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Sala da paz diz que ilícitos marcam repetição das eleições autárquicas

Foto: O País

A Sala da Paz diz que o enchimento de urnas, tiroteios, violência e intimidações pela polícia voltaram a marcar as eleições autárquicas, nas autarquias de Marromeu, Gurué, Milange e Nacala Porto.

Tal como orientado pelo Conselho Constitucional, os munícipes das autarquias de  Marromeu, Gurué, Milange e Nacala Porto voltaram às urnas, este Domingo,  para escolher os edis. Entretanto, nem tudo correu bem. 

Entre enchimento de urnas que terminaram em detenções e troca de cadernos eleitorais, a Sala da Paz diz que mais uma vez, o processo foi marcado por irregularidades.

“Em Marromeu, na EPC 4 de Outubro foi detido o delegado de candidatura do MDM depois de desentender-se com Membros das Mesas de Voto; Registou-se uma agitação numa das mesas de voto que funciona na EPC 25 de Junho. Um eleitor tentou introduzir mais de um voto na urna e foi detido; Ainda na EPC 25 de Junho, uma jovem foi encontrada com boletins de voto a favor da Frelimo e foi agredida fisicamente. Na mesma escola o presidente de uma das mesas de voto foi retirado sob escolta policial, depois de uma agitação por se ter detectado que já existiam boletins pré-votados a favor da Frelimo na urna antes do início da votação”, disse Duarte Amaral, porta-voz da Sala da Paz, que falava em conferência de imprensa. 

Apesar da fraca afluência dos eleitores, às mesas de voto, a plataforma de Observação Eleitoral Conjunta disse que houve também agitação e tiroteios.

“Houve disparos policiais na Escola Secundária Geral de Gurué para conter os ânimos da população que agredia um cidadão que foi flagrado com boletins pré-votados e alguns eleitores alegam estar a ser impedidos de votar. Em alguns casos, em Gurué, o partido Nova Democracia tinha mais de um delegado de candidatura. Estes ofereceram resistência quando convidados a retirar-se para que mantivesse apenas um por mesa”.

Na autarquia de Nacala Porto, os membros das mesas de voto pertencentes ao partido Renamo boicotaram o processo, o que segundo a Sala da Paz, poderá contribuir de forma preocupante para os números de participação eleitoral na autarquia.   

“O processo foi marcado pela ausência dos delegados de candidatura e membros da mesa indicados pela Renamo. Uma situação que, embora decisão do partido, vai impedir de poder fiscalizar o processo. Apesar da ausência da Renamo nas mesas, o ambiente de votação foi no geral calmo nas primeiras horas em Nacala Porto”. 

A plataforma de Observação Eleitoral Conjunta, Sala da Paz, entende que se deve esclarecer todas as irregularidades, para não comprometer a credibilidade do processo. 

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