Assinalou-se, hoje, 11 de Abril, o Dia do Jornalista Moçambicano. Alusivo à efeméride, o Presidente da República, Filipe Nyusi, enalteceu o papel do profissional na cobertura do drama humanitário em Cabo Delgado. Já o Sindicato Nacional de Jornalistas saudou a bravura, ética e isenção que o jornalista tem demonstrado na cobertura sobre tragédias climáticas que ciclicamente abalam o país.
Num dia em que o país parou para celebrar o jornalista moçambicano, o Presidente da República dedicou parte da sua agenda para enaltecer o papel deste profissional na sociedade. Filipe Nyusi destacou a entrega dos profissionais na divulgação de informações úteis antes, durante e após ocorrência de eventos climáticos severos.
“A Comunicação Social moçambicana, como actor relevante da sociedade, tem dado o melhor de si, mostrando sempre o seu profissionalismo e sentido humanitário na divulgação de informações de aviso prévio sobre a aproximação de fenómenos meteorológicos que assolaram o país nos últimos tempos, contribuindo, assim, para se evitarem mais perdas de vidas humanas e destruição de bens das populações”, escreveu.
O Chefe de Estado destacou ainda a contribuição do jornalista na divulgação de informação credível sobre o terrorismo em Cabo Delgado.
“Os nossos profissionais de Comunicação Social, com a devida responsabilidade e sentido patriótico, têm feito conhecer à Nação moçambicana e ao mundo e com elevado nível de objectividade as notícias sobre as acções das nossas briosas Forças de Defesa e Segurança (FDS) contra o terrorismo e extremismo violento em alguns distritos da província de Cabo Delgado”, enalteceu.
Nyusi não deixou de destacar o papel que a Comunicação Social desempenhou e continua a desempenhar para garantir maior informação às populações sobre a COVID-19. “O jornalista moçambicano esteve sempre na linha da frente e foi um verdadeiro campeão na divulgação de informações sobre as medidas de resposta à pandemia da COVID-19 e sobre a sua evolução a nível interno e internacional.”
O Chefe de Estado encorajou ainda as empresas de media a continuarem a apostar em tecnologias para melhor servir ao cidadão cada vez mais exigente.
“Exortamos, igualmente, os profissionais da Comunicação Social moçambicana a não auto-excluírem-se do processo de desenvolvimento tecnológico, abraçando as mais modernas plataformas de informação e comunicação para a divulgação de conteúdos noticiosos e educativos da sociedade que contribuam, também, para elevar a condição económica, social e cultural do país”, terminou.
SNJ DESTACA PAPEL DOS JORNALISTAS NA COBERTURA DE DESASTRES NO PAÍS
O Sindicato Nacional de Jornalistas saúda a bravura com que os profissionais da comunicação social moçambicana que, com ética e responsabilidade, reportam, com fidelidade e isenção, as tragédias que têm estado a assolar as regiões centro e norte do país, provocadas por depressões tropicais, ciclones e terrorismo.
Porque a celebração do Dia do Jornalista Moçambicano coincide com a passagem dos 44 anos da criação do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ), a agremiação aproveitou a oportunidade para falar dos 44 anos de “luta permanente pela liberdade de imprensa, de expressão e da valorização e manutenção dos postos de trabalho”.
Num comunicado de imprensa, o sindicato destaca um dos papéis do jornalista, que é dar voz aos que não a têm, levar ao conhecimento de todos o dia-a-dia das pessoas que lutam pela sua sobrevivência, estudam e trabalham.
O organismo entende que, ao celebrar o Dia do Jornalista Moçambicano, deve-se revisitar os valores da ética e deontologia profissional, porquanto “a ética profissional que se exige ao jornalista continua a ser a mesma, mas as variáveis que a condicionam são múltiplas e muitas vezes contrárias à defesa dos direitos e interesses exigidos pela dignidade da pessoa, factos que não devem enfraquecer na nossa missão”.
JORNALISTAS: “FIGURAS INCONTORNÁVEIS NA CONSOLIDAÇÃO DA NOSSA DEMOCRACIA”
Na sua mensagem, alusiva ao Dia do Jornalista Moçambicano, o maior partido da oposição no país, a RENAMO, fala da importância dos jornalistas na consolidação da democracia em Moçambique e, particularmente, na luta pela liberdade de imprensa e defesa de outros direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos.
“Estamos convictos que nessa luta, os jornalistas têm sido autênticos heróis, porque nem sempre recebem a devida colaboração de outros actores sociais na busca de informação, matéria-prima para o bom desempenho da sua função jornalística”, lê-se na nota.
A RENAMO termina saudando os jornalistas moçambicanos e encoraja a todos a continuarem a erguer a bandeira da causa, a liberdade de expressão e de imprensa.