Ao fim de seis meses, a primeira edição do Sunset Afro-jazz Series vai de “férias”. Próximo ano, a organização regressa à actividade com a mesma pretensão de fazer do programa um instrumento de promoção da música e dos artistas nacionais em espectáculos ao vivo, concebidos para acontecerem em ambientes amistosos e familiares.
No espaço Big Brother, esta sexta-feira, a partir das 21 horas, duas bandas há muito tempo consagradas na música moçambicana vão subir ao palco para, durante mais ou menos uma hora, tocarem “clássicos” e temas que têm produzido nos últimos tempos. São os casos de Rockfellers, banda de rock que, depois de muitos anos no silêncio, regressou ao “mercado” para continuar a escrever a sua própria história. Os cinco integrantes da banda vão interpretar, neste encerramento do ano, cerca de 14 temas, nove das quais novas. A ideia de Rockfellers passa por começar a promover as músicas que farão parte do novo álbum discográfico, eventualmente a ser lançado nos próximos seis meses.
No entanto, porque há temas que constituem marcos das bandas, igualmente, os Rockfellers vão tocar e cantar os sons que lhes consagraram ao longo dos anos, por exemplo, “Minha vida”. Além dessa música, também vão tocar “Mãos no ar”, “Luz nos olhos”, “Cool”, “Pés no chão” ou “Uma história para contar”. “Temos um conjunto de músicas novas. Será uma oportunidade para os nossos apreciadores ouvirem-nos porque estamos com uma nova energia e com uma linhagem mais madura”, afirmou Ivan, baixista da banda de rock.
No derradeiro ensaio, na véspera do espectáculo, Kapa Dech, a outra banda que vai actuar logo à noite, preparou para o público, igualmente, uma simbiose de temas, entre os ‘clássicos’ e os mais recentes. “Não queremos ficar apenas nos ‘hits’. Sabemos que é perigoso ir a um ‘show’ e não tocar os ‘hits’, mas quando se fica na sombra do passado, as pessoas pedem inovação. Então tivemos a cautela de incluir coisas novas no nosso repertório, mas sem fugir do que é Kapa Dech”, explicou Roberto Isaías, uma das vozes da banda.
Já na condição de Director-Artístico do Sunset Afrojazz Series, co-produzido pelo Big Brother e pela Stv, Roberto Isaías prometeu que a iniciativa vai encerrar em grande. “Este é o cair do pano, com promessas de voltarmos em 2020, com mais artistas que ajudaram a fazer revolução na música moçambicana, mudando paradigmas no campo social e até mesmo político. Queremos dar ao Sunset este capital inclusivo, afinal também estamos inseridos numa sociedade inclusiva. Fomos muito elogiados ao longo deste período e esperamos que no próximo ano possamos ter mais apoio, de modo que a qualidade dos concertos também melhor”, sublinhou o músico e produtor.
O último espectáculo desta edição do Sunset Afrojazz Series vai durar cerca de três horas, com música, gastronomia e sessão de venda do livro “Lomuku”, de Severino Ngoenha. E um dos nomes do cartaz, que também vai actuar no espaço Big Brother, na cidade de Maputo, é o rapper Azagaia, durante uma hora.