Capetini, durante o debate sobre defesa e segurança no âmbito do Diálogo Nacional e Inclusivo. Com base na sua experiência no desenho de estratégias militares do país, o general na reserva traçou um retrato crítico do sector, apontando fragilidades estruturais, decisões estratégicas inconsistentes e uma resposta considerada insuficiente ao terrorismo em Cabo Delgado, num contexto em que a segurança, a economia e a soberania nacional continuam profundamente interligadas.

Foi no espaço do Diálogo Nacional Inclusivo, dedicado às questões de defesa e segurança, que o general na reserva Bertolino Capetini, antigo vice-chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, voltou a falar de forma frontal sobre o terrorismo em Cabo Delgado e sobre aquilo que considera serem fragilidades estruturais profundas do Estado moçambicano em matéria de defesa nacional. Antes mesmo de entrar no dossier do norte do país, Capetini centrou a sua intervenção numa crítica directa ao baixo nível de investimento do Orçamento do Estado no sector da defesa, num país que descreve como rico em recursos naturais, mas vulnerável do ponto de vista da segurança. Para o general, a projecção de que, em 2029, a defesa possa representar cerca de um por cento do orçamento é um sinal preocupante, que compromete a capacidade do Estado de proteger o seu território e os seus cidadãos.

Usando metáforas simples, mas contundentes, Capetini comparou o país a uma casa cheia de bens, mas sem vedação, onde qualquer um pode entrar. Para o antigo responsável militar, a defesa e a economia são dois pilares inseparáveis, e a fragilidade de um compromete inevitavelmente o outro. Na sua leitura, não há investidor sério disposto a aplicar recursos num país que não transmite segurança nem previsibilidade. Referiu, nesse contexto, a retirada temporária de grandes projectos energéticos como um exemplo concreto de como a instabilidade afecta decisões estratégicas de investimento e gera custos elevados para o país.

Capetini defendeu que a consequência directa da fraca aposta financeira na defesa nacional é a utilização de meios inadequados pelas Forças de Defesa e Segurança, o que limita a capacidade de resposta do Estado perante ameaças internas e externas. Questionou escolhas feitas no passado recente, sobretudo no domínio naval e terrestre, argumentando que determinados equipamentos adquiridos não respondem às reais necessidades operacionais do país. Para ilustrar, referiu que alguns meios não têm autonomia nem alcance compatíveis com a dimensão da zona económica exclusiva moçambicana, o que fragiliza a vigilância marítima num país com extensa costa e interesses estratégicos no mar.

Com anos de envolvimento directo na definição de estratégias de defesa, o general foi mais longe ao apontar o que considera ser falta de seriedade na tomada de decisões estratégicas ao mais alto nível. Relatou episódios de encontros regionais no âmbito da cooperação em segurança, em que, segundo descreveu, Moçambique apresentou relatórios excessivamente optimistas sobre a situação interna, contrastando com informações mais duras trazidas por países vizinhos. Para Capetini, essa discrepância fragiliza a credibilidade do país e dificulta uma resposta regional eficaz ao fenómeno do terrorismo.

Ao abordar especificamente Cabo Delgado, o general na reserva afirmou que Moçambique tem reagido de forma tardia, fragmentada e excessivamente reativa ao terrorismo. Defendeu a necessidade urgente de uma estratégia clara, coerente e de longo prazo, sustentada por objectivos bem definidos, meios adequados e uma cadeia de comando funcional. Para Capetini, as Forças Armadas são uma ciência, com componentes terrestre, aérea, naval e logística que devem funcionar de forma integrada, e não como um simples ajuntamento de homens enviados para o teatro de operações sem planeamento adequado.

Na sua intervenção, criticou também a ideia recorrente de que a solução passa apenas por concentrar efectivos em Cabo Delgado, sublinhando que uma força militar eficaz depende de comando, logística, inteligência e coordenação entre níveis estratégico, operacional e táctico. Alertou que decisões tomadas sem compreensão profunda do funcionamento das Forças Armadas acabam por gerar desgaste, ineficiência e riscos acrescidos para os próprios militares no terreno.

Capetini chamou igualmente a atenção para uma dimensão que considera negligenciada: a defesa cibernética. Num contexto em que o Estado aposta cada vez mais na digitalização de serviços, incluindo a cobrança de impostos e a gestão administrativa, o general alertou para os riscos de um sistema vulnerável a ataques informáticos. Defendeu que a segurança nacional já não se limita ao território físico e que um eventual colapso digital pode paralisar o funcionamento do Estado e afectar directamente a vida dos cidadãos.

