O secretário executivo da Organização dos Trabalhadores de Moçambique – Central Sindical (OTM-CS) em Tete, José Freitas, refere que a instituição que dirige aposta no diálogo social como forma de dirimir conflitos laborais, cujo resultado é a prevenção de greves nas empresas, sobretudo na área da indústria extractiva. Freitas entende que o diálogo social é a única fonte de soluções pacíficas na resolução de conflitos laborais.
A fonte acredita que, se não fosse o diálogo social, haveria relatos constantes de greves. Como exemplo, citou o encerramento de empresas subcontratadas pelas companhias mineiras, algo que, na maioria dos casos, acaba deixando os trabalhadores desempregados. “Também nas grandes empresas, poderiam estar a eclodir greves, se não fosse o diálogo social que se evidencia entre os trabalhadores, representados por comités sindicais, e as entidades empregadoras, porque, quando há diferença de pensamento, as partes sentam-se à mesma mesa e discutem os pontos que os separam”, disse, em entrevista à reportagem da AIM.
José Freitas explicou que a OTM, representada pelos comités sindicais nas empresas, não espera pela eclosão de greves para intervir, faz fluir a informação aos demais trabalhadores sobre o que está a acontecer na firma, para evitar surpresas desagradáveis com determinadas medidas da direcção.
Segundo Freitas, a OTM-CS já criou 144 comités sindicais, em 215 centros de trabalho, envolvendo 48 998 trabalhadores, 12 456 dos quais mulheres.