O País – A verdade como notícia

SADC inicia hoje operações militares em Cabo Delgado

A Força em Estado de Alerta da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral entra em acção a partir de hoje no Teatro Operacional Norte, que compreende os distritos a norte da província de Cabo Delgado, e que há quase quatro anos sofrem ataques de milícias jihadistas, que localmente são conhecidos como Al Shabaab.

O arranque das operações vai ser antecedido por uma cerimónia que será dirigida pelo Presidente da República e em Exercício na SADC, Filipe Nyusi, mas também pelo Presidente do Botswana, Mokgoeetsi Masisi que preside a Troika do Órgão da SADC para a cooperação nas áreas de Defesa e Segurança.

O dirigente tswana chegou a meio da tarde de ontem a Pemba e foi recebido pelo seu anfitrião, Filipe Nyusi que se encontra em Cabo Delgado desde o último Sábado onde tem estado a acompanhar as operações das Forças de Defesa e Segurança, bem como os últimos preparativos para a entrada em acção da força conjunta da SADC.

A Força da SADC é composta por militares da África do Sul, Botswana, Tanzânia, Angola, Lesotho que se juntam às Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e também ruandesas que há quase um mês combatem os vulgarmente conhecidos como Al Shabaab. A mesma é liderada pela África do Sul que disponibilizou quase 1500 militares de diversas especialidade e equipamento militar, no entanto, a missão da SADC, que para além da componente militar tem em vista acções humanitárias é liderada pelo Botswana através de um representante do Presidente da Troika do Órgão de Cooperação para as áreas de Defesa e Segurança.

As duas lideranças da missão tiveram uma reunião com o presidente Filipe Nyusi, tendo no final o chefe da Missão, Mpho Molomo falado à imprensa “não há desenvolvimento se não há paz, é por isso que a nossa intenção ao estar aqui em Moçambique é para assistirmos as FADM a restaurar a paz e estabilidade. Na minha língua dizemos que quando a casa do vizinho está em chamas a nossa casa também está a arder e estamos aqui para apoiar Moçambique a debelar essas chamas”, disse.

Na ocasião, Molomo recusou-se a dar detalhes sobre como a Força Conjunta está estruturada e muito menos comentar os avanços das forças ruandesas e moçambicanas que conseguiram retomar o controlo da vila municipal de Mocímboa da Praia ontem. Ressaltando que a missão militar da SADC contempla especialidades de forças terrestres, navais, aéreas, inteligência, logística, entre outras.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos