Serviço Nacional Penitenciário, SERNAP, interdita visitas nos recintos das 139 unidades prisionais existentes no país e restringe algumas actividades de caris social junto dos reclusos. As medidas visam evitar a propagação da COVID-19 que já vai com sete casos confirmados.
O serviço Nacional Penitenciário, SERNAP, convocou para esta sexta-feira uma conferência de imprensa que decorreu no Estabelecimento Penitenciário Preventivo de Maputo, vulgo Cadeia Civil onde estão detidos 269 de um total de 21 mil reclusos encarcerados em todo país.
O evento visava partilhar algumas das medidas de reforço adoptadas para evitar a inclusão e propagação do coronavírus no seio da população prisional. De acordo com o SERNAP ainda não há nenhum caso suspeito da COVID-19 nas cadeias nacionais. Ainda assim já decorrem reforço das medidas de prevenção.
Na cadeia civil, por exemplo, já desinfeta-se e faz-se a medição da temperatura logo a entrada pela Avenida Kim Il Sung na capital do país.
As medidas de prevenção junto às cadeias nacionais decorrem segundo Cremilde Anli, Directora Nacional de Cuidados Sanitários no SERNAP desde que se anunciou o primeiro caso de coronavírus no país.
E face a situação actual da pandemia passou-se a proibir-se visitas nos recintos prisionais. “Há uma interdição neste momento de visitas para os reclusos nos recintos prisionais. Foi também orientado para sempre que possível evitar a concentração de reclusos nas celas e pavilhões, cultos religiosos, actividades desportivas e recreativas e orientou-se que cada estabelecimento deve identificar espaços para quarentena” disse Cremilde Anli em conferência de imprensa que juntou para além de jornalistas, gestores da Cadeia Civil e do SERNAP.
E os detidos que padecem de doenças crónicas continuam a ter acesso a alimentação trazida pelos familiares.
“Tivemos algum constrangimento em relação a alimentação, porque diziam que nós temos alguns reclusos que estão doentes e os familiares questionavam como fazer para alimentá-los, então houve orientação para criar-se condições. Portanto a alimentação entra sim, para poder permitir a refeição principalmente dos diabéticos que é muito sensível. O familiar traz a refeição mas não tem contacto com os reclusos e vamos desinfectar todos utensílios,” disse a Directora Nacional do serviço de Cuidados Sanitários no SERNAP.
A nível do próprio serviço nacional penitenciário ficam dispensados os funcionários com doenças crónicas, mulheres grávidas e as que estão a amamentar. Ainda na Cadeia Civil de Maputo já foram montadas duas unidades sendo uma para homens e outra para mulheres, para servirem de quarentena para casos suspeitos da COVID-19.