O sector de saúde em Sofala avisa sobre a pressão a que está sujeito, desde finais do ano passado, na testagem de pessoas que apresentam sintomas idênticos aos da COVID-19. Os dois laboratórios capazes de diagnosticar a doença chegam a examinar cerca de 600 amostras, contra a capacidade de cerca de 500 por dia.
O facto verifica-se desde 30 de Dezembro passado e a demanda aumenta diariamente. “Nas nossas condições não é possível fazer análises de 600 amostras por dia. É por causa disso que há pacientes que ficam vários dias à espera dos resultados”, disse Fino Massalambane, director provincial de saúde em Sofala.
Segundo o dirigente, “a demanda tende a crescer diariamente”. Na província, 1.213 indivíduos já foram diagnosticados com o novo Coronavírus, dos quais seis morreram e 640 continuam infectados.
As autoridades sanitárias em Sofala estão igualmente apreensivas com a aglomeração de inúmeras famílias em determinadas escolas, há dias, devido a inundações provocadas pelo ciclone “Eloise”.
“É preocupante porque não sabemos o estado de saúde das famílias” concentradas no mesmo lugar. “Infelizmente, são obrigadas a partilhar o mesmo espaço sem observar o distanciamento” recomendado pelo Governo no sentido de evitar a propagação da COVID-19.
De acordo com Fino Massalambane, a “aglomeração pode contribuir para o aumento de casos” e fazer “colapsar o sistema” de saúde, por conta da “nossa incapacidade de resposta”.
Para o director provincial de saúde em Sofala, é necessário reforçar as medidas de prevenção contra a COVID-19, principalmente o uso de máscaras e a lavagem ou desinfecção das mãos.