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Réu Do Rosário diz que pedido adicional de garantias soberanas era para evitar constrangimentos

Foto: O País

Neste 29º dia do julgamento do “caso dívidas ocultas”, António Carlos do Rosário foi confrontado pelo Ministério Público com o pedido adicional de garantias soberanas no valor de 278 milhões de dólares para a ProÍndicus, que haveria de totalizar mais de 900 milhões de dólares.

O antigo Director-Geral do SISE, Gregório Leão, solicitou a emissão de uma garantia no valor de 278 milhões de dólares, a acrescentar a dívida de 622 milhões de dólares para a ProÍndicus, permitindo assim um máximo de financiamento de 900 milhões de dólares. Ouvido pelo tribunal semana passada, o réu Gregório Leão disse que haviam questões operacionais que tinham de ser acauteladas, tendo remetido a questão a António Carlos do Rosário.

Esta terça-feira, o Ministério Público quis saber que questões operacionais eram essas. O antigo Director da Inteligência Económica do SISE afirmou que o pedido adicional de garantias soberanas no valor de 278 milhões de dólares, para a ProÍndicus, visava dois objectivos essenciais. Primeiro, a reestruturação da dívida da ProÍndicus, “porque queríamos evitar constrangimentos. Segundo, são questões operacionais emanadas no Comando Operativo, que, por serem classificadas e constituírem segredo de Estado, não vou versar”.

Durante o interrogatório, a procuradora Ana Sheila Marrengula perguntou se ao solicitar a garantia, no valor de 278 milhões de dólares, a ProÍndicus estava ou não a contrair mais uma dívida para restaurar a dívida anteriormente assumida. O réu António Carlos do Rosário respondeu que não estava a contrair outra dívida. “Garantia não é dívida, garantia é simplesmente um papel que nos permite ir ao credor com uma carta-conforto”.

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