Em mais uma escola, professores decidiram paralisar as aulas na província de Maputo. São mais de 40 professores do sector público afectos à uma escola comunitária na Matola que interromperam as actividades para exigir horas extras.
Na escola Comunitária Daejo Cheile no bairro khongolote, Município da Matola, o dia começou com cânticos e batucadas.
Professores, rigorosamente vestidos, abandonaram as salas de aula para reivindicar, através de cânticos e dísticos, o pagamento do subsídio de horas extras dos anos 2022 e 2023, como explicou a professora Nilsa Miranda. “Estamos, de facto, a reivindicar o pagamento de horas extras desde Setembro de 2022 até agora”.
Outros professores que se amotinaram defronte da escola fizeram ecoar as suas preocupações face a este capítulo do não pagamento do subsídio de horas extras.
“Estámos a enfrentar esta situação de não pagamento de horas extras desde 2022, então decidimos, por unanimidade, paralisar as nossas aulas até que esta situação seja resolvida”. O Professor Taula acrescenta que “nenhum dos nossos colegas sentiu o sabor desse dinheiro na conta. Tentámos várias vezes aproximar a direção da escola e aos Serviços Distritais, mas sem sucesso”.
A Escola tem cerca de 5000 alunos da primeira à décima segunda classes. Os alunos também juntaram-se à causa dos seus professores. “Esta Escola tem professores que ensinam. Paguem os professores para que a gente siga a nossa carreira, paguem os professores, paguem os professores…”
A paralisação desta quinta-feira segue-se à interrupção de actividades na Escola Secundária da Machava-Sede, esta quarta-feira, também por falta de subsídio de horas extras.
Recorde-se que o Ministério da Educação já tinha avançado que o assunto estava a ser resolvido e que tudo dependia do Ministério da Economia e Finanças.
Já a instituição dirigida por Max Tonela disse estar a pagar em função do apuramento sobre quem de facto trabalhou em horário extra-laboral.