Outro ponto central da sua intervenção foi a forma como Moçambique encara o seu espaço marítimo. Para Capetini, o país tem tratado o mar com negligência, apesar da sua importância estratégica para a soberania, a economia e a segurança nacional. Defendeu a necessidade de uma autoridade marítima funcional, capaz de articular fiscalização, investigação e resposta rápida a infrações no mar. Sublinhou que outros países da região avançaram nesse domínio, enquanto Moçambique continua a debater modelos institucionais sem implementar soluções eficazes.

O general destacou ainda a importância de investir seriamente na inteligência como ferramenta central no combate ao terrorismo. Na sua análise, cortar as linhas de abastecimento, financiamento e logística dos grupos armados é tão ou mais decisivo do que a resposta militar directa. Referiu que as redes terroristas utilizam meios simples, incluindo plataformas digitais e transferências financeiras, e defendeu um reforço da capacidade nacional para monitorar e neutralizar esses fluxos.

Capetini alertou para o risco de subestimar a capacidade de adaptação dos grupos armados e deixou um aviso claro sobre a necessidade de prevenir ataques fora das zonas tradicionalmente afectadas. Na sua leitura, a segurança não pode ser tratada como um problema distante, restrito a uma província, quando as fragilidades estruturais do Estado podem ter impacto em qualquer ponto do território nacional.

Na mesma intervenção, o general na reserva abordou a questão da atribuição de nacionalidade e documentos moçambicanos a cidadãos estrangeiros, classificando a situação como um risco sério para a segurança nacional. Defendeu maior rigor nos processos de identificação e verificação, sublinhando que falhas nesse domínio podem ter consequências de longo prazo para a soberania do Estado e para o funcionamento das próprias instituições de defesa e segurança.

O encontro, realizado no âmbito do Diálogo Nacional Inclusivo, teve como objectivo recolher contributos técnicos e experiências acumuladas para alimentar o debate sobre reformas estruturais no sector da defesa e segurança. As intervenções, como a de Bertolino Capetini, trouxeram para o centro da discussão temas sensíveis, muitas vezes ausentes do debate público, mas considerados fundamentais para a estabilidade do país.

Num contexto marcado por desafios internos e regionais complexos, a mensagem deixada pelo general na reserva foi clara: sem uma aposta consistente, estratégica e sustentada na defesa, Moçambique continuará vulnerável, independentemente da riqueza dos seus recursos naturais. Para Capetini, a segurança não é um custo, mas uma condição básica para o desenvolvimento, a confiança dos investidores e a própria sobrevivência do Estado enquanto entidade soberana.

A Primeira-Dama da República,  Gueta Chapo, realizou, este domingo, uma visita à Cadeia  Feminina de Nicoadala, na província da Zambézia, num gesto de  proximidade humana e solidariedade social dirigido às mulheres  privadas de liberdade.

A visita ocorreu num “período particularmente sensível do ano”,  a  quadra festiva do Natal, tradicionalmente associada à família, à  esperança e ao recomeço.  

Consciente da carga emocional que esta época representa para  quem vive em privação de liberdade, a Primeira-Dama dirigiu palavras  de conforto às internas, reconhecendo que estar longe dos filhos, da  família e do convívio social torna este momento ainda mais difícil. 

Na sua mensagem, Gueta Chapo sublinhou que o Natal deve ser  entendido como um símbolo de renovação e de novas  oportunidades. “O Natal lembra-nos o nascimento de Jesus Cristo e o  recomeço de uma nova oportunidade nas nossas vidas”, afirmou,  apelando à reflexão interior e à reconstrução pessoal como caminhos  possíveis, mesmo em contextos adversos. 

A Esposa do Chefe do Estado foi enfática ao afirmar que nenhuma  mulher deve ser definida exclusivamente pelos erros cometidos no  passado ou pela condição actual de reclusão. “Vocês não são  definidas apenas pelos erros do passado, nem pelo lugar onde estão  hoje. Continuam a ser mulheres com valor, dignidade, força e sonhos”,  declarou, numa mensagem que procurou resgatar a autoestima e a  esperança das reclusas. 

