O País – A verdade como notícia

Está condicionada a mobilidade de pessoas e bens em pelo menos alguns bairros fora da zona cimento na cidade de Tete, devido à degradação acentuada das vias. Os utentes clamam pela manutenção.

A falta de manutenção rotineira de algumas vias nos bairros fora da zona cimento, está a acentuar a sua degradação na cidade de Tete. O cenário é mais notável nos bairros Chimadzi, Samora Machel, Chingodzi e Mateus Sansao Muthemba. 

No interior do bairro Chimadzi, por exemplo, as ruas estão cheias de covas, cenário agravado pela falta de iluminação pública, o que torna ainda a situação mais complicada para quem tem de conduzir por aquele bairro.

A situação é igualmente dramática no interior dos bairros Chingodzi e Samora Machel. Os munícipes dizem que no tempo chuvoso há dificuldades de circulação porque é muito complicado identificar onde tem ou não buracos e explicam que muitas vezes são obrigados a fazer  manobras  impressionantes  para contornar as “feridas” das vias .

Para além do mau estado, algumas vias deixaram de ser usadas por causa da erosão dos solos e  estão igualmente a ser bloqueadas por alguns moradores que não hesitam em  deitar o lixo no chão. Sem gravar entrevista, os moradores alegam falta de contentores e acusam o município de estar apenas a focar-se nas vias principais.

 

Parte dos professores demitidos no distrito de Vilankulo, em Inhambane, recorreu ao Tribunal Administrativo para tentar anular a decisão do governo local. Alegam irregularidades na instauração do processo disciplinar, que, segundo afirmam, jogam a seu favor e podem levar à reversão da medida.

Depois de serem notificados em Julho passado, pelas autoridades distritais sobre a sua demissão, parte dos professores afastados do Estado em Vilankulo por alegadamente serem na Renamo, decidiu recorrer ao Tribunal Administrativo de Inhambane. Alegam irregularidades no processo que, segundo defendem, podem conduzir à anulação das decisões.

No recurso, os professores contestam ainda os fundamentos da decisão, argumentando que não se pode imputar faltas a quem nunca chegou a assumir funções.

De acordo com documentos a que tivemos acesso, o processo disciplinar contra os professores foi instaurado a 13 de Janeiro de 2025 e encerrado 122 dias depois, a 15 de Maio do mesmo ano.

 

Pelo menos 29 pessoas morreram e outras 208 mil foram afectadas, em Julho, pelos ataques terroristas na província de Cabo Delgado.  Os dados constam do relatório das Nações Unidas, sobre a situação mensal do extremismo naquela província.

No mês passado, a situação de segurança em Cabo Delgado permaneceu altamente volátil, conclui o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários que faz a analise mensal do terrorismo na província.

Segundo o relatório, em Julho, os ataques terroristas que  tiveram maior incidência nos distritos de  Chiúre, Macomia, Ancuabe e Muidumbe, resultaram na morte de pelo menos 29 pessoas.

O documento aponta que houve também 69 sequestros, com pedidos de resgate entre 10.000 a 300 mil Meticais.

“O número de incidentes registados aumentou de 72 em Junho para 82 em Julho. Uma mudança significativa, também, foi observada na distribuição geográfica da violência, que se expandiu para o sul, para Ancuabe, Chiúre (Cabo Delgado) e Eráti (Nampula)”, adianta a fonte.

Com a situação, estima-se que 208.122 civis tenham sido afectados e  56.215 pessoas tenham-se deslocado e instalado em dois novos acampamentos em Macomia-Sede, somando-se agora, seis, os acampamentos para deslocados internos, naquele ponto.

A agência da ONU avança ainda que os conflitos entre os Grupos Nacionais de Apoio e as Forças de Defesa e Segurança, incluindo a força local, intensificaram-se em Chiúre, no litoral de Macomia e em Muidumbe.

“No dia 29 de Julho, antes de deixar a aldeia de Pangane (Mucojo), os grupos armados colocaram bandeiras do Estado Islâmico nas entradas da aldeia. No dia 12 de Julho, atacaram e saquearam uma ‘minivan’ de passageiros e um camião de carga perto de Xitaxi (Muidumbe). Pelo menos nove incidentes semelhantes foram relatados durante o mês.”

Em resposta às “crescentes ameaças”, a polícia retomou as escoltas armadas entre a sede de Macomia e a localidade de Oasse, em Mocímboa da Praia, para garantir o acesso humanitário, contudo, “atrasos administrativos” continuam a dificultar as operações humanitárias, acrescentou o Escritório das Nações Unidas.

Subiu para seis o número de vítimas mortais em consequência de ataques por animais bravios no distrito de Tambara, em Manica. O governo local diz que está a sensibilizar a população a não explorar a água do Rio Zambeze onde as vítimas foram atacadas. 

O problema de ataques por animais no distrito de Tambara é cíclico. O director do Serviço Distrital de Actividades Económicas, revelou que as vítimas são muitas vezes atacadas durante actividades pesqueiras.

A Associação Nacional para o Desenvolvimento Auto-Sustentado entende que para evitar recorrer constantemente ao Rio Zambeze e incorrer riscos, a população deve conservar o seu pescado e produtos hortícolas, por isso ofereceu equipamentos para secagem e conservação dos produtos, incluindo geleiras.

O programa está a ser implementado nos distritos de Macossa, Tambara, Guro e Barue, priorizando as zonas com potencial para hortas, como forma de mitigar os efeitos da seca até ao próximo ano.

 

Pelo menos 95% dos transportadores interprovinciais de passageiros não têm carta de condução de serviços públicos, que os habilita a exercer a actividade. A informação é avançada pela Polícia de Trânsito, que esteve, esta sexta-feira, numa operação conjunta de fiscalização com o INATRO.

A Polícia de Trânsito e o Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO) estiveram no terminal interprovincial da Junta, na Cidade de Maputo, e no Posto de Fiscalização de Nhongonhane, província de Maputo, para fiscalizar o transporte de passageiros.

Foi nesta ocasião que as autoridades constataram no terreno que a maioria dos condutores não têm habilitações para transportar passageiros.

Cassamo Ali, Chefe do Departamento da Polícia de Trânsito no Comando Geral da Polícia Da República de Moçambique, disse “fizemos algum trabalho, algumas actividades de fiscalização fomos constatar que dos que estão aqui a exerce a actividade de transporte de passageiros não tem carta compactível”.

A mensagem secundada pelo Presidente do Conselho de Administração do INATRO, Nelson Nunes, nos seguintes termos “nestas acções, pudemos constatar que, de facto, a nossa teoria inicial de que há deficiência de fiscalização nos postos, pudemos provar, portanto, que todas viaturas que mandamos interpelar parar para fiscalizar, nenhuma delas estava em condições para exercer actividade de transporte de passageiros”. O responsável apontou irregularidades como a falta de cartas compatíveis com a função, ausência de licença para o exercício da actividade, ausência de lista nominal de passageiros, seguros e inspecção.

O responsável chama atenção às estruturas municipais para levarem a sério o processo de emissão de licenças, após ter recebido reclamações de algumas associações de transportadores no tocante à obtenção de licenças nestas  estruturas. “É que enquanto os associados apostam naquilo que é o uso das terminais,  a estrutura local, portanto, falando concretamente dos municípios não acompanham este tipo de actividades, dificultando aquilo que é o controlo das terminais paralelas”. 

Diante das irregularidades, a Polícia e Trânsito e o INATRO sensibilizaram os condutores a regularizar as suas cartas de condução e as licenças para o transporte de passageiros. As autoridades apelaram também aos passageiros a fiscalizar a lotação das viaturas.

O trabalho feito esta sexta-feira pelas autoridades rodoviárias, acontece quatro dias depois do acidente fatal que matou 35 pessoas nas províncias de Maputo e Gaza.

Um grupo de estudantes da “Turma 2 DNA Empreendedor 4.0”, iniciativa do Projecto Makagui, visitou, este sábado, as instalações do Grupo Soico e interagiu com o respectivo mentor, Daniel David, numa aula focada no modelo mental de um empreendedor. 

A visita às instalações do Grupo Soico marca o fim de um ciclo de três meses, em que este grupo de estudantes da “Turma 2 DNA Empreendedor 4.0”, iniciativa do projecto Makagui, recebeu a mentoria sobre os elementos essenciais do empreendedorismo. 

Numa visita guiada pelo Administrador, Igor Frechaut, percorreram vários compartimentos desde a área técnica, produção de conteúdos e estúdios, onde receberam explicações sobre as dinâmicas do funcionamento da empresa. 

Após a visita às instalações, os estudantes tiveram a oportunidade de ter mais uma aula de mentoria. Durante mais de uma hora e meia, Daniel David, mentor do Makagui, partilhou a sua experiência no mundo do empreendedorismo focada no desejo de fazer mudanças.

Daniel David explicou aos estudantes que o modelo mental é um dos elementos fundamentais para um empreendedor.

A Turma 2 DNA Empreendedorismo foi composta por 100 estudantes de várias províncias do país.

