No seu discurso no segundo dia da 77ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu que a Rússia seja punida pela agressão a seu país e ao povo ucraniano, escreve a CNN Brasil.
“A punição deve ser feita para o crime da agressão, pela violação das fronteiras e a integridade territorial. Uma punição que deve estar activa até o reconhecimento da violação da integridade territorial, e até que as perdas e danos da guerra sejam completamente compensados”, disse o presidente da Ucrânia.
A participação de Zelensky na Assembleia, que é realizada em Nova York, se deu por meio de um vídeo. O presidente ressaltou que sete países votaram contra a exibição de sua gravação, contra 101 que apoiaram.
Rússia, Belarus, Síria, Nicarágua, Cuba, Coreia do Norte e Eritreia são os países que foram contrários à participação de Volodymyr Zelensky na Assembleia-Geral da ONU.
“Um crime foi cometido contra a Ucrânia e exigimos punição justa. O crime foi cometido contra as fronteiras de nosso estado. O crime foi cometido contra a vida de nosso povo”, disse Zelensky.
A Ucrânia queria que a Rússia fosse punida por tentar roubar território e pelo assassinato de milhares de pessoas, incluiu.
PROPOSTA DE PAZ NA UCRÂNIA
Em discurso para a ONU, o presidente ucraniano estabeleceu cinco metas que, segundo ele, serão necessárias para o estabelecimento de paz no país: Punição por agressão; Proteção da vida; Proteção da vida de todas as formas possíveis previstas na Carta das Nações Unidas; Restauração da segurança e integridade territorial; Garantias de segurança; Determinação para se defender.
“Essa é a fórmula do crime e punição que já é conhecida da Rússia, essa é a fórmula da justiça e da lei que a Rússia deve sofrer assim como qualquer agressor. Aqueles que falam sobre neutralidade quando a paz e os valores humanos estão sob ataque, estão falando na verdade sobre indiferença”, afirmou Zelensky.
“O quinto item é uma determinação sem o qual os outros quatro itens não funcionarão. Essa determinação dos parceiros para nos ajudar e ajudar a nós mesmos, e a determinação do mundo para se unir àquele que luta contra a agressão, contra um que ameaça a todos”, acrescentou.