Ao longo da sua intervenção, a Primeira-Dama destacou o auto perdão como um passo essencial no processo de mudança e  reconstrução da vida. “Perdoar a si mesma é um passo importante  para reconstruir a vida. Não é esquecer o que aconteceu, mas decidir  não carregar o peso para sempre”, afirmou, incentivando as internas a  acreditarem num futuro diferente e possível.

Gueta Chapo assegurou ainda que as mulheres privadas de liberdade  não estão esquecidas pela sociedade nem pelas instituições do  Estado. “Há pessoas lá fora que acreditam que cada ser humano  pode mudar, aprender e recomeçar. E nós acreditamos em vocês”,  frisou, reiterando a importância da fé, da união e da força interior  como instrumentos de superação. 

A visita foi igualmente marcada pelo reconhecimento do trabalho  desenvolvido pelas guardas prisionais, técnicas e demais profissionais  da Cadeia Feminina de Nicoadala. A Primeira-Dama enalteceu o  empenho diário destes profissionais na criação de um ambiente mais  humano, justo e respeitador da dignidade das mulheres em reclusão.  “O vosso esforço é valioso e merece reconhecimento”, afirmou,  sublinhando o papel fundamental destes quadros no processo de  reabilitação social.

Entre sorrisos cúmplices, abraços demorados e memórias partilhadas, colaboradores do Grupo SOICO reuniram-se numa confraternização que foi muito mais do que um simples momento social. Foi um encontro de histórias cruzadas, de percursos construídos com sacrifício e de uma identidade coletiva moldada ao longo de anos de desafios, reinvenção e aprendizagem constante. Num ambiente descontraído, longe da pressão diária das redações e dos prazos apertados, celebrou-se o que sustenta o grupo desde a sua fundação: as pessoas.

O encontro acontece num ano simbólico para a empresa. O Grupo SOICO assinala 25 anos de existência, enquanto a STV completa 23 anos de emissão, consolidando-se como uma das principais referências da comunicação social moçambicana. Ao longo deste percurso, marcado por transformações profundas no sector dos media, a empresa enfrentou ciclos de crescimento, crises, inovação tecnológica e mudanças estruturais que exigiram resiliência e capacidade de adaptação.

Intervindo no encontro, o Presidente do Conselho de Administração do Grupo SOICO, Daniel David, descreveu a empresa como uma verdadeira escola de vida, não apenas profissional, mas também pessoal. Para o gestor, cada etapa do percurso do grupo representou um processo contínuo de aprendizagem, muitas vezes duro, mas essencial para o amadurecimento institucional e humano de quem faz parte da organização.

Daniel David reconheceu que o ano foi particularmente exigente, sublinhando que os últimos tempos trouxeram desafios que obrigaram a repensar modelos, processos e formas de fazer televisão. Num discurso marcado por franqueza, comparou o momento atual a um recomeço, uma espécie de renascimento, em que é preciso reconstruir com humildade, visão e coragem. Para ele, a longevidade do Grupo SOICO não se explica apenas por decisões estratégicas, mas sobretudo pela capacidade dos seus colaboradores de aprender, errar, corrigir e seguir em frente.

Ao falar do futuro, o PCA destacou a aposta em novos formatos e plataformas digitais, defendendo que o Grupo SOICO está a preparar-se para um novo ciclo da comunicação social. Segundo Daniel David, a lógica tradicional de televisão está a mudar rapidamente e o grupo procura posicionar-se nesse novo ecossistema, onde cada profissional também passa a ser produtor de conteúdos, voz ativa e ponto de contacto direto com o público. Uma visão que, segundo explicou, pretende colocar a empresa na linha da frente da transformação digital no país.

Mas se o discurso da liderança apontou caminhos estratégicos, o ambiente da confraternização revelou a dimensão humana da empresa. Jornalistas, produtores, técnicos, realizadores e outros profissionais partilharam momentos de descontração, reforçando laços que se constroem no dia a dia das redações, muitas vezes sob pressão intensa. Ficou evidente que por detrás das câmaras, dos microfones e das notícias que chegam diariamente aos moçambicanos, existe uma equipa que partilha sonhos, frustrações, conquistas e uma vontade comum de fazer melhor.