Transportadores da rota Maputo-África do Sul estão preocupados com a falta de passageiros devido ao crescimento da Operação anti-imigrantes denominada Dudula.

Um grupo de cidadãos sul-africanos estão a levar a cabo um movimento contra imigrantes naquele país, designado “Operação Dudula”, impedindo o acesso a serviços básicos como saúde, educação, habitação e até transportes.

Por medo de serem vítimas, muitos moçambicanos agora evitam viajar para a África do Sul, o que está a provocar prejuízos nos transportadores públicos transfronteiriços, que operam entre os dois países.

Refira-se que recentemente o Governo sul africano garantiu que vai proteger os moçambicanos contra a oposição dudula.

“Redes Femininas como Plataformas de Inclusão Económica e de Transformação Social” será o tema da Terceira Conferência Mulheres na Economia, promovida pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), no dia 28 de Agosto.

A iniciativa assume-se como uma plataforma estratégica que reúne empresárias, empreendedoras, líderes comunitárias, académicas, parceiros institucionais e agentes de mudança para um debate de alto nível sobre os caminhos da inclusão económica das mulheres em Moçambique.

O encontro pretende evidenciar o papel das redes femininas – enquanto espaços de identidade colectiva e de pertença – como motores fundamentais para a partilha de experiências, circulação de conhecimento, apoio mútuo e superação de barreiras estruturais.

Será igualmente demonstrado como as redes femininas fortalecem a auto-confiança das mulheres, permitem-lhes acreditar nas suas capacidades, agir com maior segurança e, de forma colectiva, identificar e remover os principais obstáculos à sua plena participação nos espaços públicos, económicos e de decisão.

A conferência, liderada pela activista social e Presidente da FDC, Graça Machel, será também um palco de visibilidade e reconhecimento para mulheres líderes em diferentes áreas – empresárias, empreendedoras, cientistas e profissionais – que estão a transformar comunidades, organizações e sectores produtivos.

Ao longo das suas edições, a Conferência Mulheres na Economia tem-se consolidado como um movimento nacional de debate, influência e reforma em prol da plena inserção da mulher na economia.

Entre os principais impactos já alcançados destacam-se: Colocar a participação económica das mulheres no centro da agenda nacional;
Inspirar o surgimento e a consolidação de movimentos e iniciativas que defendem os direitos económicos das mulheres; Propor soluções concretas e sustentáveis para remover barreiras que ainda limitam a inclusão feminina.

Iniciativa da FDC, a conferência assume-se como uma agenda transformadora para o desenvolvimento económico das mulheres em Moçambique, propondo caminhos inovadores e sustentáveis para a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e igualitária.

O edifício onde funciona o hospital Rural de Chibuto, na província de Gaza, há mais de 100 anos, encontra-se em avançado estado de degradação, impedindo a prestação de um atendimento humanizado a mais de 250 mil pessoas. Os pacientes denunciam ainda falta de medicamentos e outros serviços há mais de um ano. 

Chama-se Juma Abdul de 32 anos de idade, trava uma dura batalha contra insuficiência renal que paralisou a sua vida há cinco anos. E, porque o seu estado de saúde tende a piorar a cada dia, queixa-se de privações diversas…

Juma fala em gastos mensais na ordem 15 mil meticais só em fármacos, viagens e consultas hospitalares em Xai-Xai e Maputo, o que em menos de dois anos esvaziou as poupança, e sem emprego tudo ficou ainda mais complicado. 

Nenhum dos serviços de que necessita para alimentar a esperança de reaver a sua saúde se encontra operacional há quase um ano, no hospital Rural de Chibuto em Gaza. E, a insatisfação sobe.

A degradação da infraestrutura impede a prestação de um atendimento humanizado a mais de 80 mil utentes que residem no na área municipal.

No “vasto rol de problemas” apontados ao edifício, destacam-se a crise de água, imundice nos sanitários, fissuras e infiltrações nas paredes e tecto e morgue a funcionar com deficiências profundas há mais de 20 anos. 

E mais, o atendimento e serviços prestados são descritos como péssimos, com destaque para falta medicamentos diversos.

Maulano Marcos admitiu os riscos que o edifício representa para os pacientes, mas diz estar de mão atadas para o problema, que, aliás, é do conhecimento do Ministério da Saúde.

A administradora de Chibuto já reagiu ao assunto, e diz ser um problema que não pode mais esperar.

Enquanto Governo busca 60 milhões de dólares para construção de um novo hospital, mais 250 mil pessoas estão privadas ter acesso a serviços de saúde condignos, no distrito de Chibuto, em Gaza

 

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