O Ruanda vai abolir a necessidade de visto para os africanos que viajem para o país, adoptando uma medida para impulsionar a livre circulação de pessoas e comércio no continente, para rivalizar com o espaço Schengen.
O Presidente Paul Kagame fez o anúncio esta quinta-feira, na capital ruandesa, Kigali, onde apresentou o potencial de África como “um destino turístico unificado” para um continente onde o turismo ainda depende em 60% dos turistas de fora de África, escreve a DW.
“Qualquer africano pode apanhar um avião para Ruanda quando quiser e não pagará nada para entrar no nosso país”, anunciou Kagame, que considera que “os africanos são o futuro do turismo global, uma vez que a nossa classe média continuará a crescer a um ritmo acelerado nas próximas décadas”.
Uma vez implementado, o Ruanda tornar-se-á o quarto país africano a remover as restrições de viagem para os africanos, depois da Gâmbia, o Benim e as Seicheles.
O Presidente do Quénia, William Ruto, anunciou, na segunda-feira , planos para, até 31 de dezembro, também abolir o visto.
Em 2016, a União Africana (UA) lançou um passaporte africano com muito alarde, dizendo que rivalizaria com o modelo da União Europeia (UE) ao “libertar o potencial do continente”. No entanto, apenas diplomatas e funcionários da UA receberam o documento de viagem até agora.