Para muitos colaboradores, o encontro simbolizou um reencontro de família. Um espaço para refletir sobre o percurso feito, mas também sobre aquilo que o Grupo SOICO representa nas suas vidas. Alguns destacaram o papel da empresa na sua formação profissional, outros sublinharam o impacto na sua formação pessoal, num contexto em que a exigência diária do jornalismo ensina disciplina, ética, responsabilidade e resistência emocional.

O momento serviu igualmente para renovar energias e reforçar o compromisso com o futuro. Num sector em permanente mutação, os colaboradores reconhecem que o caminho não é fácil, mas acreditam que a força do grupo reside precisamente na sua capacidade de se reinventar sem perder identidade. A confraternização funcionou, assim, como um ponto de equilíbrio entre o passado que se honra e o futuro que se constrói.

Um dos momentos mais simbólicos do encontro foi a homenagem aos colaboradores que dedicaram grande parte da sua vida profissional ao crescimento do Grupo SOICO e que agora se despedem da vida ativa para um merecido descanso. Foram lembrados como pilares da história da empresa, pessoas que estiveram presentes nos primeiros passos, atravessaram períodos difíceis e ajudaram a consolidar a marca que hoje é reconhecida a nível nacional. O legado deixado por estes profissionais foi apontado como exemplo de compromisso, entrega e sentido de missão.

Num tom mais leve, a confraternização abriu ainda espaço para inverter papéis. Quem habitualmente faz perguntas passou, por instantes, para o outro lado da câmara, assumindo o lugar de entrevistado. Um gesto simbólico, mas revelador do espírito de proximidade e informalidade que marcou o encontro, reforçando a ideia de que a comunicação no grupo também se faz de dentro para fora.

A celebração não foi apenas sobre números ou datas comemorativas. Foi, sobretudo, sobre pessoas. Sobre a consciência de que o Grupo SOICO é feito de profissionais que enfrentam diariamente desafios complexos, que erram, acertam, aprendem e seguem juntos. Numa altura em que o sector da comunicação enfrenta profundas transformações, a empresa reafirma-se como um espaço onde o compromisso coletivo continua a ser a base para enfrentar o futuro.

Mais do que fechar um ano, a confraternização serviu para reafirmar uma identidade: a de um grupo que se constrói todos os dias, com trabalho, entrega e sentido de pertença. Uma escola de vida que continua aberta, exigente e em constante aprendizagem.

A província de Inhambane está sob alerta devido à previsão de ocorrência simultânea de chuvas intensas e ciclones tropicais ao longo da presente época chuvosa. Os fenómenos climáticos poderão afectar mais de 170 mil pessoas, com maior impacto nos distritos ribeirinhos e nas zonas do litoral, consideradas historicamente mais vulneráveis.

Este exercício integra o plano de preparação e resposta das comunidades e dos comités locais de gestão de risco de desastres, numa altura em que as autoridades reforçam a capacidade de prevenção face aos eventos extremos previstos para esta época chuvosa.

Os fenómenos climáticos em previsão poderão afectar mais de 170 mil pessoas em diferentes pontos da província e as autoridades garantem que já está assegurada mais de metade dos meios necessários para prestar assistência humanitária às possíveis vítimas.

Recorde-se que, durante a época chuvosa, Inhambane enfrenta desafios recorrentes. Nas principais cidades e vilas, as chuvas intensas provocam inundações urbanas, enquanto na bacia do rio Save, no distrito de Govuro, as cheias frequentes continuam a ameaçar comunidades inteiras, reforçando a necessidade de preparação e resposta antecipada.

O Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e a Embaixada da Irlanda em Moçambique assinaram, em Maputo, um acordo no valor de seis milhões de euros para o reforço dos direitos e saúde sexual e reprodutiva e planeamento familiar nas províncias de Niassa, Nampula, Sofala e Inhambane.

Com o acordo será implementado o projecto Acesso e Escolha – Planeamento Familiar para a Saúde, Direitos e Desenvolvimento, reforçando o acesso a serviços essenciais de saúde sexual e reprodutiva para mulheres, adolescentes e jovens em todo o país.

A contribuição é parte do  apoio global da Irlanda para a Parceria Global da UNFPA, destinada a provisão de produtos para planeamento familiar em países com maiores necessidades.

