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“Segunda volta em Nampula é de lei e deve acontecer”

Os resultados anunciados pela Comissão Eleitoral revelam que nenhum dos cinco candidatos a edil de Nampula conseguiu acima de 50 por cento dos votos, o que por lei remete à segunda volta. Entretanto, o mecanismo de observação eleitoral, CEDE, disse, semana passada, que tal podia não acontecer devido ao aperto do calendário das eleições.

O argumento é rebatido pelo analista Jaime Macuane, que diz que seria insensato não se realizar a segunda volta e que os argumentos economicistas e de aperto do calendário não são suficientes para inviabilizar o escrutínio.

Já o director do Centro de Integridade Pública, Adriano Nuvunga, defende que o Governo é que aprovou o calendário e devia ter previsto uma possível repetição da intercalar.

Sobre os altos índices de abstenção em Nampula, Macuane e Nuvunga dizem que tal pode revelar que os candidatos não sejam credíveis para continuar com o projecto de Mahamudo Amurane e que não se trata de analfabetismo, mas de uma mensagem clara de insatisfação perante o sistema político.

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