O número de mortos provocado por um aluimento de terras na província de Yunnan, no sudoeste da China, subiu para 20, informou, ontem, a televisão estatal CCTV.
Mais de 1000 soldados e bombeiros foram destacados para as operações de resgate, que prosseguem depois de terem sido retiradas mais de duzentas pessoas da zona.
Embora tenham sido já encontradas 20 pessoas “sem sinais de vida”, no total, 44 pessoas ficaram soterradas.
Fontes oficiais informaram ainda que conseguiram contactar três das pessoas que se julgava estarem desaparecidas, mas que não se encontravam na zona do incidente, especificando ainda que duas pessoas foram tratadas por ferimentos em hospitais e que 918 residentes foram realojados após o acidente.
O incidente ocorreu na última segunda-feira na vila de Zhenxiong, situada no norte da região, e afectou cerca de 18 casas na zona baixa entre duas montanhas.
“Estávamos a dormir nessa altura, era de manhã cedo e ainda estava escuro. De repente, ouviu-se um ruído forte e o chão tremeu. Parecia um grande terramoto”, disse um residente local, citado pelo jornal local Jimu News.
A região registou uma forte queda de neve durante a noite de domingo e, embora a intensidade seja menor, a precipitação ainda não diminuiu, com temperaturas a rondar os zero graus Celsius.
De acordo com uma investigação preliminar citada pela Xinhua, a massa de terra que desabou tinha cerca de 100 metros de largura, 60 metros de altura e uma espessura média de seis metros.
O estado das estradas que conduzem à zona afectada, congeladas ao amanhecer, está a dificultar os esforços de socorro, disse um funcionário do gabinete local de gestão de catástrofes.
O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou para um “esforço total” para procurar e resgatar as pessoas soterradas, disse a Xinhua.
O aluimento de terras ocorreu pouco mais de um mês depois de o terramoto mais forte dos últimos anos ter atingido a China a noroeste, numa região remota entre as províncias de Gansu e Qinghai. Pelo menos 149 pessoas morreram no terramoto de magnitude 6,2 na escala de Ritcher, registado a 18 de Dezembro.
Cerca de 1000 pessoas ficaram feridas e mais de 14 mil casas foram destruídas, na sequência do sismo mais mortífero dos últimos nove anos na China.