Moçambique tem registado progressos notáveis na expansão do acesso aos serviços de planeamento familiar nos últimos anos. A utilização de métodos contraceptivos modernos aumentou de 11%, em 2011, para 25%, em 2022/23, contribuindo para uma redução significativa da mortalidade materna (de 408 para 233 por 100.000 nascimentos vivos) e da mortalidade infantil (de 101 para 39 por 1.000 nascimentos vivos). Estes ganhos são resultado do forte compromisso do Ministério da Saúde e seus parceiros.

Com o actual contexto desafiador ao investimento no sector da saúde com recursos  financeiros domésticos  e externos,  o projecto “Acesso e Escolha” pretende contribuir para responder de forma directa  aos  desafios específicos  relacionados  aos Direitos de Saúde Sexual e Reprodutiva com enfoque na disponibilização de pelo menos cinco métodos modernos de Planeamento Familiar e sua distribuição nas Unidades Sanitárias e Comunidades.

A implementação do referido projecto,  em coordenação com o Ministério da Saúde, a Central de Medicamentos e Artigos Médicos, os Serviços e Direcções Provinciais e Distritais de Saúde pretende  levar a cabo acções de aquisição de contraceptivos, cobrindo 34% das necessidades nacionais de 2026.

Haverá, igualmente, apoio à distribuição de contraceptivos e outros medicamentos até os lugares mais longínquos, garantindo que estes cheguem às unidades sanitárias e comunidades das quatro províncias alvo e reforço dos sistemas nacionais de informação logística, por meio de formação, melhoria da qualidade dos dados e uso de ferramentas digitais para monitoria da cadeia de abastecimento em tempo real.

O objectivo principal é de garantir que as mulheres, os homens, os casais, os adolescentes e os jovens tenham acesso à informação e aos métodos de planeamento familiar (injectáveis, pílulas, implantes, dispositivos intra-uterinos e preservativos) de que precisam para escolher e tomar decisões informadas sobre o seu futuro.

No âmbito da quadra festiva que se avizinha, o Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas apela aos banhistas que façam gestão dos resíduos sólidos e mantenham as praias limpas. A instituição reitera que os transgressores podem incorrer a multas ou proibição de utilização de praias. 

Todos os anos, garrafas partidas, sacos plásticos, restos de comida, entre outros resíduos sólidos são encontrados nas praias, quando chega a quadra festiva. 

O cenário de imundície é característico dos locais depois da afluência em massa de banhistas.   

Trata-se de um verdadeiro atentado contra o meio ambiente e a saúde. 

“São reportados vários casos de incidentes que têm estado a acontecer por causa de garrafas partidas ao longo das praias. Estamos a falar de resíduos de latas plásticos, principalmente ao longo da praia, que para além de sujar as nossas praias, elas também têm estado a causar a própria poluição do meio. O apelo que se faz para este período, que é de maior pressão, é que possamos usar os nossos resíduos e tenhamos a capacidade de recolhê-los no fim do uso, pois sabemos que no dia seguinte nós voltaremos às praias e iremos encontrar a praia suja se nós não contribuirmos para que ela esteja limpa”, explicou Francisco Sambo, da direcção Nacional do Ambiente e Mudanças Climáticas.

Para garantir que desta vez, seja diferente,  há uma equipa de sensibilização já criada, que se vai fazer ao terreno, a partir deste sábado. 

“O trabalho vai de 20 de Dezembro deste ano, portanto, a 5 de janeiro de 2026. Dizer que estão envolvidos 314 elementos neste trabalho e contamos de envolver um total de 100 praias a nível nacional. A questão que tem a ver com a circulação de viaturas no espaço balnear é proibido.”

Além da gestão dos resíduos sólidos, há outras medidas que devem ser observadas. 

“A questão que tem a ver com o uso de bebidas alcoólicas também é proibida, a confecção de alimentos na zona balnear também é proibida”. 

Há também equipas de busca e salvamento, para casos de afogamentos. 

“Já temos destacado e reforçado um número considerável de fiscais para fazerem a fiscalização e o patrulhamento. Temos também meios, não só para fazer a monitoria ou a fiscalização, mas também para estar em prontidão nas operações de busca e salvamento. Estamos a falar de barcos, temos também em algumas áreas, como é o caso do Parque Nacional de Maputo, disponibilizaremos algumas horas de voo de helicóptero para poder também auxiliar em casos extremos.”

O Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas alerta que a violação das medidas que devem ser observadas, durante o uso das praias, podem levar ao pagamento de multas  e outras sanções. 

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