A Serra Leoa aboliu, ontem, a pena de morte, e como pena máxima por crimes no país passará a aplicar a prisão perpétua. Desde 1998 que o país não aplicava a pena capital.
A Serra Leoa, antiga colónia britânica localizada na África Ocidental, era criticada pelos defensores dos direitos humanos por manter a pena de morte.
Críticas ouvidas e acolhidas, esta sexta-feira, o parlamento da Serra Leoa aprovou, por unanimidade, a abolição da pena de morte e a sua substituição, como pena máxima, pela prisão perpétua.
O país não aplicava sanções de condenação à morte desde 1998. Agora, as sentenças para crimes consideradas mais graves, como homicídio ou traição, acabam de ser traduzidas em penas de prisão perpétua.
Ao parlamento, o procurador-geral e ministro da Justiça, Anthony Bewah, disse que todos conhecem a história da pena capital na Serra Leoa. Algumas pessoas forram erradamente sujeitas à pena de morte depois consideradas inocentes.
Pouco depois da votação que ditou o fim da medida também amplamente criticada pela Amnistia Internacional e Human Rights Watch, o Presidente da Serra Leoa, Julius Maada Bio, escreveu na sua conta no Twitter que a promessa do governo de abolir permanentemente a pena de morte foi cumprida e agradeceu a todos que segundo ele estão com o país na construção da história do país.
Recentemente, países africanos como Malawi e Tchad também aboliram a pena de mortes.